CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 23-11-10
Tesouros de faraó voltarão ao Egito
Uma grande discussão que envolve o mundo científico e governos de diferentes países diz respeito ao direito sobre relíquias históricas encontradas em sítios arqueológicos. O Egito é uma das nações mais interessadas na recuperação de antiguidades dispersadas por todo o mundo e acaba de ter uma importante vitória em sua luta: o Metropolitan Museum of Art de Nova York vai restituir ao país 19 pequenas peças identificadas como provenientes da tumba lendária de Tutancâmon.
´Graças à generosidade e ao senso ético do Metropolitan, esses 19 objetos da tumba de Tutancâmon vão poder se unir aos outros tesouros do jovem faraó`, declarou o chefe do Conselho Supremo das Antiguidades, Zahi Hawass.
O famoso museu nova-iorquino reconheceu os direitos do Egito sobre as peças que estavam em seu poder desde o início do século 20, após ter determinado a proveniência precisa, segundo o comunicado. Quatro delas possuem ´um valor histórico mais significativo`, em especial um pequeno cachorro em bronze e um componente de um bracelete representando uma esfinge.
Os objetos permanecerão nos Estados Unidos até meados de 2011, antes de serem enviados ao Museu do Cairo, onde está exposto o fabuloso tesouro faraó morto há mais de 3 mil anos, em particular sua máscara de ouro maciço.
A tumba de Tutancâmon foi descoberta em 1922 pelo arqueólogo britânico Howard Carter. Mesmo que na época uma decisão tenha estipulado a permanência dos objetos no Egito, pequenas peças deixaram o país, precisou Hawass no comunicado. O Egito luta para conseguir obter de volta essas inúmeras antiguidades dispersas pelo mundo, argumentando que grande parte delas foi levada ilegalmente do país.
Em abril, o Cairo organizou uma conferência internacional sobre o retorno das antiguidades ´roubadas`, durante a qual outros cinco países - Guatemala, Nigéria, Síria, Peru e Líbia - apresentaram uma lista de peças de grande valor a serem recuperadas prioritariamente. Para o Egito, a lista compreende um busto de Nefertiti (que está na Alemanha), a pedra da Roseta (Inglaterra),o zodíaco de Dendera (França), um busto do dignitário Ankhaf (Estados Unidos), uma estátua de Hemiunu (Alemanha) e uma estátua de Ramsés II (Itália). Nenhum desses países, no entanto, manifestou a intenção de devolver as obras, de valor inestimável.
Ainda assim, Hawass se orgulhou de ter recuperado milhares de peças ao longo dos últimos anos, que eram, em sua maioria, de pequenas dimensões. Ano passado, voltaram ao Egito fragmentos de afrescos que estavam no Museu do Louvre, em Paris, e o sarcófago de um faraó que havia sido levado para os Estados Unidos havia 125 anos. E, curiosamente, um cientista suíço restituiu há seis meses um dedo do pé da múmia do faraó Akenaton, pai de Tutancâmo, roubado em 1907 durante uma análise óssea.
Diário de Pernambuco
O Museu de Israel
O Museu de Israel, localizado em Jerusalém, é a maior instituição cultural no Estado de Israel e está entre os museus de arte e arqueologia mais bem conceituados no mundo. Fundado em 1965, o Museu abriga obras que datam desde a Pré-História até os dias de hoje, além de guardar o maior acervo de arqueologia bíblica e da Terra Santa no mundo, inclusive os célebres pergaminhos do Mar Morto. Em quarenta e cinco anos, o Museu construiu um acervo de aproximadamente 500.000 objetos que representam toda a riqueza da cultura material do mundo.
No verão deste ano, o Museu de Israel reabriu depois da maior reforma de sua história. Durante três anos, seu campus de 20 acres de extensão sofreu melhorias e teve áreas redesenhadas. O objetivo da expansão é oferecer ao visitante uma experiência mais completa das obras, arquitetura e espaço do Museu, complementando o desenho original de Alfred Mansfeld e Dora Gad. São destaques do projeto original o Santuário do Livro, projetado por Armand Bartos e Frederick Kiesler, onde estão os já mencionados Pergaminhos do Mar Morto, os mais antingos manuscritos bíblicos conservados, e também manuscritos bíblicos medievais raros.
Também chama a atenção a Maquete de Jerusalém no período do Segundo Templo, que reconstrói a arquitetura e topografia da cidade antes da destruição pelos Romanos no ano 66 D.C. Outro famoso espaço do Museu é o Jardim de Arte Billy Rose, projetado para o campus original pelo escultor nipo-americano Isamu Noguchi. Tendo as colinas de Jerusalém ao fundo, o Jardim serve como pano de fundo para a linha evolutiva da escultura ocidental moderna apresentada pelo Museu. Dentre os trabalhos, encontram-se obras de Jacques Lipchitz, Henry Moore, Pablo Picasso e Auguste Rodin.
A Ala Educativa Ruth Youth oferece atividades para mais de 100.000 alunos a cada ano e apresenta galerias para exposições, estúdios de arte, salas de aula, uma biblioteca de livros ilustrados para crianças, além de uma sala de reciclagem. São promovidos programas especiais para a interação intercultural entre estudantes árabes e judeus. A renovação do Museu duplicou seu espaço original que agora exibe 8.000 peças do acervo de quase meio milhão. O novo design das galerias leva o visitante em uma viagem pelo tempo, começando pela arqueologia e pré-História e caminhando até a Arte Contemporânea. Assista ao vídeo Experience the Beauty (em inglês) realizado por ocasião da reabertura do Museu após a conclusão das reformas.
Disponível em: http://www.pletz.com/blog/o-museu-de-israel/
Marcadores: cultura, patr. cultural, patr. histórico
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