ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

08 novembro, 2010

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 8-11-10

Obras raras fazem Unicamp investir R$11 milhões em nova biblioteca
A universidade vai abrigar nesse novo espaço um acervo de 60 mil títulos especiais
Os R$11 milhões vão ser usados para a construção do novo prédio da biblioteca, que vai ter uma área climatizada de 3.500 m². O local está previsto para ficar pronto em 2012.
O novo espaço tem como objetivo a preservação maior dos livros. Ele vai abrigar 60 mil títulos entre livros e revistas da coleção especial. Deste total, 3.700 obras são consideradas raras. O repórter Heitor Freddo revela ainda que todo o acervo vai ser digitalizado e disponibilizado ao público.
TVB Notícias Campinas


Estátua do faraó Amenhotep III é encontrada em Luxor
Arqueólogos encontraram em Luxor, no sul do Egito, parte de uma estátua de quase 3.400 anos que representa o faraó Amenhotep III, anunciou nesta quinta-feira o ministro egípcio de Antiguidades, Zahi Hawass.
A estátua mostra o faraó sentado ao lado do deus Hórus (Sol), com sua cabeça de falcão. A metade superior da estátua, em granito vermelho, foi descoberta no sítio do templo funerário de Amenhotep III, em Kom Al Hitan, no oeste de Luxor.
"É um dos achados mais lindos feitos no sítio funerário" de Amenhotep III, disse Hawass.
Os arqueólogos já haviam descoberto, no mês passado, outra estátua do faraó Amenhotep III, de 3.000 mil anos, na mesma região.
Amenhotep III, que reinou o Egito entre 1390 e 1352 a.C, seria o avô de Tutankamon, segundo análises de DNA de diversas múmias.http://toinhoffilho.blogspot.com/2010/11/arqueologia-estatua-do-farao-amenhotep.html

Prejuízo de R$ 1 milhão por ano com pichações
Mesmo nos prédios mais altos, vândalos deixam as suas marcas.

A Prefeitura de Curitiba gasta R$ 1 milhão por ano para reparar danos causados por vandalismo. São consertados objetos e imóveis depredados, lâmpadas da iluminação pública e instalados cabos de luz sobre pontos onde a fiação foi roubada. Entretanto, o maior gasto com reparo de atos de vandalismo é devido às pichações.
Até outubro de 2010, 563 ocorrências de pichação foram atendidas pela Guarda Municipal (GM). Foram presas 65 pessoas, e apreendidos 71 menores de 18 anos, em flagrante.
Em 2008 foram 151 flagrantes, e outros 122 foram registrados em 2009. Todos os detidos são encaminhados à Delegacia do Meio Ambiente ou à Delegacia do Adolescente, no caso dos menores. Os bairros mais atingidos pelo crime são o Centro, Sítio Cercado, São Francisco, Cajuru e Portão.
De acordo com Odgar Nunes Cardoso, diretor da GM de Curitiba, um meio para reduzir a incidência do crime é a prevenção. “A parte da punição deve ser a última aplicada. Temos que conscientizar para que as pessoas aprendam a preservar os locais onde moram”, ressalta.
A GM trabalha em parceria com as organizações não-governamentais (ONGs) Despiche e Vida Urbana, realizando palestras em escolas públicas e particulares para alunos da 1.ª à 5.ª série.
“Explicamos o problema que a pichação causa, o custo que gera para o município e para a comunidade. Mostramos o benefício de manter a escola, a comunidade e a cidade limpas”, afirma.
As palestras acontecem também duas vezes por semana no projeto Guarda Mirim, promovidas por guardas voluntários. O resultado é imediato. “Nos locais onde fazemos as palestras a pichação diminui sensivelmente. As crianças cobram da comunidade. Porém, na área pública, infelizmente tem uma disputa muito grande de território e o crime continua acontecendo, por isso contamos com as denúncias que podem ser anônimas através dos telefones 156 e 153”, lembra.
Lei
O artigo 65 da Lei n.º 9.605, de 1998, prevê pena de três meses a um ano de prisão para pichadores. Quando o crime é feito em local tombado pelo patrimônio histórico, a pena sobe para um ano de reclusão. Para os adolescentes, a lei determina o cumprimento de medidas socioeducativas como prestação de serviço à comunidade ou a reparação do dano.
Em Curitiba, além da lei ambiental, existe uma lei municipal que prevê o pagamento de multa de R$ 750 para quem for preso em flagrante pela GM (no caso dos menores apreendidos, a multa deverá ser paga pelos pais ou responsáveis).
O detido ainda perde, por dois anos, o direito de participar de concursos públicos municipais. A mesma lei, em vigor desde 2008, proíbe estabelecimentos comerciais, pessoas físicas e jurídicas, de vender tinta spray para menores de 18 anos.
Prédios históricos
A pena é superior para presos por pichações em locais públicos e históricos por que a reforma deste tipo de estabelecimento é mais difícil. É o que defende Telmo Padilha Cesar, coordenador de projetos do grupo Defender (Defesa Civil do Patrimônio Histórico).
“Para o patrimônio público e privado as despesas muitas vezes ficam por conta de raspagem, lixação e repintura. No caso de patrimônio histórico o custo é mais elevado, uma vez que deverão ser utilizadas tintas e técnicas que não mutilem o monumento”, explica.
Para ele, a perda das características físicas do imóvel é a perda de um pedaço da história do local. “O custo é proporcional ao tamanho do dano, mas de qualquer forma é uma despesa promovida por gente que não respeita aquilo que é seu e faz parte da sua própria história”, ressalta.
Ele lembra do trabalho da ONGs na Travessa da Lapa, que culminou em quatro anos de limpeza e manutenção livre de pichações, comemorados em 2008. Segundo Telmo, isso só foi possível por que houve fiscalização por parte também da sociedade depois de um intenso trabalho de conscientização.
“A pichação é um modismo que vem em ondas. Onde a sociedade e os poderes públicos se omitem, o lugar sofre com mais frequência e violência ações de vandalismo”, garante.
O grupo Defender apoia projetos de educação patrimonial e a restauração de bens protegidos pela lei, e sugere a inclusão nos orçamentos públicos dos custos de manutenção do patrimônio edificado, histórico ou não.
“Não existe nada mais importante para o desenvolvimento cultural, social e econômico do que o Patrimônio Cultural, seja ele material, natural ou imaterial”, frisa.
Fernanda Deslandes
Átila Alberti
Paraná Online


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