CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 5-10-10
Obra em estrada leva à descoberta de cinco geoglifos em Rondônia
SÃO PAULO - O asfaltamento da rodovia BR-429, que liga Ji-Paraná a Costa Marques, no oeste de Rondônia, levou à descoberta de cinco desenhos gigantes no solo, chamados pelos arqueólogos de geoglifos. A existência dessas figuras ancestrais nesta parte do estado é novidade, e ainda há pouca informação sobre como foram feitas e com qual finalidade.
Os geoglifos do entorno da BR 429 foram encontrados este ano por técnicos da empresa que faz o levantamento arqueológico necessário para conseguir o licenciamento ambiental da obra. Ao identificarem as estruturas, decidiram acionar o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que confirmou se tratarem de estruturas construídas pelo homem.
- Seguramente há mais. Seria necessário usar outra tecnologia para localizá-las - diz Francisco Pugliese, arqueólogo do Iphan que fez a análise dos geoglifos.
As estruturas só são identificáveis em imagens de satélite quando a floresta é removida. Para observar os desenhos em solo ainda recoberto de mata, será necessário usar tecnologia de radar.
Com o avanço do desmatamento e a popularização das imagens de satélite na internet, muitos desenhos têm sido descobertos no solo da Amazônia. Até agora, já são cerca de 300 geoglifos registrados no Acre e no Amazonas.
Desde a década de 1970, quando cientistas perceberam a existência dos geoglifos brasileiros, essas formas geométricas intrigam arqueólogos. Não está claro como foram construídos, nem se tinham finalidade religiosa ou de proteção.
Pugliese aponta, por exemplo, que as figuras de Rondônia tendem a ser arredondadas, em contraposição às encontradas no Acre, que são mais retilíneas, com quadrados e losangos.
Os geoglifos dão a pista de que, em plena Amazônia, poderiam existir civilizações mais complexas e numerosas do que se imaginava. Os construtores dessas figuras tinham que ter conhecimentos de geometria e ser capazes de realizar grandes obras.
Globo Amazônia
Igreja de padre preso por evasão não recebe verba para restauro
A Igreja de Boa Viagem, em Niterói, vai receber os R$ 50 mil previstos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para o projeto executivo de restauração da Igreja São Francisco de Paula, no Centro do Rio do Janeiro. O recurso foi realocado após escândalo envolvendo o pároco da Igreja de Copacabana, monsenhor Abílio Ferreira da Nova, 77 anos, que também administrava a São Francisco de Paula e foi preso dia 5 de setembro por tentar deixar o País com R$ 117 mil em dólares e euros não declarados.
Além do episódio, o Iphan identificou que a São Francisco de Paula é dona do espaço em que funciona o Hospital Quinta D'Or, na Quinta da Boa Vista, e recebe aluguel mensal.
"Não posso argumentar a favor do imóvel, quando se sabe publicamente que a irmandade tem posses", explica o superintendente do Iphan no Rio, Carlos Fernando Andrade.
A necessidade de reparos na igreja foi identificada em março deste ano, em vistoria do Iphan ao imóvel após incêndio que destruiu sobrados vizinhos.
Segundo o laudo, o templo precisaria de verbas emergenciais, como reparos em infiltrações no telhado, reforço estrutural e na parte elétrica. O Iphan já havia incluído o valor no orçamento anual e se preparava para iniciar o processo de licitação do projeto executivo nesta semana.
Um pedido de análise do caso foi encaminhado à Procuradoria Federal, que vai averiguar se houve má fé na aceitação de recursos públicos. Procurada, a Arquidiocese do Rio não se pronunciou.
Fundada em 1801, a Igreja São Francisco de Paula é tombada pelo Iphan desde 1934. Seu interior tem trabalhos em talha do Mestre Valentim, dos principais escultores do Brasil Colonial. Além da Igreja Boa Viagem, o Iphan dá andamento a obras emergenciais na Igreja de N. S. do Rosário e São Benedito, no Centro do Rio, com R$ 250 mil.
Evasão
O Monsenhor Abílio Ferreira da Nova, 77, foi preso dia 5 de setembro pela Polícia Federal, quando tentava embarcar para Portugal com 52.895 euros e 778 dólares escondidos em bagagens e, segundo agentes, até dentro das meias.
Dos R$ 117.240, o pároco só comprovou, após ter sido flagrado, a procedência de 7 mil euros (R$ 15.400), mostrando documento de câmbio emitido por banco. Por lei, o passageiro só pode embarcar para fora do País com até R$ 10 mil. Quando passa desse montante, o valor deve ser informado.
Em nota, o ecônomo lamentou "o erro de não ter informado, previamente, que estava de posse das economias" e garantiu que o dinheiro era parte de economias pessoais.
O Dia
Governo gaúcho define ações para o restauro do Museu Farroupilha, em Piratini
O Governo do Estado dará aporte financeiro para a restauração do Museu Farroupilha, localizado no município de Piratini. Por meio da Associação de Amigos do Museu será feito um convênio a fim de receber verbas do BNDES para as obras. Para definir o convênio e o projeto de restauro, o secretário de Estado da Cultura, Cézar Prestes, reuniu-se com a Diretora do Sistema Estadual de Museus, Simone Monteiro, em Piratini.
O secretário participou de reunião com o Presidente da Associação de Amigos do Museu, Otávio Madruga Alves, para comunicar o aporte financeiro do Governo e definir o formato do convênio com o BNDES. Também reuniu-se com o Prefeito de Piratini, Vilso Agnelo Gomes para acertar o depósito do acervo no prédio sob guarda da Prefeitura. Desta forma, o local será abrigado de modo seguro durante o período de restauro do Museu. No prédio onde será depositado o acervo, terá um ambiente com uma sala para uma mostra de peças significativas e informações sobre o andamento da obra, assim, a comunidade seguirá a relação com o Museu e terá acesso as informações sobre o restauro.
O secretário da Cultura, Cézar Prestes, conversou ainda com a professora Nóris Leal, do Curso de Museologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), para que os alunos participem do processo de acondicionamento, inventário e transporte do acervo do Museu Farroupilha para o local a ser depositado, propiciando uma atividade prática aos alunos. Em uma parceria da universidade com a Sedac, as peças que necessitarem restauro vão ser levadas para a universidade a fim de que os alunos dos Cursos de Museologia e Conservação e Restauro, orientados pela educadora restauradora Andrea Bachetini, realizem as atividadess práticas de restauro para a preservação do acervo.
Aproveitando a visita na região, o secretário Cézar Prestes esteve também em Pelotas, onde realizou encontro com os organizadores da Feira do Livro da cidade. Prestes aceitou o convite para a abertura do evento, no dia 29 de outubro, e também a participação do Instituto Estadual do Livro no evento. Além disso, será feita uma divulgação conjunta com A Feira do Livro de Porto Alegre.
Museu Farroupilha
O Museu Histórico Farroupilha foi criado no governo de Ernesto Dornelles, em 11 de fevereiro de 1953. A escolha de Piratini como sede, decorre do fato de o município concentrar o maior conjunto arquitetônico tombado pelo Patrimônio Histórico, em âmbito estadual e nacional. Em seu acervo, encontra-se um conjunto de peças de diferentes épocas, de diversos temas: são objetos pessoais de Bento Gonçalves, telas sobre a Guerra dos Farrapos, mobiliários do século XIX, moedas do período colonial até os nossos dias, objetos do cotidiano, máquinas de costura, xícaras, talheres, palmatórias, fardas, armas, vestuários, imagens sacras, entre outros.
Extraído de: Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Marcadores: cultura, patr. cultural, patr. histórico
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