ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

28 abril, 2010

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 28-4-10

Brasília 50 Anos: Conheça alguns atrativos turísticos da Capital
Palácio do Congresso Nacional [Foto: ABN NEWS]

BRASILIA - Brasília, Patrimônio Cultural da Humanidade, desponta como o terceiro mercado consumidor do país, detém o maior PIB per capita das metrópoles brasileiras, está em 4°lugar no ranking de cidades que mais captam eventos internacionais do país.
Plantada há quase 50 anos sobre cerrado, em pouco tempo a cidade tem indicadores econômicos de padrão europeu. Sendo assim, Brasília confirma seu referencial como a capital de todos os brasileiros e aos poucos vem deixando de ser apenas a sede do poder para se transformar num importante pólo turístico.
Cidade Cosmopolita
Brasília é uma cidade de braços abertos para o mundo:
Em Brasília existem 90 embaixadas e representações diplomáticas;
Desde sua fundação a cidade vem acolhendo brasileiros de todas as partes e hoje é um verdadeiro "caldeirão" de culturas típicas do país;
Localiza-se no centro geográfico do Brasil e da América do Sul;
A partir de Brasília, o visitante tem acesso fácil e equidistante a todas as capitais e principais cidades brasileiras;
Porta de entrada para o Pantanal e a Amazônia; • Recebe atualmente 162 vôos diários procedentes das principais cidades brasileiras, facilitando os deslocamentos em curtas distâncias.
Rede Hoteleira
As grandes bandeiras internacionais da hotelaria estão presentes em Brasília;
Os hotéis oferecem uma excelente infraestrutura para a realização de convenções, eventos, seminários e workshops;
A rede hoteleira da cidade oferece diversas categorias de acomodações, com um total de 17 mil leitos.
Cidade diferente
Por ser uma cidade planejada, com traçado criado pelo urbanista Lucio Costa, Brasília oferece vias com longas pistas, largas e retas.
Lazer e Gastronomia
Opção é o que não falta em Brasília. Como sede das representações internacionais, a cidade absorveu influências das mais diversas culturas do mundo. Por outro lado, o fato de atrair brasileiros de todos os cantos do país faz com que a capital seja uma verdadeira síntese do Brasil. Em Brasília há desde sofisticados restaurantes internacionais até conhecidas festas folclóricas.
A cidade tem em média 13 habitantes por Área Bruta Locável de Shopping Center, um dos índices mais altos do mundo.
Brasília apresenta ótimas opções de teatros, cinemas, museus, casas de espetáculos, festas e muitas outras atrações.
Para os apaixonados por esportes, a cidade tem um dos maiores lagos artificiais do mundo, o Lago Paranoá, além de excelente estrutura para prática de esportes como o golfe e o tênis.
Cidade Monumento
Andar por Brasília é passear pela obra de um dos mais geniais arquitetos de todos os tempos: Oscar Niemeyer. Suas criações fazem parte da paisagem desta cidade monumento.

Em Brasília, não deixe de visitar:
• Palácio do Planalto
• Palácio da Alvorada
• Congresso Nacional
• Palácio do Itamaraty
• Palácio do Supremo Tribunal Federal
• Teatro Nacional
• Palácio da Justiça
• Panteão da Pátria
• Torre de TV
• Catetinho
• Lago do Paranoá
• Parque da Cidade
ABNNews

Carta de Pero Vaz de Caminha
História e análise do texto

A célebre "Carta do Achamento do Brasil" foi escrita por Pero Vaz de Caminha em Porto Seguro, entre 26 de abril e 2 de maio de 1500. O escrivão só interrompeu o trabalho no dia 29, quando ajudou o capitão-mor a reorganizar os suprimentos da frota.
Enquanto o restante da armada seguiu para a Índia, o navio de Gaspar de Lemos foi despachado por Cabral para Lisboa, ao fim da estadia no Brasil, em 2 de maio. Por meio dele, a carta chegou ao seu destinatário. Das mãos de dom Manuel 1o, passou à secretaria de Estado como documento secreto, pois se queria evitar que chegasse aos espanhóis a notícia do descobrimento.
Anos mais tarde, o documento foi enviado para o arquivo nacional, localizado na Torre do Tombo do castelo de Lisboa ("tombo" tem aí o sentido de conservação, como quando se fala, por exemplo, em tombamento de uma cidade histórica). No arquivo, o manuscrito de Caminha - 27 páginas de papel, com formato de 29,6 cm X 29,9 cm - repousou esquecido durante os séculos seguintes.
O documento volta ao Brasil
Somente em 1773, o diretor do arquivo, José Seabra da Silva, mandou fazer uma nova cópia da Carta do Achamento. Seabra tinha ligações familiares com o Brasil. Supõe-se que por meio dele o texto de Caminha tenha chegado aqui, possivelmente com a sua transferência para o Rio de Janeiro quando acompanhou a família real portuguesa.
Essa cópia da carta foi encontrada no Arquivo da Marinha Real do Rio de Janeiro pelo padre Manuel Aires do Casal, que a imprimiu em 1817, tornando-a pública pela primeira vez. O documento ganhou particular importância para o Brasil com a Independência, em 1822.
Para o novo país, tratava-se do manuscrito que encerrava o primeiro registro de sua existência. Além disso, no século 19, com o desenvolvimento dos estudos históricos, os estudiosos reconheceram o valor dos documentos escritos como fontes privilegiadas para o conhecimento da história.
Análise lingüística
Isso se deve ao fato de o português do início do século 16 estar bem distante do português tal qual é falado hoje em dia. Alteraram-se os sons ou os significados de algumas palavras, outras caíram em desuso, novos termos apareceram.
É o caso de "achamento", usado no século 16, e substituído por "descobrimento" nos dias de hoje.
Mas a simples transcrição de um trecho do original de Caminha pode deixar mais clara a ação do tempo sobre a língua e revelar o abismo histórico que se abriu entre o português do escrivão e o nosso:
"Posto que o capitam moor, desta vossa frota e asy os outros capitaães screpuam a vossa alteza a noua do achamento desta vossa terra noua que se ora neesta nauegaçam achou, nom leixarey tambem de dar disso minha comta avossa alteza asy como eu milhar poder aimda que pera o bem contar e falar o saiba pior que todos fazer."
Texto rico e envolvente
Como o português empregado por Caminha é muito diferente do atual, não se pode ter certeza do significado de algumas palavras empregadas pelo autor.
No caso de outras, sua significação simplesmente se perdeu no tempo. Há passagens da carta cuja compreensão depende das interpretações que os estudiosos propõem para preencher essas lacunas.
Felizmente, esses problemas não chegam a prejudicar a compreensão do texto como um todo. Nem impedem que se possa "traduzi-lo" para o português de hoje.
Com a intenção de informar ao rei o descobrimento e apresentar-lhe o que aqui se encontrou, o estilo do autor é claro e marcado pela objetividade, como convém a quem escreve um relatório.
Mas o texto acaba sendo mais do que isso, pois o escrivão não se comportou como um simples burocrata. Sua linguagem nunca é seca ou mesquinha. Pelo contrario, Caminha se dá o direito de ser bem-humorado, fazendo até trocadilhos e brincadeiras ao comparar o corpo das índias com o das mulheres portuguesas.
Além disso, a grande riqueza de detalhes e as impressões do autor sobre aquilo que via dão ao relato vida e uma grande dimensão humana, Caminha acompanha não somente as ações do índios e europeus, mas também as reações e atitudes que cada grupo tem em relação ao outro, chegando a perceber as emoções que o contato desperta em ambos.
Assim, por meio da sua narrativa o leitor parece entrar numa máquina do tempo e presenciar o momento em que portugueses e índios se encontraram no litoral baiano, quinhentos anos atrás.
Duplo valor histórico
A carta apresenta também um duplo valor histórico. De um lado, tem a importância de ser o registro documental do descobrimento ou da entrada do Brasil na história universal, constituindo uma espécie de certidão de nascimento do nosso país. De outro, tem o mérito de revelar que a história se faz também a partir de fatos corriqueiros (como o "baile" organizado por Diogo Dias e seu gaiteiro), protagonizados por pessoas comuns e sem intenções de grandiosidade e heroísmo.
Página 3 Pedagogia & Comunicação

Teatro Municipal de São Paulo - Restauro do Piso do Salão Nobre
Considerado o espaço mais suntuoso do Theatro Municipal, o Salão Nobre, além de receber trabalhos de conservação nas pinturas do forro, vitrais e esquadrias, terá o piso original, datado de 1911, também restaurado.
O assoalho do Salão Nobre forma um grande desenho, composto por diversos módulos losangulares de réguas de madeira, de 6 cm de largura, encaixadas no sistema macho-e-fêmea. As réguas são justapostas e fixadas na estrutura.
Durante o projeto de restauro, amostras das madeiras foram levadas ao IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) para identificação das espécies botânicas, pois não havia registros da procedência da madeira. Parte das réguas foi identificada como peroba-rosa e parte como pau-marfim.
A constante utilização do espaço e o desgaste natural do material requerem uma intervenção mais completa, pois apenas pequenas intervenções pontuais foram realizadas ao longo dos seus quase cem anos. O piso apresenta vários trechos faltantes e partes trincadas, principalmente nas áreas de junção das réguas.
O assoalho deverá ser todo lixado manualmente, obedecendo ao sentido dos veios da madeira. As partes danificadas ou faltantes deverão ser substituídas por madeiras da mesma essência. Essas peças deverão ser incrustadas e coladas. Quando houver necessidade de substituição de uma das réguas, o procedimento deverá incluir a execução de cavilhas, para melhor fixação da madeira na estrutura. Posteriormente, a madeira será lixada e nivelada ao piso antigo. Para acabamento será aplicada cera.
Todo esse trabalho garantirá à durabilidade do piso do Salão Nobre por muitos anos, desde que respeitadas as normas de conservação.
Lilian Jaha
Arquiteta do Teatro Municipal de São Paulo.

 O original manuscrito da carta

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