ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

20 junho, 2011

CURSOS - 20-6-11

Guarujá-SP - Prefeitura oferece curso de técnica de encadernação japonesa
As mãos são as principais ferramentas para a execução do trabalho artesanal. Na encadernação não é diferente. A técnica japonesa, em especial, tem um diferencial: não utiliza cola. As folhas são costuradas manualmente. Apesar da costura aparente, a durabilidade e resistência são exatamente iguais à encadernação tradicional. É o que garante Cláudia Brino, que ministrou a 3ª Oficina de Encadernação, promovida pela Prefeitura, na sexta-feira (6).
“Muitas pessoas participam desde a primeira oficina. Acabamos nos aproximando, trocando experiências. Isso também prova que o livro sempre terá seu espaço. Todo esse aprendizado é uma oportunidade para quem escreve, fazer seu próprio livro e economizar”, disse Cláudia.
Segundo a coordenadora de Literatura da Prefeitura, a oficina procura resgatar a história da encadernação e a origem do papel: “além da apresentação de materiais utilizados na encadernação artesanal, queremos incentivar a preservação e conservação de livros”.
A aposentada Maria da Conceição Amparo Alves, de 61 anos, participa desde a primeira edição do evento. Ela conta que teve dificuldade no início, mas agora está “pegando” o jeito. “Aprendi muito! Escrevo desde 1996, consegui reunir 15 poesias minhas para encadernar hoje. Ficou lindo”, declara a aluna.
Além de aprender a técnica japonesa, Maria fez amizades. “Nesta oportunidade pude aprender e também ensinar alguma coisa. Os encontros sempre têm um clima gostoso, com muitas brincadeiras e risadas. Além de fazer o trabalho manual, trabalhamos a mente”, disse a aposentada.

Superação – A deficiência visual não foi uma barreira para o poeta José Amilton da Costa (47 anos) participar das oficias. A vontade de adquirir novos conhecimentos levou o escritor de literatura de cordel, que é conhecido como Colibri, a fazer o curso: “foi uma experiência ótima. É importante que as pessoas se interessem mais por esses trabalhos”.
O auxiliar de escrevente Leonardo Nascimento (22 anos) trabalha no Cartório da Cidade. Para ele, o conhecimento adquirido na oficina representa muito mais que a tarde agradável que passou com o grupo.
“Esse tipo de trabalho é muito importante, no cartório temos muitos livros antigos, desde 1923. É necessário mantê-los conservados. Aprendi e estou colocando em prática muitas coisas sobre conservação de livros”, afirmou o jovem.
Claudia Brino– Cláudia Brino é escritora, poeta, ativista cultural, fundadora e coordenadora do Clube de Poetas do Litoral (CPL). Ela participa ativamente como jurada de importantes concursos literários. Na incessante busca pelo conhecimento da literatura, apaixonou-se pelas artes da encadernação e hoje faz disso uma de suas principais atividades. Os interessados em conhecer mais sobre o trabalho da escritora podem acessar o site http://www.costelasfelinas.jex.com.br/

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