ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

09 junho, 2010

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 9-6-10

FADO tem candidatura para o Patrimônio Cultural Imaterial
Um dos expoentes da cultura e tradição de Portugal, o Fado entrará como candidato na Unesco à condição de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. A indicação está sendo proposta pela Assembléia Municipal de Lisboa, depois de ter a matéria aprovada por unanimidade e aclamação. A matéria foi apresentada na autarquia da capital portuguesa e subscrita pela presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa. Há um empenho unânime de todos em volta da candidatura do Fado a Patrimônio.
“A Candidatura visa a preservação do Fado como tradição cultural viva e fator de identidade da Cidade de Lisboa”, avança a autarquia em comunicado, indicando que a apresentação do dossiê deverá ser feito até 31 de agosto.
Os fadistas Carlos do Carmo, João Braga, Cuca Roseta, Anita Guerreiro, Cristina Nóbrega, Maria Armanda, Julieta Estrela, Rodrigo, Duarte, Miguel Capucho, o instrumentista António Chainho e os investigadores Daniel Gouveia e Pedro Félix assistiram à sessão da Assembleia Municipal, garantindo o seu empenho e o envolvimento da comunidade fadista.
Agência Estado



Iphan conserva mais de 2 mil obras raras em Diamantina
A coordenadora do centro cultural, Monica Elisque, o técnico Ronney Brito
e a historiadora Ederlaine Seixas



A Casa do Muxarabiê, bela construção colonial da Rua da Quitanda, no Centro Histórico de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, guarda um tesouro que começa a ganhar as luzes da recuperação. No sobrado de propriedade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), onde funciona a Biblioteca Antônio Torres, a equipe do Centro de Documentação da Superintendência de Minas Gerais do órgão federal dá início à conservação de mais de 2 mil obras raras. Nesse acervo, há enciclopédias, coleções de autoria do francês Voltaire (1694-1778), coletâneas de leis, livros do século 18 e outros que tratam da história das Gerais.
“Ao mesmo tempo em que fazemos a higienização das obras da biblioteca, que pertence ao Iphan e totaliza 15 mil volumes, elaboramos o diagnóstico sobre a situação do acervo”, diz a coordenadora do Centro de Documentação, Mônica Elisque. Os livros ficaram guardados durante muito tempo, praticamente esquecidos e, por sorte, não estão tomados pelos cupins, traças e outros insetos xilófagos. “Foi uma surpresa, mas não encontramos nenhum até agora”, conta a coordenadora ao supervisionar o trabalho de Ronney Leite Brito, funcionário da instituição, e da historiadora Ederlaine Seixas.
A recuperação do acervo deverá trazer muitos benefícios para a cultura de Diamantina e abrir novas páginas para o entendimento da região. “À medida que o trabalho evolui é que vamos conhecendo toda a extensão desse patrimônio. Temos aqui muitos livros importantes que contam a história da cidade e arredores e podem ajudar nas pesquisas dos estudiosos. Com certeza, pouca gente os conhece”, diz Mônica, citando Arraial do Tijuco, de Ayres da Matta Machado, e Memórias do Distrito de Diamantina, de Joaquim Felício dos Santos. “Os dois livros são as obras mais procuradas pelos leitores”, informa a coordenadora do centro.
Durante o trabalho, conduzido no próprio prédio, a equipe avalia se vale a pena recuperar algumas obras ou se há necessidade de reposição de outras. Para tornar as obras mais conhecidas, a intenção é atrair a população e firmar parceria com a Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha.
Também paralelo à limpeza das obras raras, reforço de lombadas e outras ações de conservação, o Iphan desenvolve o inventário da biblioteca, com digitalização dos nomes e autores. Nessa empreitada, a equipe responsável faz descobertas, como encontrar, entre as páginas, bilhetes que ficaram guardados, além das tradicionais dedicatórias na folha de rosto.
“Outro objetivo nosso é fazer o treinamento dos funcionários na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro (RJ), para que estas medidas sejam mantidas e o trabalho não se perca. Os recursos para a primeira etapa, iniciada há um mês, são do Iphan, mas a superintendência mineira já entrou com um projeto no Ministério da Justiça para obtenção de recursos do Fundo de Direitos Difusos”, explicou Mônica Elisque.
Treliças
No Centro Histórico de Diamantina, tombado desde 1938 pelo Iphan e reconhecido como patrimônio da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), impossível não admirar a Casa do Muxarabiê, que, segundo as pesquisas, é a única da cidade a conservar o muxarabi original – balcão com treliças de influência moura, que permite a quem está dentro da casa observar, discretamente, as pessoas que passam na rua. Foi aí que viveu, na década de 1920, Antônio Torres, cônsul do Brasil na Alemanha e dono de parte dos livros incorporados à biblioteca.
Gustavo Werneck - Estado de Minas



O trajeto da cegueira na educação brasileira

 No Brasil, o atendimento escolar especial às pessoas com deficiência teve início na segunda metade do século passado. Foi precisamente em 12 de setembro de 1854 que a primeira providência neste sentido foi concretizada por D. Pedro II, através do Decreto Imperial n° 1.428. Na ocasião, ele fundou na cidade do Rio de Janeiro o Imperial Instituto dos Meninos Cegos. A instituição foi inaugurada cinco dias depois. Esse foi o primeiro passo concreto no País para garantir à pessoa com deficiência visual o direito à cidadania. Aos poucos, o órgão foi derrubando preconceitos e mostrou que a educação e profissionalização das pessoas cegas não era utopia.
Em 17 de maio de 1890, já na república, o Chefe de Governo Provisório, Marechal Deodoro da Fonseca, e o Ministro da Instrução Pública, Correios e Telégrafos, Benjamin Constant Botelho de Magalhães, assinaram o Decreto n° 408, mudando o nome do Instituto para Instituto Nacional dos Cegos e aprovando seu regulamento. Pelo Decreto n° 1.320, em 24 de janeiro de 1891, a escola passou a denominar-se Instituto Benjamin Constant (IBC), em homenagem ao seu ilustre e atuante ex-professor de Matemática e ex-diretor, Benjamin Constant Botelho de Magalhães.
Algum tempo depois da inauguração do Instituto, foram instaladas oficinas para aprendizagem de ofícios. Para os meninos, eram oferecidas aulas de tipografia e encadernação, e para as meninas turmas de tricô. Em setembro de 1945, a instituição inaugurou o curso de ginásio, que veio a ser equiparado ao do Colégio Pedro II em junho de 1946. Através dessas iniciativas, a unidade educacional começou a proporcionar o ingresso de seus alunos nas escolas secundárias e nas universidades.
Priscila Gomes



Patrimônio Cultural Brasileiro Proibido em São Paulo
"Cadê o tabuleiro da baiana do acarajé que ficava aqui?" É a pergunta que José Aldo da Silva, dono do Café Canet, na rua Frei Caneca (região central), mais tem ouvido nas últimas semanas.
A quituteira é a dona Neide Sena Avelino, uma soteropolitana que, diante da concorrência, trocou Salvador por São Paulo dois anos atrás.
Legalizada lá, clandestina aqui, ela não imaginava que algo pior que a saturação dos tabuleiros na Bahia a esperava nas ruas paulistanas.
Era o rapa, que apreendeu o que o tabuleiro da baiana tem. Do primeiro ponto, na rua Herculano de Freitas, ela foi para a Frei Caneca, para tentar despistar os fiscais.
Da noite para o dia, dona Neide sumiu, deixando a freguesia para trás. E sua história é a mesma das baianas Val, Bá, Gal, Luzia, que tinham tabuleiros nas praças da Sé, da República, Ramos de Azevedo, na avenida Ipiranga, no parque da Água Branca e desapareceram.
Para as baianas, a apreensão dos tabuleiros em São Paulo é "impiedosa" porque:
1) Elas e o acarajé -bolinho de feijão fradinho- são tombados pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como patrimônio cultural brasileiro. 2) Ao mesmo tempo em que proíbe o acarajé e outras comidas de rua, a prefeitura legaliza o comércio de cachorro-quente nas calçadas.
Com a situação, as baianas tomaram caminhos diversos. Umas voltaram para Salvador, outras passaram a cozinhar para fora, algumas foram parar nas feiras livres.
A situação mobilizou a Abam (Associação das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares do Estado da Bahia), que diz ter ouvido a seguinte resposta da Subprefeitura da Sé: "São Paulo é São Paulo, baiana de tabuleiro é coisa de Salvador".
A Secretaria de Coordenação das Subprefeituras nega ter sido procurada pela Abam nos últimos dois anos.
Hélia Bispo, a baiana Bá, teve o tabuleiro apreendido na rua Treze de Maio. "É muito humilhante a maneira como nos abordam", diz.
"Fomos mal recebidos na prefeitura. Não quiseram nem nos atender. Se não houver baianas com tabuleiros na rua, não há patrimônio nacional", afirma Rita Santos, presidente da Abam.
Questão cultural
"As baianas são patrimônio do Brasil, não apenas da Bahia. Não há porque a prefeitura não estabelecer regras razoáveis que possibilitem às baianas vender acarajé", afirma Carlos Amorim, superintendente do Iphan.
Em Salvador, a prefeitura estabeleceu regras de higiene para que o quitute possa ser vendido nas ruas.
O Iphan diz que vai procurar a coordenação das subprefeituras para fazer a mediação com a baianas.
A Secretaria de Coordenação das Subprefeituras afirma que é "descabida a suposição de perseguição
contra vendedores de acarajé ou qualquer outro tipo de comércio em São Paulo".
"As subprefeituras seguem a legislação vigente, agindo contra qualquer comércio irregular, incluindo o de alimentos", afirma a secretaria, em nota.
"A legislação sobre comércio de alimentos foi definida segundo o Código Sanitário Municipal e tem o objetivo de resguardar a saúde dos cidadãos", diz."Sanções a comércios irregulares de alimentos são igualmente usadas para qualquer atividade."
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DE SÃO PAULO





Zona Portuária do Rio vai ganhar museu de arte
Projeto faz parte da revitalização da Praça Mauá.
Investimento para casa de cultura é de R$ 43 milhões.
Uma cerimônia na Praça Mauá, no Centro do Rio, nesta terça-feira (1º) marcou o lançamento da pedra fundamental de uma nova casa de cultura do Rio: o Museu de Arte do Rio (MAR).
A nova casa de cultura fica no Palácio Dom João VI, prédio tombado como Patrimônio Cultural e integra o "Porto Maravilha", programa de revitalização da Zona Portuária, que inclui a restauração de imóveis de quatro bairros: Saúde, Gamboa, Santo Cristo e Caju.
O projeto é uma iniciativa da prefeitura do Rio com apoio do governo do estado e realização da Fundação Roberto Marinho. Um teleférico vai ligar o Morro da Conceição ao museu, que vai abrigar obras de arte e uma exposição permanente sobre a história da cidade. O investimento é de R$ 43 milhões.
"Essa revitalização tem que ter uma âncora cultural de qualquer maneira, e eu acho que é isso, esse museu é um museu aberto, que se integra à cidade", disse o prefeito Eduardo Paes.
"Ele não vai funcionar em horário de museu, ele vai acompanhar a balada aqui da Praça Mauá, funcionando fim de semana, de forma muito divertida e natural", afirmou o curador do museu, Leonel Kaz.
O Museu de Arte do Rio deve ser aberto ao público no início de 2012.
G 1 - RJ

Marcadores: , , ,

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial