ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

31 agosto, 2009

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 31-8-09

Tradição: panela de barro é pilar da cultura capixaba
Peça fundamental para se fazer os pratos mais tradicionais da culinária capixaba a panela de barro é um dos pilares da raiz cultural do Espírito Santo. A sua confecção fica a cargo das Paneleiras de Goiabeiras. Este trabalho foi o primeiro bem registrado como patrimônio imaterial e cultural pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 2000. A região de Goiabeiras, localizada ao norte da Ilha de Vitória, foi o local tradicional da produção de panelas de barro. No início, o trabalho era de cunho familiar e as panelas eram feitas nos quintais das casas das paneleiras. Com a criação da Associação das Paneleiras e ações da Prefeitura e de outras entidades, foi construído um galpão onde a produção está concentrada. A confecção da panela de barro é uma técnica secular que chegou aos nossos dias com as tradições familiares, desde a busca de todas as matérias-primas que compõem, até a sua utilização. Para fazer as panelas, as artesãs retiram argila do Vale do Mulembá, situado no bairro Joana D'Arc, na Ilha de Vitória. Quando chega ao galpão, o barro passa por um processo de limpeza para que seja amassado, manualmente, em seguida. É quando se inicia o processo de confecção da panela, por meio de uma técnica de modelagem aplicada a partir de uma bola de barro.
O acabamento da panela é feito com seixos rolados (pedras de rio), casca de coco, facas e estiletes. A peça totalmente modelada é colocada ao ar livre para secar e depois de seca, é alisada com um seixo rolado para retirar os grãos de areia mais grossos. A partir daí, as paneleiras reúnem sua produção e queimam as panelas.
No final da queima, as peças, ainda quentes, recebem um tratamento de superfície com tanino (retirado da casca das árvores do mangue), dando a coloração específica das peças.
Gazeta Online
Rodrigo Rezende - Da Redação Multimídia
Com informações do site da Prefeitura de Vitória

Festa dos 'paneleiros': eles também festejam e produzem a panela de barro


A produção das tradicionais panelas de barro requer, além de técnica, muita força. Lidar com o barro, água e fogo não é para qualquer um. Nesta profissão ora bruta, ora suave, as mulheres são a maioria. No entanto, os homens, aos poucos, foram se infiltrando na atividade das paneleiras, que realizam sua festa anual .
É o caso de Carlos Barbosa dos Santos, 49, o Carlinhos. Ele está no meio profissional há 20 anos, mas começou a lidar com o barro mais cedo. "Aprendi com minha avó e desde os 8 anos mexo com a panela. Visto a camisa pela arte. É daqui que tiro meu ganha-pão", conta, defendendo a presença masculina no barracão das paneleiras.
"Sempre teve homem no processo da produção. Inicialmente, atuávamos na queima da panela. Hoje já estamos em todas as partes. Já estou na quarta geração de artesãos dentro da minha família. Só não sei se meus filhos vão querer continuar a trabalhar com isto. É um trabalho árduo, difícil", explica Carlinhos.
Segundo a presidente da Associação das Paneleiras de Goiabeiras Eronildes Correa de Menezes em uma média de 100 profissionais, 20 são homens. "Todos os homens foram influenciados pela mãe, avó ou pai. Eles começam cedo, como se fosse uma brincadeira. Com o tempo esta diversão vira coisa séria, se transforma no sustento da família", ressalta.
Dona Conceição, 80: sogra ensinou o ofícioGeralmente, a arte de fazer panela de barro costuma ser passada de mãe para filha. Já são aproximadamente 400 anos que esta tradição é preservada no bairro de Goiabeiras, em Vitória. Mas, contrário ao que naturalmente acontece, no caso de Dona Conceição, 80 anos, o primeiro contato com o artesanato veio de uma forma inusitada. Ela era costureira e há 40 anos resolveu colocar a mão na massa - ou melhor, no barro - e quem ensinou o oficio foi a sogra.
A história de Dona Conceição com a tradicional panela capixaba começou tarde. Ela já tinha seis filhos quando abandonou as agulhas e linhas de costura para se dedicar cultura do barro. "Naquela época, costurava muito para fora e chegou um dia que cansei deste serviço. Pedi para minha sogra, que era paneleira, para me ensinar o ofício.
Ela não gostou da ideia no início, mas acabou concordando", comenta.Hoje, Dona Conceição tem a própria oficina no quintal de casa e produz todos os tipos de panelas. "Participo de todas as etapas da produção: separo o barro, molho, modelo e queimo. Sei que este trabalho é pesado, mas tenho orgulho do que faço", conta a paneleira, que criou os filhos com o dinheiro ganhado com a venda das panelas, mas quer um futuro melhor para a família.
Segundo ela, a arte de produzir a panela é importante. "Temos o reconhecimento das pessoas. Muita gente vem nos fotografar e tentar entender o nosso trabalho. Mesmo com esse prazer, reconheço que é uma atividade desgastante, mas é nossa fonte de renda. Quero que meus filhos tenham um futuro melhor", afirma Dona Conceição.
Dona Bernacy, 71: 'Estar no barracão é a melhor coisa da minha vida' Mesmo sendo um trabalho cansativo, Dona Bernacy, de 71 anos, garante que as próximas geração de paneleiras vão assumir o posto das atuais. Ela diz que a brincadeira com o barro realmente pode virar coisa séria no futuro. Este fato é que mantem viva a cultura de fabricar a panela de barro. "As crianças vem, começam a mexer no barro, brincando, e com o passar do tempo eles pegam o gosto", salienta.
Bernacy é uma das mais antigas paneleiras da região e, como manda a tradição, aprendeu a arte com a mãe. "Comecei ao nove anos e, hoje, não quero deixar de fazer o que faço. Estar no barracão é a melhor coisa da minha vida. Quando não venho, fico triste. A única parte da produção que não gosto é a fogueira".
Rodrigo Rezende - Da Redação Multimídia
Gazeta Online

Rio de Janeiro - Justiça Federal determina paralisação do projeto de modernização dos bondes de Santa Teresa
RIO - A Justiça Federal determinou a paralisação imediata do projeto de modernização dos bondes de Santa Teresa. A senteça, publicada na edição desta segunda-feira do Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, determina que o estado, a Central Logística, - empresa gestora dos bondes - e a T'Trans - responsável pela reforma dos bondes - paralisem o projeto "até que fique provado que não há prejuízos ao tombamento do bonde, dos Arcos da Lapa e à segurança".
A Justiça determinou ainda que as empresas responsáveis pelo projeto apresentem em Juízo, em cinco dias, o projeto completo de modernização dos bondes. A sentença atende parcialmente à ação Associação de Moradores de Santa Teresa, que solicita a imediata retirada dos bondes reformados de circulação.
A sentença convoca ainda o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) a se manifestarem em 10 dias sobre o atendimento à legislação que rege o tombamento dos bondes. A Justiça pede ainda que a Prefeitura do Rio apresente em 10 dias um relatórios sobre os impactos ambientais e urbanísticos do projeto de modernização.
O Globo

China conclui restauração de três importantes tesouros culturais do Tibete

A China concluiu oficialmente ontem (23) a restauração dos palácios de Potala e Norbu Lingka e do mosteiro Sagya. Os dois palácios, que serviram como templos de inverno e verão dos Dalai Lamas, fazem parte dos patrimônios culturais mais importantes da região. Construído no século 7, o Palácio de Potala foi tombado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
O governo chinês investiu quase 300 milhões de yuans (US$ 43,9 milhões) em projetos de reforma, além de 94,74 milhões de yuans (US$ 13,9 milhões) na restauração do mosteiro Sagya, conhecido por sua enorme coleção de livros clássicos de budismo e pinturas de alto valor artístico.
A conclusão das obras foi celebrada ontem com uma cerimônia realizada na praça pública em frente ao Palácio de Potala, em Lhasa, capital da Região Autônoma do Tibete, no sudoeste da China.
"A restauração destes três importantes tesouros culturais é parte do trabalho de preservação da cultura tibetana", disse durante a cerimônia a conselheira de Estado, Liu Yandong.
Os três projetos de restauração começaram em 2002, com um orçamento total de 330 milhões de yuans (US$ 48,3 milhões).
CRI Online

Florianópolis-SC - Prefeitura executa manutenção no mercado público
FLORIANÓPOLIS - O Mercado Público de Florianópolis vem recebendo, desde sua inauguração em 1899, diversas reformas seja com a intenção de aumentar sua área útil ou com a finalidade de recuperá-lo como patrimônio histórico. Desde 1931,quando ganhou a segunda ala e as pontes de ligação entre uma e outra, suas configurações arquitetônicas não foram modificadas, permanecendo até os dias atuais.O conjunto arquitetônico sofreu dois incêndios: em 1988 e em 2005. Nestas ocasiões, mesmo com a pronta intervenção dos bombeiros, não foi possível recuperar uma das alas, reconstruída pela atual Administração Municipal, que continua a realizar a manutenção deste importante patrimônio histórico de nossa cidade. Foi feita a impermeabilização da cobertura através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano. Os trabalhos de conservação do prédio contribuem não somente com a preservação do Mercado Público, mas também com a segurança dos que ali trabalham.
ABN

Cultura Gaúcha motiva encontro na Smec

Café à moda antiga: preparo na hora


A vinte dias do início da Semana Farroupilha, o traje mais visto pelos corredores da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Smec) nessa quarta-feira foi a bombacha do gaúcho e o vestido da prenda. Professores e tradicionalistas de Santa Cruz do Sul e região participaram durante todo o dia do 1º Encontro de Cultura Gaúcha – Enfoque Pedagógico. Foram realizadas diversas palestras e oficinas com enfoque nas tradições gaúchas, desde a preparação de um café à moda antiga até a fabricação de brinquedos alusivos ao tema.
O dia começou com uma palestra do professor Edegar Pereira Barboza sobre a história dos Lanceiros Negros. Em seguida, a professora e coordenadora da Comissão Municipal dos Festejos Farroupilhas, Zoraia Pereira dos Santos, apresentou a evolução da indumentária gaúcha, desde a época da Revolução Farroupilha até os dias atuais. No intervalo das atividades, os participantes assistiram a uma demonstração de como se preparava um café nos tempos antigos, com uso de chaleira e filtro de pano.
À tarde, as atividades prosseguiram com mais palestras e algumas oficinas, como de declamação e fabricação de brinquedos folclóricos. O curso – promovido pela Smec, Comissão dos Festejos Farroupilhas, 6ª CRE e 5ª Região Tradicionalista – faz parte da programação que antecede os festejos farroupilhas deste ano. A Semana Farroupilha acontece de 14 a 20 de setembro, no Parque da Oktoberfest.
Gazeta do Sul

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