ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

03 agosto, 2009

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 3-8-09

Carnaval de Salvador (BA) agrava fissuras no Farol da Barra, diz estudo
O volume das músicas tocadas em trios elétricos no Carnaval de Salvador tem agravado fissuras na estrutura física do Farol da Barra, um dos principais pontos turísticos da cidade, segundo um estudo feito na UFBA (Universidade Federal da Bahia). A fortificação, erguida em 1534 para defender a primeira capital do Brasil de invasões, está localizada no início do trajeto de um dos circuitos do Carnaval baiano.
De acordo com pesquisa do arquiteto Mário Mendonça de Oliveira, professor da UFBA, o material usado na construção, como argamassa de cal e pedra bruta, é pouco resistente e pode ser afetado pelos trios elétricos e shows realizados no local. O principal causador de fissuras na estrutura são as erosões do solo. Ele recomenda a paralisação de shows no local enquanto uma reforma não for feita.
"Durante o Carnaval é possível ver as latinhas de cerveja 'pulando' em cima dos isopores. Imagine então uma estrutura que tem mais de 450 anos em cima de um solo erodido", diz Oliveira. O estudo foi feito a pedido da Marinha, responsável pela edificação.
Um levantamento feito pela ONG Associação Brasileira dos Amigos das Fortificações Militares e Sítios Históricos apontou problemas estruturais em outros cinco fortes na capital baiana, mas apenas o farol está localizado nas proximidades dos circuitos do Carnaval.
Segundo o professor, há um plano de reforma na fortificação. Ele descarta o risco de desabamento imediato do prédio.
Cláudio Tinoco, presidente da Saltur, órgão da Prefeitura de Salvador responsável também pela organização de shows na cidade, diz que desconhece o estudo sobre o farol e que não pode tomar uma decisão antes de analisá-lo. Disse ainda que tem uma "preocupação constante" com o patrimônio histórico da cidade.
Para Anésio Leite, diretor-presidente da ONG Amigos das Fortificações, faltam projetos e verbas para evitar a deterioração das fortificações militares. "A situação crítica dessas edificações é visível a olho nu, não precisa nem de estudo."
O forte de Santo Antônio da Barra, que abriga o Farol da Barra e o Museu Náutico, recebe 90 mil visitantes por ano.
MATHEUS MAGENTA
Jaboatão dos Guararapes-PE - Azulejos raros ameaçados
Azulejos portugueses da fachada da Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, estão precisando de restauração.
Uma edificação singular. A Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, uma construção do século 17, tem uma fachada única coberta de azulejos brancos portugueses, que precisam de restauro. Um levantamento feito por técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) identificou também infiltrações na cobertura da igreja e necessidade de restauro no forro da nave e dos azulejos portugueses que cobrem as paredes internas do templo.
Além da degradação da fachada, o templo tem infiltrações na cobertura e o forro da nave também precisa de reparo. Foto: Juliana Leitão/DP/D.A press

O Iphan concluiu a restauração de parte dos bens integrados que incluem a capela-mor, as duas capelas laterais e o altar da sacristia. As imagens sacras também foram restauradas. A obra contou com recursos do Ministério da Cultura no valor de R$ 700 mil. O Iphan espera agora que a Ordem dos Beneditinos, responsável pelo templo, que é tombado, corra atrás dos recursos para recuperar o restante da edificação. "Nós já alertamos a Ordem dos Beneditinos para providenciar a manutenção da igreja. Deverá ser feita a recomposição da coberta, erradicação dos cupins e troca das instalações elétricas", afirmou a arquiteta e técnica do Iphan, Carmem Muraro. Já a restauração dos azulejos externos e internos, segundo Muraro, depende de um projeto específico, que poderá contar com recursos federais. O abade dom Felipe Silva informou que a Ordem dos Beneditinos fez parceria com a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes para elaboração de um plano de manutenção do templo e de todo o Parque Nacional dos Guararapes. "A nossa parte está sendo feita. Duas empresas já estão fazendo orçamento para melhoria do telhado e da parte elétrica", afirmou o abade. Para a valorização e manutenção do parque a ação está sendo feita com a participação do Exército. Decreto - Em 1965, depois que o estado pagou uma indenização aos monges beneditinos de Olinda, teve início o processo de desapropriação dos Montes Guararapes - e, portanto, da Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres dos Montes Guararapes. Em 19 de abril de 1971, por sua vez, mediante o Decreto Federal nº 68.527, todo esse valioso patrimônio cultural se tornava um Monumento Nacional, passando a se chamar, então, de Parque Histórico Nacional dos Montes Guararapes. As obras referentes à capela-mor, aos altares laterais e ao arco-cruzeiro, foram concluídas em 1720. Os pesquisadores consideram o frontispício como um trabalho do arquiteto Francisco Nunes Soares, concluído no ano de 1795. Esse detalhe arquitetônico encontra-se emoldurado por dois campanários, sobre um pórtico de três arcadas. A restauração dos bens integrados foi feita pela restauradora Rosáliza Menezes, que já possui um longo currículo no restauro de obras sacras. Um dos seus últimos trabalhos foi a recuperação do altar da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Olinda. Na Igreja dos Prazeres, ela fez um acabamento dourado nas peças em madeira, uma característica do barroco.
Tânia Passos
taniapassos.pe@diariosassociados.com.br

Diário de Pernambuco

São Paulo-SP - Ação pede anulação do tombamento da City Lapa
Menos de quatro meses após o tombamento da City Lapa, uma ação para anular a medida será avaliada pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp), a pedido da assessoria jurídica da Secretaria Municipal de Governo. A recomendação foi acatada no despacho assinado em 15 de julho pelo secretário municipal interino de Cultura, João Roberto Sadek.
A resolução de tombamento poderá ser alterada, caso os conselheiros acatem o processo movido por um grupo de empresários e de moradores da Lapa.

A contestação, prevista legalmente, mobiliza entidades do bairro que reuniram 4 mil assinaturas em um abaixo-assinado. A ação havia sido considerada inconstitucional pelo titular da Cultura, Carlos Augusto Calil, em decisão publicada em 7 de julho no Diário Oficial da Cidade. Mas as entidades conseguiram parecer favorável do assessor jurídico Zenon Marques Tenório, da Secretaria de Governo, que recomendou a análise do Conpresp.Presidente da Distrital Lapa da Associação Comercial, Lys dos Santos defende a revisão e argumenta que o tombamento vai "engessar" o bairro. "Não somos contra o tombamento, somos contra a ampliação da área que será congelada para outras 11 quadras. Esse tombamento, do jeito que foi votado, é estendido, por exemplo, até a parte da Rua Pio XI que já conta com comércio", afirma Santos.
Uma reunião deve ocorrer hoje no Colégio Santo Ivo com moradores que apoiam a mudança. O empresário José Carlos de Barros Lima é um dos que encabeçam o movimento. "Concordamos com a preservação que já foi definida pela Cia City quando o bairro foi criado, em 1920. Agora, um órgão como o Conpresp não pode definir quando podemos fazer reforma na residência", diz Lima.
Idealizada na década de 1920 pela Companhia City, a City Lapa inclui os bairros Alto da Lapa e Bela Aliança. O tombamento impede a modificação do traçado original das vias, mantém arborização e ajardinamento e impõe restrições a verticalizar. Em relação ao processo inicial de tombamento do bairro, de 1992, outras 11 quadras foram adicionadas - principal queixa dos empresários. O objetivo da ampliação, segundo o Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), é preservar o traçado original, modificado na resolução de 1992.
Para o presidente da Associação dos Moradores do Alto da Lapa e da Bela Aliança, Roberto Rolnik Cardoso, a argumentação do grupo que contesta o tombamento é "absurda". "Dizem que o Conpresp não tem direito de tombar um bairro inteiro, mas essa é uma de suas atribuições, Tentam desqualificar a legislação."
Último Segundo

São Paulo-SP - Aeroporto de Congonhas vai restaurar piso, cúpula e pilares do saguão
Obras, ainda sem data para começar, vão focar arquitetura do aeroporto, que é dos anos 50.
Uma equipe de engenheiros e arquitetos começa no próximo mês a planejar uma ampla reforma no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. Ao contrário da última grande intervenção, que entre 2004 e 2007 remodelou por completo o terminal de passageiros e ampliou as vagas de estacionamento para veículos, desta vez o foco será o patrimônio arquitetônico de Congonhas. As obras devem se concentrar no restauro do saguão principal, espécie de "sala de estar" do aeroporto inaugurado na década de 1930.
"Nossa ideia é promover uma harmonização entre cafés, restaurantes e as demais áreas de serviço do aeroporto com sua arquitetura original. Com a configuração atual, ela está ofuscada", disse João Márcio Jordão, diretor de Operações da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), estatal federal que administra 67 principais aeroportos do País. O diretor tranquiliza quem considera lojas, cafés e restaurantes fundamentais no aeroporto. "Temos o objetivo de resgatar o glamour de Congonhas e, ao mesmo tempo, oferecer mais conforto aos passageiros. Os serviços existentes não só permanecerão como serão até mesmo aprimorados.
"O projeto inicial prevê o restauro da cúpula, do piso de cerâmica xadrez e dos pilares revestidos de pastilhas espalhados pelo saguão principal. "Queremos, de alguma forma, valorizar esses elementos tão importantes para a história do aeroporto", destacou Jordão. Após a análise dos técnicos, a estatal deve lançar edital para a contratação de uma empresa especializada nesse tipo de reforma. "Essa intervenção requer um contrato diferente do que estamos acostumados. Esse trabalho não deve ser executado por empreiteiras. Isso é coisa para restauradores.
"As obras devem contemplar ainda a expansão dos balcões de check-in das companhias. Com a chegada de novas empresas e o crescimento natural do mercado, eles já são insuficientes para absorver a demanda. Os planos iniciais são de avançar em direção ao Salão de Autoridades, a área reservada de embarque e desembarque que fica de frente para a Avenida Washington Luís. Os trabalhos ainda não têm data para começar, mas a Infraero adianta que pretende concluí-los para a Copa do Mundo de 2014.
MODIFICAÇÕES
Embora inaugurado oficialmente em abril de 1936, a estrutura atual do Aeroporto de Congonhas é resultado de construções executadas ao longo dos anos 1950, seguindo projeto elaborado pelo arquiteto Hernani do Val Penteado. Maior alvo de modificações, o Terminal de Passageiros, inaugurado em 1955, sofreu ao menos quatro grandes intervenções no projeto original, todas ligadas à ampliação da oferta de serviços aos usuários e de adequação da infraestrutura do terminal.
As principais intervenções ocorreram em 1959, quando foi inaugurada a ala internacional do aeroporto (que funcionou até 1985); em 1981, quando a Infraero se tornou responsável pelo aeroporto; e, em 1990, quando o então Departamento de Aviação Civil (DAC) autorizou o pouso de jatos no aeroporto, aumentando o número de operações. Foi, a partir do início dos anos 1990, aliás, que lojas e caixas bancários passaram a tomar o lugar dos bancos, cadeiras e mesas do saguão.
Ainda assim, segundo o Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), elementos internos - como pisos e revestimentos - e as escadas curvas com corrimãos de metal ainda mantêm características originais, "embora encobertos em muitos pontos".
Para a historiadora Giselle Beiguelman, autora do livro No Ar: 60 Anos do Aeroporto de Congonhas, a Infraero deveria tentar, com a reforma, recuperar parte da aura de "espaço de convívio" do aeroporto, adquirida nas décadas de 1950 e 1960. "Há mais espaço para publicidade e estandes do que mesas, cadeiras e bancos que possibilitem circulação e acomodação dos passageiros", avalia. "Áreas comerciais são necessárias, mas uma boa ideia seria tentar dar aos passageiros um pouco mais do que lojas e lanchonetes. Deve-se proporcionar conforto."
Bruno Tavares e Vitor Hugo Brandalise
Estadao.com.br


Porto Velho-RO - HISTÓRIA - Furto de peças do Museu da EFMM está sendo investigado pelo MPF/RO, Roberto Sobrinho pode ser processado por Improbidade
Passados mais de 40 dias da denúncia do Rondoniaovivo de suposto
furto de peças do Museu da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, a procuradora Nádia Cimas do MPTF - Ministério Público Federal em Rondônia responsável pelo Meio Ambiente e Patrimônio Cultural já iniciou o procedimento investigatório para apurar o furto e responsabilidades.
O furto foi detectado a partir da comprovação de arrombamento do porão do galpão da Marinha, local para onde foi encaminhado o acervo do Museu para uma reforma no galpão que abrigava parte da história dos pioneiros de Rondônia. Na época do
translado, denuncia de transporte irregular
, fora de especificações internacionais para peças históricas foram registradas. Também foi pactuado pela prefeitura, através do prefeito Roberto Eduardo Sobrinho que a segurança e conservação do material do Museu seria de responsabilidade da PMPV, fato que não aconteceu.
Em entrevista na tarde desta terça-feira (28), a procuradora disse que após denúncia do Jornal Eletrônico Rondoniaovivo, foi verificar “in-loco” o porão onde estão acondicionadas as peças do museu da EFMM.
Segundo Nádia Cimas, o comandante da Marinha em Rondônia, delegado fluvial Ubirajara Junior acompanhou a visita, sendo constatado pelo MPF o arrombamento do local, não sendo possível detectar o furto de peças já que o ambiente encontra-se “bagunçado”, com total desarranjo do acervo. A falta da cópia do
inventário das peças também contribuiu para a não comprovação de qual peça foi furtada.
Na oportunidade a procuradora recebeu do oficial da Marinha a cópia do contrato firmado com a Prefeitura, onde atesta a responsabilidade da Prefeitura com o acervo histórico ( Veja Fac-Simile abaixo). No oficio 275/2007 do gabinete do prefeito de Porto Velho, professor Roberto Eduardo Sobrinho, datado de 11/06/07 para a Marinha do Brasil, a PMPV pedia a cessão pelo regime de “permissão de uso” por um prazo de oito meses do andar superior e inferior do Galpão 3 para acomodação do Museu da EFMM enquanto era feita a reforma dos outros galpões.
Para convencer a Marinha, o prefeito argumentou que seria de sua “total responsabilidade a reforma necessária do galpão, incluindo os custos decorrentes, estimados em mais de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), bem como as medidas necessárias ao controle, vigilância e administração deste patrimônio”.
“Está claro que a responsabilidade pela conservação e segurança das peças é da Prefeitura de Porto Velho” afirmou Nádia, que também enviou oficio ao Iphan - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional para saber se o órgão já recebeu formalmente da Prefeitura o galpão de volta. Um ofício também teria sido encaminhado ao município, porém nenhuns dos citados responderam a indagação do MPF.
A investigação judicial pode resultar num processo de improbidade administrativa para os envolvidos, que se comprometeram em zelar pelo patrimônio histórico de Rondônia, porém agindo como verdadeiros moleques estão deixando a história desaparecer num porão sombrio e na mãos de ladrões.

rondoniaovivo


São Paulo-SP - Justiça suspende obra de trem para aeroporto de Guarulhos
Promotor vê falhas no Estudo e no Relatório de Impacto Ambiental apresentados pela CPTM para obter licença
SÃO PAULO - A Justiça de Guarulhos, na Grande São Paulo, determinou a imediata paralisação de "toda e qualquer obra" relacionada aos projetos do Expresso Aeroporto e do trem de Guarulhos. Na ação civil pública protocolada em maio pelo Ministério Público Estadual, o promotor Ricardo Manuel Castro apontava falhas no Estudo e no Relatório de Impacto Ambiental (Eia-Rima) apresentados pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) para a obtenção da licença ambiental da obra.
O governo do Estado considera a ligação férrea entre a capital e o Aeroporto Internacional de Cumbica estratégica para atender à crescente demanda de passageiros do setor aéreo e, principalmente, absorver o fluxo de turistas durante a Copa do Mundo de 2014. O projeto prevê o funcionamento compartilhado de duas linhas, num traçado de 28,1 quilômetros - uma ligando a capital paulista ao conjunto habitacional do Parque Cecap, em Guarulhos, e outra entre a Estação da Luz, no centro de São Paulo, e o terminal de passageiros de Cumbica, sem estações intermediárias e com intervalo fixo de 15 minutos.O primeiro Eia-Rima da obra já havia sido rejeitado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Na ocasião, técnicos detectaram deficiências que não permitiam a análise da viabilidade ambiental do empreendimento.
Um novo Eia-Rima foi apresentado pela CPTM e, em 14 de abril deste ano, o Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) expediu a licença ambiental prévia da obra. Mas, para o promotor, o segundo Eia-Rima apresenta as mesmas falhas do anterior e, portanto, "é nulo de pleno direito". A avaliação do MPE é baseada em aparecer assinado pelo geógrafo Denis Dorighello Tomás. "Da leitura e análise deste segundo estudo (...), apreende-se que persistem as mesmas insuficiências apontadas no parecer técnico do órgão ambiental competente referente ao primeiro estudo", diz o parecer do geógrafo. O promotor destacou que o Eia-Rima não descreve, por exemplo, "as intervenções relacionadas às áreas e localização dos canteiros de obras; remanejamento de linhas; implantação do Centro de Controle Operacional e implantação das oficinas de trens do Expresso do Aeroporto".
Castro também classificou de "simplórias e generalistas" as informações sobre os impactos da obra na Área de Proteção Ambiental (APA) da Várzea do Tietê, onde está o Parque Ecológico do Tietê. E criticou as análises sobre eventuais riscos à estrutura da Estação da Luz, tombada pelo Patrimônio Histórico. "Limita-se o estudo ambiental a explanar que a estação inicial do Expresso Aeroporto será construída em área atualmente ocupada por oficina de trens da CPTM e que, em razão disso, os impactos serão mínimos", destacou. "Esquece-se o estudo que desenhos de layout da estação apresentados em seu bojo mostram intervenções no sistema viário desta região e intervenções no espaço urbano atual." A CPTM pode recorrer da decisão liminar.
O MPE aguarda o resultado do pedido de suspensão da construção do terceiro terminal de passageiros de Cumbica. Assim como no caso do Expresso Aeroporto e do trem de Guarulhos, o promotor Castro e o procurador Matheus Baraldi Magnani encontraram "falhas e vícios insanáveis" no Eia-Rima apresentado pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) para obter licença ambiental.
Bruno Tavares e Fausto Macedo, O Estado de S. Paulo



FCMS lança projeto de educaçao patrimonial na rota do Trem do Pantanal
Campo Grande (MS) - A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), por meio de sua Gerência de Patrimônio Histórico e Cultural, lança na próxima terça-feira (4), às 9h, o projeto de educação patrimonial “EDUCAR PARA PROTEGER - NA ROTA DO TREM DO PANTANAL”, na Estação de Indubrasil.
A iniciativa tem a parceria do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (FUNDTUR) e da Secretaria de Educação de Mato Grosso do Sul (SED) e vai ser desenvolvido em em 17 escolas de Campo Grande, Terenos, Aquidauana, Miranda, Dois Irmãos do Buriti e dos distritos de Indubrasil, Piraputanga, Taunay, Camisão e Palmeiras.
Na programação cultural do evento estão previstas apresentações da Banda Municipal de Terenos, sob a regência do maestro Adilson e di grupo Dança do Sarandi dos alunos da E.E. Antônio Nogueira da Fonseca, de Terenos além da exposição fotográfica “VIAJANDO PELOS TRILHOS DA MEMÓRIA”, realizada pelo Museu da Imagem e do Som de MS (MIS). As atividades são abertas à comunidade.
“O trabalho de educação patrimonial é o único que garante o amadurecimento de uma comunidade no que se refere a seus bens significativos, à sua memória e história, que podem ser transformados na consciência em favor da valorização do patrimônio histórico” afirmou o presidente da FCMS, Américo Calheiros.

Ainda segundo ele, a volta do Trem do Pantanal impulsionou o trabalho com as comunidades que integram o seu roteiro turístico. “A cada ano, o projeto terá um tema em destaque. Neste ano o Trem do Pantanal será nosso foco para que a comunidade desperte para a proteção de seus bens patrimoniais. Não adianta tombar se a comuniade não tem conhecimento do significado real desses bens”, destacou. Ele lembrou também que Mato Grosso dos Sul é uma dos primeiros Estados brasileiros que estão trabalhando com a educação patrimonial.
Com a volta do Trem do Pantanal a contemplação do cenário exuberante nos 220 quilômetros que ligam Campo Grande a Miranda tornou-se uma realidade no cotidiano de turistas, no âmbito local, nacinal e internacional. No roteiro constam uma das faunas e floras mais ricas do mundo que integram patrimônio ambiental e construções históricas, parte do patrimônio histórico-cultural de Mato Grosso do Sul. Durante a viagem, encontra-se também artesanato e costumes de homens pantaneiros e indígenas da etnia Terena. De acordo com a gerente de Patrimônio Histórico e Cultural da FCMS, Neusa Arashiro, a educação patrimonial é imprescindível para a adequada proteção do patrimônio cultural das pequenas comunidades que estão nos arredores da rota do Trem do Pantanal, por meio de um processo de conscientização, através de projetos escolares de preservação dos marcos e manifestações culturais, da definição de conceitos, do esclarecimento de dúvidas, da divulgação e resultados dos trabalhos e divisão de responsabilidades.
Redação Pantanal News


Igrejas do Recife e de Olinda precisam de obras de restauração
Os prédios centenários sofrem com a ação do tempo e a falta de investimentos para manutenção.
As igrejas da Região Metropolitana que são protegidas como patrimônio histórico precisam de reformas urgentes. Algumas delas estão fechadas para visitas. Em outras, as obras de restauração estão paradas.

A igreja de São José do Ribamar, no bairro de São José, no Recife, é uma das mais antigas da cidade. A capela inicial começou a ser construída por marceneiros e carpinteiros em 1752. Com o tempo, o prédio foi sendo ampliado, ganhando aspecto imponente. Aspecto que se perde por causa do atual aspecto da sua área interna, destruída.Descaso parecido acontece com a igreja de São Pedro dos Clérigos, também no Recife. No prédio de 1729 não são mais realizadas cerimônias e suas portas só abrem pela manhã, para visitas. As paredes têm grandes rachaduras, agravadas com as festas que ocorrem no Pátio de São Pedro. “Por causa do som no pátio nos eventos, a trepidação é grande”, diz o guardião da igreja, Fernando Vieira.Não é só no Recife que as igrejas pedem ajuda. Em Olinda, a igreja do Carmo está fechada para visitas por causa de uma reforma parada há dois anos. Alguns altares foram restaurados, mas a área interna ainda está sem piso. “A prefeitura de Olinda está terminando o orçamento para, a partir daí, fazer a licitação da obra”, explica Fábio Cavalcanti, chefe do Instituto do Patrimônio Histórico de Artístico (Iphan) em Olinda.O Mosteiro de São Bento também sofre com o descaso e a ação do tempo. Suas paredes, inclusive a da biblioteca com volumes raros, estão cheias de rachaduras. Para amenizar o problema, os monges plantam árvores na área externa, como forma de deixar firme o solo ao redor do prédio.O deputado estadual Pedro Eurico tem feito visitas às igrejas e registrado, através de fotos, a situação de abandono. O resultado desse levantamento, ele pretende enviar ao Governo do Estado. “É preciso uma sensibilização do mundo político e executivo para encontrar uma solução que salve esse patrimônio”, afirma.
pe360graus.com

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