SAÚDE
Brasil começa a produzir medicamento genérico contra a aids em 2009
Em 2009, o Brasil vai começar a produzir o medicamento genérico do Efavirenz, utilizado no tratamento da aids. Em maio do ano passado, o Ministério da Saúde decretou o licenciamento compulsório do medicamento que era fabricado pelo laboratório Merck Sharp & Dhome, detentor da patente. Atualmente, das 200 mil pessoas que têm o vírus HIV no Brasil, 80 mil utilizam o Efavirenz.
“Pela primeira vez em muito tempo o Brasil consegue desenvolver o princípio ativo de um medicamento que era protegido por patente. Com isso, a gente conseguiu desenvolver uma formulação final do produto que é bioequivalente, ou seja, o genérico brasileiro tem no organismo humano o mesmo efeito da marca de referência”, explicou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
Segundo ele, além de representar economia de recursos públicos, a produção nacional do Efavirenz estimula o desenvolvimento da indústria farmacoquímica. “Isso diminui a vulnerabilidade do sistema como um todo e nos coloca em um patamar diferenciado no cenário internacional, reafirma a capacidade do Brasil em desenvolver tecnologia própria”, defendeu.
O medicamente genérico será produzido por dois laboratórios: Farmanguinhos (da Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz) e Laboratório Farmacêutico de Pernambuco (Lafape). As fases de teste de bioequivalência do medicamento da Fiocruz foram concluídas e o Ministério da Saúde já deu entrada no processo de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A produção começa assim que a Anivsa conceder a licença.
A diretora do programa DST/Aids, Mariângela Simão, acredita que a produção por dois laboratórios trará ao país maior independência. “Isso é estratégico, porque a produção nacional será enorme e, caso haja algum problema em um dos laboratórios, como falta de matéria-prima, você tem a garantia da produção pelo outro.” Segundo Mariângela, os dois laboratórios compartilham metodologias de análise, mas o medicamento está sendo produzido por “rotas diferentes” em cada um deles.
O Efavirenz é um medicamento considerado de “primeira linha”, ou seja, costuma ser utilizado nos tratamentos inicias em pacientes com aids. Junto com o AZT (zidovudina) e o 3TC (lamivudina), ele compõe a combinação mais usada em coquetéis anti-HIV. Segundo Mariângela, por ano são consumidos no Brasil 30 milhões de comprimidos.
Desde o licenciamento compulsório em 2007, o Brasil importa o Efavirenz genérico da Índia por US$ 0,45 o comprido de 600 miligramas, enquanto antes pagava US$ 1,59 à Merck. Segundo Temporão, a economia desde então foi de US$ 30 milhões. A expectativa é que o custo de produção do Efavirenz brasileiro seja semelhante aos gastos com a importação indiana.
“Em 2006 o Efavirenz correspondia a 11% do gasto total do Ministério da Saúde com medicamentos importados. Em 2007, com o licenciamento compulsório, o valor caiu para 4%”, comparou o ministro.
Dos 17 medicamentos que compõem o coquetel para tratamento da aids, o Efavirenz será o oitavo produzido nacionalmente. Os outros nove são importados, sendo oito com patente protegida. Em 2007, o Ministério gastará R$ 4 bilhões com a compra de medicamentos. Desse total, US$ 1 bilhão será destinado aos anti-retrovirais. Temporão não descarta a possibilidade de o Brasil decretar outros licenciamentos compulsórios, caso haja risco à população.
“A nossa postura é de negociação permanente com os produtores, de negociação de novas parcerias, trazer projetos de produção para o Brasil. Evidente que sempre que qualquer desses produtos possa colocar em risco o acesso dos brasileiros a um medicamento essencial à manutenção da sua vida, claro que o governo vai usar todas as armas que tem do ponto de vista legal”, afirmou.
Agência Brasil
“Pela primeira vez em muito tempo o Brasil consegue desenvolver o princípio ativo de um medicamento que era protegido por patente. Com isso, a gente conseguiu desenvolver uma formulação final do produto que é bioequivalente, ou seja, o genérico brasileiro tem no organismo humano o mesmo efeito da marca de referência”, explicou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
Segundo ele, além de representar economia de recursos públicos, a produção nacional do Efavirenz estimula o desenvolvimento da indústria farmacoquímica. “Isso diminui a vulnerabilidade do sistema como um todo e nos coloca em um patamar diferenciado no cenário internacional, reafirma a capacidade do Brasil em desenvolver tecnologia própria”, defendeu.
O medicamente genérico será produzido por dois laboratórios: Farmanguinhos (da Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz) e Laboratório Farmacêutico de Pernambuco (Lafape). As fases de teste de bioequivalência do medicamento da Fiocruz foram concluídas e o Ministério da Saúde já deu entrada no processo de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A produção começa assim que a Anivsa conceder a licença.
A diretora do programa DST/Aids, Mariângela Simão, acredita que a produção por dois laboratórios trará ao país maior independência. “Isso é estratégico, porque a produção nacional será enorme e, caso haja algum problema em um dos laboratórios, como falta de matéria-prima, você tem a garantia da produção pelo outro.” Segundo Mariângela, os dois laboratórios compartilham metodologias de análise, mas o medicamento está sendo produzido por “rotas diferentes” em cada um deles.
O Efavirenz é um medicamento considerado de “primeira linha”, ou seja, costuma ser utilizado nos tratamentos inicias em pacientes com aids. Junto com o AZT (zidovudina) e o 3TC (lamivudina), ele compõe a combinação mais usada em coquetéis anti-HIV. Segundo Mariângela, por ano são consumidos no Brasil 30 milhões de comprimidos.
Desde o licenciamento compulsório em 2007, o Brasil importa o Efavirenz genérico da Índia por US$ 0,45 o comprido de 600 miligramas, enquanto antes pagava US$ 1,59 à Merck. Segundo Temporão, a economia desde então foi de US$ 30 milhões. A expectativa é que o custo de produção do Efavirenz brasileiro seja semelhante aos gastos com a importação indiana.
“Em 2006 o Efavirenz correspondia a 11% do gasto total do Ministério da Saúde com medicamentos importados. Em 2007, com o licenciamento compulsório, o valor caiu para 4%”, comparou o ministro.
Dos 17 medicamentos que compõem o coquetel para tratamento da aids, o Efavirenz será o oitavo produzido nacionalmente. Os outros nove são importados, sendo oito com patente protegida. Em 2007, o Ministério gastará R$ 4 bilhões com a compra de medicamentos. Desse total, US$ 1 bilhão será destinado aos anti-retrovirais. Temporão não descarta a possibilidade de o Brasil decretar outros licenciamentos compulsórios, caso haja risco à população.
“A nossa postura é de negociação permanente com os produtores, de negociação de novas parcerias, trazer projetos de produção para o Brasil. Evidente que sempre que qualquer desses produtos possa colocar em risco o acesso dos brasileiros a um medicamento essencial à manutenção da sua vida, claro que o governo vai usar todas as armas que tem do ponto de vista legal”, afirmou.
Agência Brasil
Moda da dieta desintoxicante é um perigo para a saúde
Cortar a alimentação e apelar apenas para água e chás pode prejudicar o organismo.
Fazer dietas-relâmpago para desintoxicar é uma moda entre as mulheres. Algumas são extremamente radicais e chegam a cortar do cardápio toda a alimentação, incentivando a pessoa a viver apenas de água e chás por alguns dias.
Cortar a alimentação e apelar apenas para água e chás pode prejudicar o organismo.
Fazer dietas-relâmpago para desintoxicar é uma moda entre as mulheres. Algumas são extremamente radicais e chegam a cortar do cardápio toda a alimentação, incentivando a pessoa a viver apenas de água e chás por alguns dias.
Os danos para o organismo, que fica sem nutrientes, são enormes, alerta a nutricionista Ellen Simone Paiva, do Citen (Centro Integrado de Terapia Nutricional), mestre em medicina na área de nutrição e diabetes pela USP (Universidade de São Paulo).
Há poucos dias, ela lembra, uma inglesa foi submetida a uma dieta desse gênero e cortou todo o sal da alimentação, ingerindo apena vários litros de água por dia.“A mulher começou a se sentir mal, a vomitar várias vezes e foi aconselhada por sua nutricionista a continuar com o procedimento, pois ela estaria eliminando as impurezas e toxinas do seu corpo e que os sintomas apresentados eram normais. A paciente evoluiu com crise convulsiva e lesão neurológica caracterizada pela perda da memória”, exemplifica Paiva.
As toxinas são, na verdade, substâncias produzidas por agentes patogênicos, principalmente por bactérias, que eventualmente podem contaminar alimentos e causar muito mal à saúde das pessoas. “Ainda que o organismo estivesse repleto de tais toxinas, como dizem os inventores das dietas da moda, a Gastroenterologia e a Infectologia não reconhecem as técnicas de tratamento de desintoxicação apregoadas por estes profissionais”, reforça Elle.
A especialista alerta que essas medidas podem levar à desidratação, à perda de importantes minerais do organismo - como o sódio e o potássio - e ao prejuízo da flora bacteriana, que exerce o importante papel de defesa intestinal. “O nosso organismo é dotado de dois mecanismos muito sensíveis para eliminar substâncias indesejáveis e que não podem se acumular no nosso corpo. Por meio do fígado e dos rins, podemos eliminar tais substâncias, que são expelidas através das fezes e urinas”, complementa a nutricionista.
Além disso, o nosso sistema imunológico é capaz de reagir às investidas dos diferentes microorganismos que podem causar doenças ou infecções. Dietas extremas e o jejum prolongado causam o desequilíbrio metabólico, perda de peso por desidratação, arritmias cardíacas e lesões neurológicas provavelmente relacionadas ao desequilíbrio hídrico e eletrolítico dos fluídos corporais.
Abril.com
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