ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

27 agosto, 2007

CACHORRO SALVA VIDA DE ENGENHEIRO CEGO

O colombiano Omar Eduardo Rivera era empregado de um escritório em uma das
Torres Gêmeas. Salty, seu cachorro amarelo, o ajudou a descer setenta e um andares logo que um dos aviões seqüestrados explodiu contra o edifício.
Naquela terça-feira, como em tantas outras ocasiões desde que há quinze anos perdera a visão, esse engenheiro colombiano confiou na incondicional ajuda de Salty, um labrador retriever dourado. Desta vez, porém, foi diferente: a presença do cão foi decisiva para que Rivera não perdesse a vida.
“Surpreendi-me, mais ou menos às 8h44m da manhã, quando escutei alguém gritar: “Caramba, o que faz esse avião por aqui? Porém, pouco depois houve um impacto brutal, um ruído tão gigantesco e estrondoso que pareceu soar ao lado de meu ouvido. Em seguida, o edifício começou a estremecer“, contou o sobrevivente do atentado terrorista mais cruel da história dos Estados Unidos. Salty estava ao seu lado no escritório. O cão levantou-se e, muito nervoso, saiu do escritório. O que se escutava era o ruído dos pedaços de vidro que caíam. “Devido à insistência do cão, algo me disse que era momento de me mandar. Coloquei então sua cabeça no arreio
(uma espécie de cabresto) - que é o ritual utilizado para que o cão possa conduzir o cego - e assim se iniciou a marcha”, disse o cego, que imaginava que o impacto do avião tinha sido uns seis andares acima,. Levou cerca de uma hora e quinze minutos.Tivemos muitas dificuldades e havia muita confusão. Acima, havia muita fumaça e odor de combustível. Algumas pessoas tratavam de lutar para ficarem à frente das pessoas que fugiam.
Havia muito pânico Mas na realidade considero que todos estavam muito prudentes” Ao sair da torre, recorda Omar, o edifício número dois, na parte sul, começou a desmoronar. Havia muitas pessoas pedindo ajuda. Escutavam-se os estampidos das paredes quebrando e os gritos das pessoas. “E justo quando saímos, os 110 andares desmantelou-se como se fossem
castelos de cartas. Eu sabia, em meu coração, que o edifício ia cair; era tudo uma questão de tempo. Somente pedia a Deus que me tirasse daquele lugar. Naquele momento tudo era confusão. Pensava em minha esposa, minhas filhas, minha mãe e somente pedia a Deus para me dar o privilégio de continuar vivo.”
Enquanto desciam as escadas, acompanhavam-no sua chefe imediata, Danna Enrigt, e a gerente geral da companhia, que lhe dava o ombro para apoio. No 64º ou 65º andar, Enrigt tentou tirar a correia de Salty para agilizar o passo, porém o cão se negou a seguir sem a guia e Rivera teve que acalmá-lo. Quando saíram do edifício, Rivera e Salty começaram a correr. Atravessaram várias ruas até poderem chegar ao metrô.
“A angustia era muito grande,“ disse com lágrimas nos olhos. O metrô os levou até a estação Pelham e depois a Mont Vernon, onde os esperavam Sonia, a esposa, suas filhas Elizeth, Andréa e Érica, de vinte e um, dezessete e oito anos.

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