ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

23 março, 2009

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 23-03-09

Belo Horizonte-MG - Profissão de fotógrafo 'lambe-lambe' pode virar patrimônio cultural em MG
Prefeitura quer evitar extinção do tradicional ofício.
Fotógrafos perdem espaço para as modernas câmeras digitais.
A Prefeitura de Belo Horizonte pretende transformar a profissão de fotógrafo “lambe-lambe” em patrimônio cultural. Com as novas tecnologias e a chegada das máquinas fotográficas digitais, o trabalho destes profissionais no Parque Municipal da capital mineira diminuiu bastante. A medida da prefeitura visa impedir que o ofício seja extinto.
Quem visita o parque municipal sem uma máquina fotográfica e quer registrar os bons momentos do passeio pode contar com os serviços de um dos nove lambe-lambes. Estes fotógrafos antigos usavam máquinas com foco manual e a imagem vista era invertida. Eram “bons tempos”, de acordo com o fotógrafo Francisco Xavier.
“Hoje tem os celulares, que fotografam, então, o movimento caiu muito. Hoje nós trabalhamos apenas para nossa sobrevivência”, diz Xavier.
Para evitar que esta tradição se perca, a prefeitura de Belo Horizonte quer transformá-los em patrimônio cultural. A intenção “é preservar a história dos lambe-lambes em relação à história de Belo Horizonte e ao mesmo tempo fazer com que este ofício se mantenha vivo na história da cidade”, diz Michele Arroyo, diretora da Fundação Municipal de Cultura.
O projeto ainda está sendo analisado. Enquanto isto, os lambe-lambe continuam firmes no parque municipal, registrando bons momentos da vida dos outros. “A coisa que me deixa mais feliz é fazer uma foto e a pessoa falar ‘nossa, que bacana, como eu fiquei bem’”, diz o fotógrafo Wagner da Silva.
G 1
Salvador-BA - Biblioteca recebe doação de 5 mil livros
O Liceu de Artes e Ofícios, instituição baiana criada em 1872 com objetivo de qualificar operários e artífices para o mercado de trabalho, está doando o seu acervo de livros para a Biblioteca Manuel Querino do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), vinculado à secretaria estadual de Cultura.
A doação foi aprovada por unanimidade pelo Conselho Administrativo do Liceu, que ainda está instalado em um antigo palacete construído a partir do início do século XVIII no centro antigo da capital baiana. Foram doados cerca de cinco mil títulos que abrangem temáticas de história, geografia, arquitetura e matemática, além de revistas, jornais, teses, vídeos e alguns CD.
Com essa doação, a Biblioteca Manuel Querino, que funciona no andar térreo do Solar Ferrão, nº 45 da Rua Gregório de Mattos, Pelourinho, Centro Histórico de Salvador, passará a ter 13 mil exemplares de livros. Antes da doação a biblioteca do IPAC dispunha de acervo de oito mil livros e 300 títulos de periódicos, além de recortes de jornais e monografias com assuntos ligados às áreas de patrimônio, cultura e Centro Histórico de Salvador.
O IPAC empreendeu intensa reforma no Solar Ferrão, casarão originário do século 17, possibilitando ampliação das instalações físicas da biblioteca, novo sistema de climatização, nova catalogação e a digitalização total do acervo. Segundo o diretor geral do órgão, arquiteto Frederico Mendonça, o principal objetivo foi preparar a biblioteca para uso pleno de estudantes, pesquisadores, dos moradores do Pelourinho e do público baiano em geral.
A biblioteca Manuel Querino do IPAC fica aberta ao público de segunda à sexta-feira, das 9 às 20 horas, e aos sábados das 9 às 12 horas. Outras informações sobre a biblioteca podem ser fornecidas através do telefone: (71)3117-6384.
iBahia.com
São Paulo-S - Guia traça situação dos banheiros públicos
Para urologista da USP, quadro geral é de ‘problema de saúde pública’.
Guia distribuído no HC analisa 150 banheiros da capital paulista.
Banheiro público na região da 25 de Março, Centro de São Paulo
(Foto: Leonardo Wen/Folha Imagem)

Começou a ser distribuído gratuitamente no Departamento de Urologia do Hospital das Clínicas de São Paulo, na Zona Oeste da capital paulista, um guia que deve ajudar os moradores e visitantes da maior cidade do país a enfrentar uma dificuldade que a maioria deles talvez não tenha se dado conta: os banheiros públicos. Para o urologista da USP Homero Bruschini, esse assunto transformou-se em um “problema de saúde”. No livreto de quase 70 páginas, criado pelo urologista e outras três enfermeiras do HC e intitulado “Banheiros em São Paulo. Onde ir? Como fazer”, é traçado um perfil de banheiros distribuídos em 37 pontos da cidade, alguns dos locais mais movimentados da capital paulista. Os lugares citados no livreto vão desde os banheiros do Parque Ibirapuera, considerados limpos e com boas condições de higiene, embora não tenham papel higiênico na maior parte do tempo; até o do Vale do Anhangabaú, considerado sujo, sem material de higiene e com mau cheiro.
De acordo com a publicação, a necessidade de se usar um banheiro público pode ser mais comum do que se imagina, uma vez que pesquisas mostram que 15% dos adultos não conseguem prender a urina e em 10% deles esse desejo chega a ser incontrolável. Além disso, um terço dos homens após os 50 anos têm problemas de próstata o que aumenta a vontade de usar o sanitário. O guia assinala ainda que homens e mulheres em condição normais vão ao banheiro entre quatro a sete vezes por dia. A idéia de escrever o guia, conta Bruschini, surgiu por dois motivos. “Para realmente ser um roteiro para as pessoas que estão na cidade e não têm disponibilidade de banheiros. E para tentar sensibilizar as pessoas de que o problema existe”, afirmou. E, segundo ele, esse problema não se refere apenas às condições de manutenção dos banheiros públicos, mas principalmente à ausência deles.
Sem banheiro na Paulista
No guia, várias regiões da cidade são apresentadas como “sem banheiro”. É o caso da Avenida Paulista em que, segundo a publicação, o transeunte que precisar usar o sanitário terá que depender da disponibilidade das instalações de lojas, lanchonetes, bares, shoppings, farmácias e bancos. “O despreparo é total. O pessoal depende da boa vontade dos comerciantes da região. Não tem um banheiro público. Você fica à mercê do favor dos outros.” Segundo o presidente da Associação Viva Paulista, Nelson Baeta Neves, “para não dizer que não existe nenhum banheiro público” ao longo da Paulista, há um dentro do Parque Trianon. Ele conta que a estrutura funciona dentro de uma “casinha” no local, tombada pelo patrimônio histórico.
Neves afirma que a questão é polêmica já que algumas pessoas não querem que as estruturas sejam instaladas porque “normalmente viram uma imundície”. “Já houve uma vez que quiseram organizar isso com o pagamento de uma taxa simbólica para evitar que os lugares ficassem muito sujos, mas aí houve uma resistência das autoridades porque o pobre não teria como pagar.”
Distribuição
O guia foi publicado no final do ano passado, mas só agora começou a ser distribuído ao público em geral. Antes, segundo Bruschini, o material tinha sido dado apenas a médicos e profissionais de saúde. A reportagem do G1 entrou em contato com a Empresa Municipal de Urbanização (Emurb), ligada à prefeitura, para saber como é feita a manutenção dos banheiros públicos da cidade, mas até a publicação desta notícia a empresa não tinha se pronunciado sobre o assunto.
G 1

São Luís-MA - Casarão desaba e bloqueia rua do centro
Um casarão situado na rua Isaac Martins, número 103, centro de São Luís, desabou por volta das 9h30 de ontem, 17. O imóvel que já estava com sua estrutura comprometida não suportou as fortes chuvas que têm caído na capital maranhense e parte de sua fachada foi ao chão, destruindo e expondo a fiação elétrica e telefônica.
Os destroços do casarão - pedras, telhas e estruturas de concreto -, bloquearam a rua inteira. Os órgãos competentes pela fiscalização, segurança, interdição e retirada dos entulhos só foram ao local no final da manhã.

Destroços do casarão se espalharam pelo meio da rua Isaac Martins
A Defesa Civil interditou a área e isolou o imóvel, além de avaliar as condições da parte que ainda ficou de pé para emitir um laudo técnico. Uma equipe da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) retirou o entulho e o lixo deixado pelo desabamento.
Segundo os moradores da área, há tempos a Defesa Civil foi comunicada do risco que o casarão oferecia aos moradores e pedestres, mas nenhuma providência foi tomada sobre o assunto. Parte do imóvel que desabou estava sendo contido por um container de lixo que estava próximo à casa.
Além das residências, os estabelecimentos comerciais também ficaram sem energia e telefone. Entidades como a Fundação Municipal de Cultura do Maranhão (Func) chegou a liberar os funcionários por conta da impossibilidade nos trabalhos.
Segundo informações de populares, a casa é de propriedade particular e esta desabitada há algum tempo. Foi dito também que os donos residem fora do país, mas que, eventualmente, seus representantes legais visitam o imóvel.
Sem reforma - De acordo com órgãos que cuidam do patrimônio histórico, alguns proprietários relutam em executar reformas, devido ao elevado custo da restauração, que deve seguir critérios rígidos de preservação. Pois existem edificações de mais de mil metros quadrados, provenientes de um período de muita riqueza. São azulejos portugueses espalhados por toda parte, as paredes possuem mais de 60 centímetros de espessura, além do excesso de adornos, o que torna tudo mais caro.
Jornal Pequeno

Nova Lei Rouanet cria cinco fundos diretos para artes
SÃO PAULO - Nasceu na segunda-feira uma nova legislação de estímulo à cultura nacional. Um novo projeto de lei será colocado à disposição para consulta pública no site do Ministério da Cultura (www.cultura.gov.br). Debatida durante seis anos no governo, liberada esta semana pelo setor jurídico da Casa Civil, a nova lei vai serenar os ânimos de quem achava que seria extinto o mecanismo de renúncia fiscal. Não vai.
Além de manter a renúncia fiscal, chave da Lei Rouanet (Lei nº 8.313) desde sua criação, em 1991, a nova legislação estabelece seis faixas de dedução do imposto de renda devido - além do máximo de 100% de abatimento e do mínimo de 30%, como é atualmente, outras quatro novas faixas foram criadas (90%, 80%, 70% e 60%).
A maior novidade da legislação, entretanto, não está na reconfiguração do sistema de renúncia fiscal, mas na criação de cinco novos fundos de financiamento direto à cultura: Artes, Patrimônio, Cultura e Diversidade e Audiovisual, além da manutenção do Fundo Nacional de Cultura (para tratar de áreas não específicas do espectro cultural).
Dessa forma, a Lei Rouanet muda na essência. A lei existente hoje prevê três formas de financiamento: a renúncia fiscal, o Fundo Nacional de Cultura (FNC) e o Ficart, um fundo de capitalização. A renúncia fiscal acabou se tornando o único mecanismo efetivo e os outros ficaram atrofiados.
A lei necessita de ajustes para sanar distorções que provocam a concentração regional do financiamento e o baixo apoio a atividades culturais em áreas, por exemplo, de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), disse o deputado Paulo Rubem Santiago (PDT-PE), que encaminhou requerimento esta semana pedindo acesso ao texto integral da nova lei.
Santiago, que integra a Comissão de Educação e Cultura (CEC) da Câmara dos Deputados, diz que será criada uma relatoria na comissão apenas para debater o projeto, e ele também defende uma audiência pública. Diz que há grande simpatia no Congresso pela modernização da lei, mas que ainda é preciso avaliar o novo sistema.
O ministro da Cultura, Juca Ferreira, disse na semana passada que a abertura da consulta pública do texto da lei permitirá que entidades do setor, produtores culturais, empresas e artistas façam sugestões ao projeto durante um período de 45 dias. Ele também pretende viajar pelo País para debates públicos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

São Luiz-MA - 21 casarões podem desabar no Centro
SÃO LUÍS - A intensidade do período chuvoso em São Luís aumentou o risco de desabamento de imóveis no Centro. Na manhã da última terça feira, parte de uma casa localizada na rua Isaac Martins e de um casarão na rua dos Veados desabaram. O primeiro não resistiu às fortes chuvas e o último teve a área interditada devido às condições de risco em que se encontrava.
A falta de informação dos proprietários e da população no que diz respeito à conservação dos imóveis representa grandes riscos, visto que a falta de manutenção desses prédios pode ocasionar desabamentos parciais ou totais, uma perda que em alguns casos é irreparável.
São 5.600 imóveis tombados pelo Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Paisagístico da Superintendência do Patrimônio Cultural da Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão (DPHAP), dos quais 1.000 estão incluídos na área de tombamento federal, de responsabilidade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
De acordo com a superintendente do Iphan, Kátia Bogea, existem atualmente oito prédios em estado precário ou parcialmente desabados, seis em ruína, 21 precários, com risco de desabamento, e 80 precários, sem risco de desabamento. O Iphan está recuperando três imóveis, um localizado no Beco da Pacotilha, outro na Rua da Palma ( de nº 375) e a antiga sede de Navegação Jaracati, no Desterro (onde será construído o Museu de Memória Audiovisual do Maranhão). Também está sendo recuperada a praça ao lado da antiga sede de Navegação Jaracati, onde será construído um cinema.
Solicitação
As fiscalizações do instituto são rotineiras, segundo a superintendente. Ela lembrou que, quando o proprietário deseja reformar o prédio, deve fazer uma solicitação ao órgão. Caso seja a aprovada, é feita uma vistoria para verificar se a obra está de acordo com o projeto. Quando há alguma irregularidade, é feito o embargo e, dependendo da gravidade, é dada entrada em uma ação judicial. “Nossa equipe é pequena, entretanto estamos atentos ao que ocorre com nosso patrimônio. É preciso que a população e os órgãos públicos se responsabilizem também, pois não adianta receber um título de Patrimônio Mundial e não se comprometer com este patrimônio, que é de todos”, frisou Kátia Bogea.
Ela afirmou que muitos proprietários não recuperam a estrutura do imóvel e o deixam abandonado ou usam como justificativa o fato de não saberem o que podem ou não fazer no prédio. “O Iphan não impede que sejam feitas reformas. O que não é aceitável é a descaracterização do imóvel. Podemos adequar um prédio do século XVIII às necessidades do nosso século”, explicou a dirigente do Iphan.
Ela afirmou ainda que a conscientização de todos é de extrema necessidade para que o patrimônio seja preservado. “É necessária a criação de políticas públicas e a sensibilização dos governantes para que haja conservação do patrimônio histórico”, acrescentou.
Imirante.com


Piracicaba-SP - Patrimônio histórico ameaçado
A igreja velha de Santa Teresinha tem projeto de restauro pronto para execução
A igreja velha do distrito de Santa Teresinha tem projeto de restauração pronto há três anos. Ela é tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Piracicaba (Codepac). A data provável de sua inauguração é 15 de agosto de 1934 e a pedra fundamental deve ter sido lançada em 15 de março de 1927. Na época era chamada de Igreja de Santa Teresinha do Menino Jesus e pertencia ao bairro Corumbataí. O distrito de Santa Teresinha foi instituído em 31 de março de 1977.
O projeto foi solicitado pela Diocese de Piracicaba aos arquitetos Márcio V. Hoffmann e Marelisa Marcussi. Eles fizeram o levantamento histórico, arquitetônico, ´patológico´ e fotográfico do local. Segundo eles, a estrutura da igreja está comprometida e o local sofreu nesses anos muitas interferências. A principal delas foi anexar a igreja à casa paroquial. "No projeto de restauro está prevista a demolição da casa paroquial", informam.
Entre as curiosidades - que os arquitetos anotaram no levantamento da pesquisa - eles descobriram, segundo relatos de Pedro Carrigari, que a imagem de Cristo foi colocada no topo da torre no dia 17 de junho de 1934, mas só foi inaugurada quando chegou a imagem de Santa Teresinha e, que embaixo da torre da igreja velha, teriam sido enterrados documentos históricos. "A igreja tem um valor histórico importante para o distrito, mas não há elementos artísticos de destaque", comenta Hoffmann.Os arquitetos afirmam que a igreja está em situação precária e necessita de reparos urgentes. O presidente da Câmara de Vereadores, José Aparecido Longatto, quer mobilizar a prefeitura para que tenha início a recuperação do local. Na terça-feira, ele esteve em Brasília, onde entregou um ofício ao presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer.
Entre outras solicitações, o documento menciona a necessidade de recuperação do patrimônio histórico de Santa Teresinha. "Quero que ele nos ajude a obter apoio cultural, seguindo a legislação vigente, com objetivo de conseguir recursos para iniciar a execução do projeto".
O vereador disse que vai falar com o prefeito Barjas Negri e também já teria procurado o Instituto de Pesquisa e Planejamento de Piracicaba (Ipplap) para auxiliar na recuperação do local. A Gazeta tentou falar ontem à tarde com o pároco de Santa Teresinha, André Brandão, que não pode atender por estar em horário de confessionário, mas se prontificou a marcar uma entrevista para falar sobre os problemas da igreja velha e apresentar o projeto de restauro.
Gazeta de Piracicaba


Estudantes da UFMG participam da recuperação de valiosas peças
Com cerca de 100 metros quadrados, forro da Igreja de Bom Jesus do Matozinhos de Couto de Magalhães de Minas foi higienizado, descupinizado e será recuperado.
Uma aula de arte que mescla conhecimento, prática, beleza e sensibilidade. Estudantes do curso de conservação e restauração de bens móveis da UFMG têm uma oportunidade de ouro para conhecer mais sobre a futura profissão e ver, bem de perto, a matéria-prima do seu ofício. No ateliê do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG), na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, alunos do terceiro período – a primeira turma do curso único do país – põem a mão na massa – e na madeira policromada –para participar do processo de restauro de peças históricas.
O estágio começou esta semana, quando o ateliê inaugurou o projeto Vitrine e recebeu os primeiros quatro alunos, que vão trabalhar, em duplas, em dias alternados. Na estreia, a turma se debruça, com a supervisão da gerente de Elementos Artísticos do Iepha, Yukie Watanabe, e da restauradora Lídia Vasconcelos, do Grupo Oficina de Restauro, sobre o forro da Igreja Bom Jesus do Matozinhos, de Couto Magalhães de Minas, construída no início do século 18 e considerada uma das joias do Vale do Jequitinhonha. No seu primeiro dia de estágio, e entusiasmado com o universo da restauração, Agesilau Neiva Almada, com a primeira graduação em publicidade, conta que atividade extraclasse e experiência adquirida entre profissionais e obras de arte são fundamentais, “pois vão complementar a bagagem teórica”.
Ele explicou que o curso tem o foco na coordenação de equipes, mas lembrou que, para chegar a esse ponto, “é preciso aprender a fazer direito”. A carioca Laura Guimarães do Rego Macedo, já graduada em administração, conta que se mudou para Belo Horizonte a fim de fazer o curso da UFMG. “Hoje a preservação do patrimônio cultural tem mais valor, principalmente na cabeça das pessoas. A restauração de monumentos está abrindo muitas possibilidades de trabalho. Gosto muito de estar aqui”, afirmou Laura, que não desgrudava os olhos das tábuas de madeira estendida sobre a mesa, enquanto seguia as orientações dos técnicos.
Para Yukie, o objetivo do projeto Vitrine é abrir o ateliê para estudantes e, a partir da próxima semana, a toda a comunidade, dando a chance aos moradores de conhecer a dinâmica e serviços executados. Interessados em conhecer o espaço podem obter informações pelo e-mail faleconosco@iepha.gov.br. Ela explicou que a restauração do forro deverá terminar em julho, quando o conjunto será devolvido ao templo católico de Couto Magalhães de Minas e recolocado no lugar de origem pela equipe do Iepha/MG, vinculado à Secretaria de Estado de Cultura.
"Hoje a preservação do patrimônio cultural tem mais valor, principalmente na cabeça das pessoas. A restauração de monumentos está abrindo muitas possibilidades de trabalho" - Laura Guimarães do Rego Macedo, aluna do curso de restauração da UFMGPassado esste primeiro estágio, outros estudantes poderão ter aulas práticas, diante de relíquias do patrimônio mineiro (esculturas, quadros etc.) em restauro no ateliê. Para o diretor de Conservação e Restauração do Iepha, Renato César de Souza, a iniciativa ganha ainda a função de educação patrimonial.

“Os alunos demonstram muito interesse e é isso é importante”, revela Lídia, que trabalha para a empresa encarregada da obra.
Renda de cupins
O forro em estilo rococó da Igreja Bom Jesus do Matozinhos tem cerca de 100 metros quadrados e 122 tábuas, tendo cada uma 9,5 metros de comprimento e 15 centímetros de largura. A pintura apresenta o coroamento da Virgem Maria pela Santíssima Trindade, tendo nas molduras querubins e anjos adultos, guirlandas de flores e outros temas ornamentais. As pesquisas mostram que a igreja, tombada pelo Iepha, teria sido construída em 1807. “Há registro em um livro sobre a data, que, inclusive, estaria escrita no forro. Mas, até agora, não encontramos nada”, disse Yukie.
Os trabalhos iniciados em janeiro, com recursos do próprio instituto, contaram com completa higienização das peças, além de numeração de uma por uma, para não haver perdas, e minuciosa descupinização. “O verso das tábuas está bem deteriorado, todo rendilhado, com parte estrutural degradada, devido à ação dos insetos”, comenta Yukie. O restauro inclui ainda estudos e complementação de perdas na pintura.
Uai

Rio Grande-RS - História se recupera
Reconstrução em função de incêndio vai consumir R$ 3,7 milhões.
Candelabros de bronze, pesadas portas de ferro, placas comemorativas e fragmentos de uma escadaria de mármore aguardam, em uma salinha improvisada, a hora do restauro.

Interditado desde o incêndio que consumiu boa parte de suas instalações há quase três anos, o prédio da prefeitura de Rio Grande, no sul do Estado, permanece fechado ao público.
A obra de restauro do Paço Municipal, construído em 1824, está orçada em R$ 3,7 milhões, foi iniciada em janeiro e tem a sua primeira etapa prestes a ser concluída. Mas os recursos que seriam liberados para a conclusão – captados no início do ano pela Lei de Incentivo à Cultura (LIC) federal junto às empresas patrocinadoras – ainda não chegaram.
Apenas 20% do orçamento, necessários para que o Executivo tenha acesso à verba total, estão assegurados. Enquanto o reforço não vem, o prefeito Fábio Branco (PMDB) trabalha na captação de recursos junto ao empresariado local. Segundo ele, 10 empresas já colaboraram com doações.– Se houve qualquer atraso no cronograma, não será por falta de verba – declara ele.Ao contrário da construção tradicional, o restauro é feito de cima para baixo. Assim, a próxima etapa será a reconstrução do telhado, com a cobertura definitiva do prédio com telhas de barro. O imóvel fica alagado sempre que chove, pois não há telhado.
– Nossa intenção é trabalhar em dobro para fazer frente ao inverno que vem aí. E torcer para que a chuva não venha – aponta o arquiteto William Pavão Xavier.
O fogo deixou a escada de mármore carrara, no saguão principal, bastante danificada. As fachadas estão íntegras e as paredes escoradas foram um “excesso de cautela”, avalia o arquiteto. Ele garante que, mesmo com as dificuldades, as características originais da edificação serão mantidas.– Não queremos fazer um pastiche do que o prédio era antes. Vamos preservar o que é possível, e o restante será uma obra contemporânea – avalia Xavier, anunciando que um elevador e novos banheiros devem ser agregados à construção, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae) desde 1982.
O prédio da Secretaria Municipal de Coordenação e Planejamento (antigo Quartel General), que fica ao lado da prefeitura, segue como a sede provisória dos principais gabinetes.
Zero Hora
fernando.halal@zerohora.com.br

Rio Pardo-RS - Secretaria de Turismo e Cultura dará vida ao prédio da antiga estação Férrea
O prédio da antiga estação Férrea de Rio Pardo ganhará vida com a transferência das atividades da Secretaria Municipal de Turismo e Cultura para o local. Os trabalhos, que atualmente acontecem na sede da prefeitura velha, na esquina da rua da Ladeira, serão transferidos para a estação às margens do rio Pardo no dia 08 de abril. A preocupação com a preservação do prédio era constantemente debatida pela administração municipal, uma vez que estava desocupado e sendo depredado por vândalos. O prefeito Joni Lisboa da Rocha informou que a decisão tomada na última semana foi muito bem recebida. "Estamos em processo de limpeza no local, mas em breve a mudança será feita. A Estação ganhará vida nova e terá um espaço muito bem aproveitado pela equipe do Turismo".

Além disso, Rocha falou sobre a intensa programação planejada para 2009 em comemoração ao bicentenário do município. Segundo ele, a revitalização do prédio de quase 130 anos possui um significado muito especial, pois além de ter feito parte da vida de muitos rio-pardenses e do desenvolvimento da cidade, também foi o berço da principal iguaria gastronômica do município: os Sonhos de Rio Pardo.
O Secretário de Turismo e Cultura, Milton Coelho, disse estar muito satisfeito com a escolha do prefeito pela nova sede de trabalho. "Outras secretarias municipais mostraram interesse em ocupar a Estação.
Mas entendendo a importância histórica do local e as comemorações destes 200 anos, foi decidido em consenso que deveria ser feita a transferência das atividades de Turismo e Cultura, oportunizando uma nova dinâmica de ações nestas áreas na cidade". Segundo Milton Coelho, o principal objetivo a ser alcançado será transformar o local em referência turística e cultural em toda região, com exposições constantes e atividades voltadas à valorização da cultura popular.
Milton declarou que haverá um trabalho muito forte de integração da secretaria com a comunidade local. A iniciativa visa tornar a Estação um ambiente acolhedor, com entretenimento voltado para ações educativas. A solenidade de inauguração da nova sede acontecerá na quarta-feira (08) às 17h e terá como atração a exposição fotográfica Entrando na Linha, com imagens das estações férreas do município. Às 20h, a secretaria será o cenário do lançamento do livro Procurando hipopótamos e outras aventuras, de Magdala Raupp.
A todo vapor
O trabalho de valorização do conhecimento e da arte popular está sendo fortemente trabalhado pela Secretaria de Turismo e Cultura. Além da criação de grupos de corais no município, também estão sendo viabilizadas aulas de teatro em diferentes bairros da cidade.
O saguão da Estação Férrea dará lugar à uma galeria de arte, onde o talento genuíno será o artista principal. "Possuímos grandes talentos em nossa cidade, muitos que ainda nem conhecemos. A Secretaria de Turismo e Cultura fará questão de abrir este espaço para receber trabalhos que traduzem a alma e a cultura do artista popular rio-pardense", declarou o secretário.
Milton Coelho informou ainda, que estão sendo tomadas as medidas necessárias para a criação do Conselho Municipal da Cultura, que atuará em parceria com o Conselho Municipal de Turismo, já existente em Rio Pardo.
Você sabia?
O prédio em que atuará a Secretaria Municipal de Turismo e Cultura de Rio Pardo, na Estação Férrea, foi inaugurado em 07 de março de 1883. A Estação Ferroviária que ligava Porto Alegre a Uruguaiana hoje é considerada de valor histórico, cultural e de expressiva tradição para a cidade. Ali ficaram famosos os sonhos de Rio Pardo, comercializados entre os viajantes que ali passavam.
Segundo relatos há quase 20 anos da Sra. Edite Schultze, sua avó, Dona Lucilia Lisboa Fischer, tinha uma irmã que vivia em Portugal e que, vez por outra, vinha passar o natal em Rio Pardo. Em uma de suas vindas, por volta de 1865, ela trouxe a receita de sonhos portugueses, muito especial. Tornou-se costume da família reunir-se para fazer os sonhos e saboreá-los com café ou chá. Mais tarde, a família passou a administrar a estação Férrea de Rio Pardo e os Sonhos então, passaram a ser preparados e vendidos aos passageiros dos trens por garotos da cidade.
Largamente apreciados e reconhecidos como os "Sonhos de Rio Pardo", eles eram encomendados e adquiridos pelos viajantes que os levavam em latas grandes para vários municípios. A receita passou então a ser guardada como "segredo de família".
Na década de 60, o Sr. Biágio Tarantino consegue a receita e sua esposa, dona Eva, e passa a servi-los aos jornalistas, repórteres e artistas plásticos que participavam das comemorações da Semana Santa, que tornaram a especiaria um atrativo turístico da cidade.
A partir daí o Sr. Pascoal Reina, sua esposa e a Casa dos Sonhos de Rio Pardo, passaram a comercializar a iguaria gastronômica, cuja receita ainda é um segredo muito bem guardado!
Gazeta do Sul

Santana de Parnaíba
Cidade histórica é boa opção para mototuristas iniciantes.
(20-03-09) – Se você acabou de comprar uma moto ou trocou sua velha “bike” por um modelo mais potente e está inseguro para começar a praticar o mototurismo, então confira esta dica de roteiro curto, que pode ser feito no mesmo dia – o famoso bate-e-volta. Escolha uma cidade próxima de sua casa que ofereça uma boa estrada de ligação, belas paisagens, vários pontos turísticos, muita história e cultura.

Mas, antes de pôr o pé na estrada encha o tanque, calibre os pneus e verifique o nível do óleo e as lâmpadas. Roteiro planejado, moto revisada e piloto bem equipado são sinônimos de uma viagem tranqüila.
Para quem está em São Paulo uma boa opção é Santana de Parnaíba, cidade histórica fundada em 1580 e que está apenas a 35 quilômetros da capital.
Perto de Barueri (Alphaville), na Grande São Paulo, o município pode ser acessado pelas rodovias Anhangüera e Castello Branco.
Detalhe:
Santana de Parnaíba tem o maior núcleo urbano construído em taipa de pilão e tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico). Desse modo, a cidade preserva marcas de importantes momentos da história nacional: do movimento bandeirista até a construção da Usina de Parnahyba, atual Barragem Edgard de Souza, primeira usina hidrelétrica da empresa canadense “Light and Power” no Brasil.
Ou seja, visitar a histórica cidade e fazer uma viagem no tempo, época dos primeiros “moradores” do Estado, que partiam para o interior atrás de riquezas, iniciaram a colonização e fundaram várias vilas, ampliando, assim, as fronteiras do País. Por isso não tenha pressa. Aproveite cada momento. Com certeza será uma surpresa atrás da outra.
Passado e Presente
Nos últimos dez anos a cidade tem investido no resgate de sua história, na preservação e na divulgação de seu acervo arquitetônico e cultural. O turista sobre duas rodas pensará que está rodando dentro de um grande museu, já que a igreja, os casarios, sobradões estão a céu aberto.
Apesar de estar colada em São Paulo, o município leva o turista para hábitos do início do século passado. Todos os domingos, por exemplo, acontecem apresentações musicais no Coreto Maestro Bilo, que foi importado da Inglaterra. Em junho os shows fazem parte do “Festival de Inverno de Santana de Parnaíba”.
Para o mototurista que gosta de comprar lembrancinhas, uma boa opção é a Feira de Artes e Artesanato que acontece todos os domingos na Praça 14 de Novembro, no Centro Histórico. O município também recebe no último domingo de junho um encontro de antigomodelismo.
Santana de Parnaíba faz parte do Roteiro dos Bandeirantes. De cunho histórico-cultural, o percurso liga oito cidades do Alto e Médio Tietê. De Santana de Parnaíba até Tietê, passando por Pirapora do Bom Jesus, Araçariguama, Cabreúva, Itu, Salto e Porto Feliz.
Rota da Cachaça e Caminho do Sol
Santana de Parnaíba cultiva a tradição da cachaça. Muita gente vem de longe para experimentar a “branquinha de Parnaíba”. Na cidade há tradicionais engenhos como, por exemplo, Caninha do Moraes, Caninha Parnaíba, Engenho do Osíris e Engenho Irmãos Camargo de Oliveira. Informações (11) 4154-2377. Aqui vale a velha máxima: “se beber não pilote, se pilotar não beba”.
Já para quem quer deixar a moto descansando e praticar uma longa caminhada, a rota turística do Caminho do Sol engloba 12 municípios. Com marco zero em Santana de Parnaíba e destino a Casa de Santiago, em Águas de São Pedro. Baseado na proposta do Caminho de Santiago de Compostela, oferece ao “peregrino” um contato estreito contato com a natureza, além da possibilidade do auto-conhecimento. São 240 quilômetros percorridos em 11 dias.
Informações, acesse www.caminhodosol.org .
Principais Pontos Turísticos
Conjunto Arquitetônico - Maior conjunto arquitetônico tombado e preservado do Estado de São Paulo. Conta com 209 edificações que remetem a quatro séculos de história. As casas térreas e os sobrados foram construídos no alinhamento da rua, geminados e com beirais pronunciados como medida de proteção da taipa.
Igreja Matriz de SantAna - É considerada o marco mais importante do município. Tombada pelo Condephaat, a igreja foi inaugurada em 1882. Com estilo eclético, tem piso em canela preta.
Museu Casa do Anhangüera – Imóvel do século XVI e é único remanescente de casa bandeirista urbana. Foi tombado pelo IPHAN em 1958 e transformado em Museu Histórico e Pedagógico. Com paredes estruturais em taipa.
Casa da Cultura “Monsenhor Paulo Florêncio da Silveira Camargo” - O sobrado, construído por volta do século XVIII e tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em 1958, é um exemplar típico das construções paulistas: paredes estruturais em taipa de pilão cobertas com telhas capa e canal; portas altas e elevado pé direito.
Casa 80 - Construída no século XVIII, o imóvel é remanescente do Mosteiro de Nossa Senhora do Desterro. Restaurado em 2003 é hoje um laboratório de técnicas construtivas tradicionais.
Cine-Teatro Coronel Raymundo - Palco de variadas atividades culturais, o espaço existe desde o final do século XIX. Teve sua fachada restaurada em 2008 pelo Projeto Oficina Escola de Artes e Ofícios
Canto do Seresteiro e Museu Parnaibano de Música - O Canto do Seresteiro é um ponto de encontro músicos que saem em serenata pelas ruas do Centro Histórico. Lá também funciona o Museu Parnaibano de Música, que reúne um vasto acervo: partituras, quadros, fotos, instrumentos musicais e cerca de 120 discos (LPs e 78 rotações) de diversos cantores.
Festas e Tradições
Carnaval
Drama da Paixão de Cristo
Corpus Christi
Festa do Cururuquara
Romaria de Santo Antonio do Suru
Onde ficar
Pousada 1896 – Instalado em um sobradão colonial tombado e restaurado pelo Condephaat .
Charmoso e bem decorado, a Pousada 1896 tem várias opções acomodações, de suítes a quatros com até 10 camas. A diária na suíte custa R$ 80,00. Café da manhã incluso. Rua Santa Cruz, 26, Centro Histórico. Informações, acesse www.pousada1896.com.br ou ligue para (11) 4154-1680.
Onde comer
Berço Lusitano – Com vista para a praça do Centro Histórico, o restaurante é dividido em cinco ambientes. O destaque gastronômico fica por conta do Bacalhau Bandeirante, que pode ser saboreado ao som de fados e MPB. O Berço Lusitano serve bebida típicas como ginginha, bagaceira e vinho. Rua 14 de Novembro, 76, Centro Histórico. Informações, ligue (11) 4154-4875.
Como chegar
Siga pela Rodovia Castelo Branco (para quem sai de São Paulo) até a saída 26B, acesso a Barueri (após Alphaville). Siga em frente (depois da rotatória, descendo). Rode pela Estrada dos Romeiros por mais 14 quilômetros – de trechos sinuosos e asfalto irregular – até chegar a Santana de Parnaíba.
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