ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

16 maio, 2011

LIVROS - 16-5-11

Ritual dos pastores, O - Memórias de um homossexual na infância
Fernando Cacciatore de Garcia

ISBN: 978-85-205-0605-9
Categoria: Literatura brasileira
Edição: 1ª - 2011
Formato: 14 x 21 cm
Nº de Pag.: 263
Peso: 320 gramas
Preço: R$ 30,00
O Ritual dos Pastores é um romance diferente. Em primeiro lugar, porque trata da vida, sentimentos e evolução do Guigo, um menino “diferente”, desde os três até os doze anos. Contudo, pela ligação entre o passado do menino e o presente do narrador (Rodrigo), conhecemos sua vida até o início de sua terceira idade. A “homossexualidade infantil” é apenas um dos temas do livro: na verdade, a obra seria sobre a “sexualidade”, simplesmente; esse assunto funciona como uma linha mestra a envolver outros temas, tão, ou mais, importantes. Por exemplo, como o Rodrigo-Guigo procura entender-se e a entender seus familiares, narra ele também suas vidas e analisa suas características psicológicas, começando essa inspeção com a chegada dos açorianos ao Rio Grande do Sul no séc. XVIII, dos quais se originou sua família. As idas e vindas ao passado são feitas com grande maestria, pois fica claro como a História influencia nossas vidas, nosso dia a dia e nossa psique. Por isso, O Ritual dos Pastores poderia também ser considerado um “romance psico-histórico”, porquanto nele está grande parte da História do Brasil, de 1750 a 2000.
Finalmente, o tema central do livro poderia ser considerado o fato de que tudo passa e que aceitar profundamente a passagem do tempo é a única forma de sermos felizes. Rodrigo comenta: “a realidade, como a meninice, são fatos passageiros”. Com efeito, o próprio prestígio e o poder da família do Guigo também estarão sujeitos a essa realidade tão evidente quanto dificilmente aceita: tudo termina. Escrito em um português leve e saboroso, apesar dos percalços do Guigo, o livro é marcado por plena aceitação do passado e do presente e perfeita esperança diante do futuro.
Fernando Cacciatore de Garcia
BIOGRAFIA:
Fernando Cacciatore de Garcia nasceu em Porto Alegre em 1944. Em 1953, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro. Em 1968, formou-se na PUC do Rio em Sociologia e, no Instituto Rio Branco, como Terceiro Secretário da carreira diplomática. Em 1970, foi dos primeiros diplomatas a serem transferidos para Brasília. Serviu nas Embaixadas do Brasil em Londres, Bancoque, Bonn, Nova Délhi, Caracas e Berlim e nos Consulados-Gerais em Buenos Aires e Munique. Em 2005, foi transferido de Berlim para o escritório do Itamaraty (ERESUL) em Porto Alegre, que chefiou por pouco mais de um ano. Em 2007, aposentou-se voluntariamente, como Ministro, e decidiu radicar-se em sua cidade natal. Dedica-se agora a atividades culturais. Em 2008, foram publicados em Porto Alegre seu livro de poesias “O Príncipe Irreal e o Poeta Errante” e sua tradução d’”As Ligações Perigosas”, de Laclos. Em novembro de 2009, foi publicada, também em Porto Alegre, sua tradução, direto do páli, língua de Buda, do “Darmapada”, no que levou vinte e um anos. Em abril de 2010 deverá ser lançado em São Paulo seu livro-caixa “Memória da Tortura”, com dez pontas secas de sua autoria, ilustrando dez poesias suas. Fez curso de gravura em metal com Rossini Pérez, em 1973, na Universidade de Brasília, e desde o outono de 2008 toma aulas no ateliê de Eliane Santos Rocha, em Porto Alegre. “Fronteira Iluminada – História do Povoamento, Conquista de Limites dos RS – a partir de Tordesilhas (1420-1920)” foi resultado de pesquisa que empreendeu por dois anos, até 1996 no Arquivo Histórico e Biblioteca do Itamaraty, que enriqueceu e elaborou em Porto Alegre, a partir de 2005.


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