ATUALIDADES - 27-7-10
Abrir empresa é mais barato no Rio Grande do Sul
Pesquisa aponta Estado como o segundo de menor gasto para montar um negócio no Brasil, que cobra, em média, R$ 2 mil
Abrir uma empresa no Rio Grande do Sul é mais barato do que em quase todos os outros Estados do Brasil. Enquanto o valor médio nacional é de R$ 2.038, no Estado, fica em R$ 1.031, o segundo mais baixo do país (acima apenas da Paraíba, com R$ 963).
Os dados fazem parte do levantamento “Quanto custa abrir uma empresa no Brasil?”, divulgado ontem pela Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan). A pesquisa mostrou que o investimento pode variar até 274% entre os Estados e apontou ainda que o país está em posição desfavorável frente a outras economias emergentes. Os gastos no Brasil representam o triplo da média dos parceiros dos Bric (Rússia, Índia e China), por exemplo.
No Rio Grande do Sul, uma das explicações para a manutenção dos custos abaixo da média nacional está na tecnologia. Segundo o presidente da Junta Comercial do Estado, Jorge Melo, as taxas pagas ao órgão para abrir uma empresa não são reajustadas desde 1996 graças às ferramentas criadas com o uso dos computadores e da internet
Antes do uso disseminado da web para agilizar a burocracia, cerca de 5 mil ofícios eram respondidos por mês – consultas sobre empresas feitas por Judiciário, Procuradoria Geral do Estado ou Tribunal de Contas. Atualmente, o sistema da Junta Comercial foi oferecido para a consulta direta dos órgãos sobre empresas, resultando numa economia de 20 mil folhas de papel por mês, além do aproveitamento de quatro a cinco servidores em outras funções.
Antes do uso disseminado da web para agilizar a burocracia, cerca de 5 mil ofícios eram respondidos por mês – consultas sobre empresas feitas por Judiciário, Procuradoria Geral do Estado ou Tribunal de Contas. Atualmente, o sistema da Junta Comercial foi oferecido para a consulta direta dos órgãos sobre empresas, resultando numa economia de 20 mil folhas de papel por mês, além do aproveitamento de quatro a cinco servidores em outras funções.
– Optamos por não reajustar os custos. Por isso, trabalhamos para reduzir a burocracia e facilitar a vida de quem quer abrir uma empresa. Nossa junta é superavitária e não sofremos nenhum tipo de déficit por não reajustar taxas – comenta Melo.
Todos os meses, uma média de 4 mil empresas são abertas no Estado. Com a intenção de permanecer oferecendo agilidade e taxas acessíveis aos novos empresários, a Junta prepara inovações (leia ao lado).
Custos com advogados e legislação ambiental pesam
De acordo com o levantamento da Firjan, o que mais pesa na hora de abrir uma empresa são os gastos com advogados, representando em média 35% dos custos no país. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Estado (OAB/RS), Claudio Lamachia, salienta que o advogado pode ser responsabilizado no caso de algum problema.
Além do custo, a burocracia também é um gargalo das empresas. Pesquisa divulgada também ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que os empresários da indústria consideram a legislação ambiental a área de mais excesso de burocracia no país.
Zero Hora
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