ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

30 novembro, 2009

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 30-11-09

Colecionador italiano encontra dente e dedos perdidos de Galileu
ROMA - Um colecionador de arte encontrou um dente, um polegar e outro dedo do renomado cientista italiano Galileu Galilei, morto no século 17, anunciou na sexta-feira o museu de História da Ciência de Florença. As partes do corpo de Galileu, juntamente com outro dedo e uma vértebra, foram extirpados do cadáver do cientista durante uma cerimônia de sepultamento realizada 95 anos após sua morte, em 1642.
Dedo de Galileu Galilei
De acordo com o museu, Giovanni Targioni Tozzetti, historiador da ciência que retirou as partes do corpo do cientista e escreveu sobre a cerimônia, "confessou ter achado difícil resistir à tentação de retirar o crânio que abrigara uma genialidade tão extraordinária".As relíquias recém-encontradas foram passadas de um colecionador até outro, até desaparecerem, em 1905. O dedo e a vértebra remanescentes estão conservados desde 1737 em estado mumificado em museus de Florença e Pádua."Todo o material orgânico extraído do corpo foi identificado e se encontra conservado em mãos responsáveis", disse o museu em comunicado à imprensa."Com base em documentação histórica considerável, não há dúvidas quanto à autenticidade dos objetos", disse o comunicado.
As partes do corpo de Galileu serão expostas publicamente a partir do início de 2010, quando o museu será reaberto, após os trabalhos de renovação pelos quais está passando, e mudará seu nome para Museu Galileu.
Nascido em Pisa em 1564, Galileu é considerado um dos pais da ciência moderna devido a seus estudos de física, matemática e, especialmente, astronomia, na qual liderou grandes avanços no desenvolvimento do telescópio.
Seus dedos e um dente perdidos foram comprados por um colecionador anônimo em um leilão recente, onde estavam sendo vendidos como artefatos não identificados contidos em uma caixa de madeira do século 17, disse o museu.
Durante 95 anos após sua morte, as autoridades eclesiásticas não permitiram que o corpo de Galileu fosse sepultado em terreno consagrado, porque suas descobertas foram vistas como contrárias aos ensinamentos da Igreja Católica.
Hoje seus restos mortais estão enterrados na igreja Santa Croce, em Florença, diante do túmulo de Michelangelo.
O Instituto de Patrimônio Histórico e Municipal Nacional (Iphan) informou nessa quinta-feira que vai vistoriar o sistema de segurança e prevenção de incêndios do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas. No domingo, um turista foi flagrado pelo Estado de Minas posando para fotos abraçado à imagem de um dos profetas de pedra-sabão feitos há mais de 200 anos por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. A inspeção deve ocorrer ainda este mês.
Na quarta-feira, o Ministério Público (MP) se reuniu com representantes da prefeitura local e da Polícia Militar (PM) para cobrar mais segurança na área considerada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). “Queremos saber das autoridades competentes quais medidas de segurança foram tomadas para proteger a área em frente à Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, onde as estátuas estão instaladas”, disse o promotor de Justiça Vinícius Alcântara.
Em agosto, representantes do MP, da prefeitura, da PM e do Iphan já haviam se encontrado para listar uma série de providências para evitar a destruição do patrimônio histórico. No termo de compromisso ficou acertado que o município contrataria seguranças para evitar a permanência de turistas, à noite, na área que abrange o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos.
“A administração garantiu que, esta semana, vigias passaram a se revezar durante a noite e madrugada para proteger as estátuas. Também já foi enviado ao Iphan um projeto para cercar as imagens”, disse o promotor, que solicitou à PM que fosse instalada uma base policial nas proximidades das obras de Aleijadinho. “A administração afirmou que os seguranças só não começaram a trabalhar há mais tempo porque era preciso respeitar o prazo de licitação para contratações”, observou Alcântara.
Medidas de proteção
Surpreso com a ousadia do turista abraçado às imagens dos profetas, o diretor do Departamento de Patrimônio Histórico da Prefeitura de Congonhas, Maurício Geraldo Vieira, afirmou que, desde o início do ano, medidas para preservar o local vêm sendo implementadas. Além dos vigias e guardas municipais que fazem ronda para proteger o patrimônio, em setembro o prefeito assinou o Decreto 4.954, que proíbe a permanência de qualquer pessoa depois das 19h no Jardim dos Passos da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, sob pena de ter prisão decretada por desobediência.
“Já enviamos um projeto para cercar toda a área do Santuário e estamos aguardando o parecer técnico do Iphan. Resolvemos dar um basta nessa situação e garantir um ambiente mais seguro ao acervo histórico”, disse Vieira. Recentemente, os moradores de Congonhas conseguiram, por meio de abaixo-assinado, que as luzes da Basílica, que ficavam apagadas à noite, fossem acesas, dando mais segurança ao local.
Turista é flagrado abraçando profeta de Aleijadinho

Congonhas, início da noite do último domingo. Dois turistas se aproximam dos profetas de pedra-sabão, feitos há mais de 200 anos por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, para serem instalados na cidade histórica em frente à Basílica de Bom Senhor de Matosinhos. Como se não bastasse admirar a obra, um deles resolveu passar a mão na escultura, considerada como um ícone do barroco brasileiro.
A ousadia aumenta quando um deles resolve subir no parapeito, sentar-se ao lado do monumento, para registrar o instante. O visitante acha pouco e, como não vê nenhum entrave, resolve subir ao lado da estátua. Abraça-a durante alguns minutos, sorri tranquilamente para a sessão de fotos e, sem ser interrompido por qualquer aparato de segurança, conclui seu objetivo.
A cena de domingo ilustra mais uma vez a fragilidade do conjunto, considerado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). Há décadas, as estátuas sofrem a ação de vândalos, de intempéries e, nos últimos anos, com a poluição, que aumenta vertiginosamente no entorno. Recentemente, graças ao abaixo-assinado da população, as luzes da basílica, que permaneciam apagadas, foram acesas, dando mais segurança ao local.
Mas a solução definitiva parece estar longe. Nem mesmo o Memorial Congonhas – Centro de Referência do Barroco e Estudos da Pedra, cujo marco fundamental foi lançado na última semana, deverá solucionar rapidamente a questão. O lugar, inicialmente, seria destinado também aos profetas de pedra-sabão. A intenção era instalar réplicas onde estão atualmente os originais. Para evitar qualquer tipo de polêmica, o assunto ficou para ser definido no futuro. Enquanto isto, situações como a de domingo tendem a se repetir.
Destino de profetas de Aleijadinho continua incerto
Incertezas e indefinições rondam o futuro dos profetas de Congonhas, o mais famoso conjunto de esculturas em pedra-sabão do barroco mineiro, feito na cidade da Região Central do estado, no século 19, por Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1730-1814). Nem mesmo o início da construção de um espaço cultural, o Memorial Congonhas – Centro de Referência do Barroco e Estudos da Pedra, com investimentos de R$ 15 milhões, garante o fim da polêmica em torno do destino dos profetas, que sofrem a degradação impiedosa do tempo, do vandalismo e de fungos e bactérias.
Sem medidas concretas de preservação ou previsão de remoção das peças para o interior de um museu, a boa notícia do projeto é que o memorial promete a confecção de modelagem dos profetas, medida considerada urgente e essencial para a recomposição em caso de danos às esculturas. Os moldes serão feitos em silicone e também em meio eletrônico.
O memorial é uma iniciativa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e será construído em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e a Prefeitura de Congonhas. Depois de quase uma década de discussões e contratempos, uma cerimônia ontem, no prédio da Romaria, no Centro Histórico da cidade, perto do conjunto arquitetônico e paisagístico do Santuário Bom Jesus de Matosinhos, marcou o início das obras, previstas para durarem dois anos.
Com área de 3,4 mil metros quadrados, o memorial vai permitir ao visitante de Congonhas uma melhor compreensão dos aspectos artísticos e religiosos do santuário considerado pela Unesco, desde 1985, patrimônio cultural da humanidade. Exposições, mostras temporárias, salas interpretativas e núcleos de educação patrimonial fazem parte do projeto do espaço cultural.
Remoção descartada
Na solenidade de início das obras, foi temporariamente descartada a hipótese de remoção dos profetas do adro da basílica e a substituição das peças originais por réplicas, há muito cogitada como forma de combater atos de vandalismo e lesões à pedra-sabão causadas pela ação do tempo e por fungos e bactérias. “Como os especialistas não têm uma posição conclusiva sobre o assunto, prevalece, até o momento, a decisão de que o mais relevante é tomar medidas de prevenção e conservação das peças como estão hoje, no espaço público”, diz a coordenadora de cultura da Unesco no Brasil, Jurema Machado. Ela ainda reforçou que, portanto, o memorial não prevê espaços para abrigar as esculturas em seu interior.
Apesar de não garantir a preservação, a equipe responsável pelo memorial deve se incumbir de fazer a modelagem dos profetas. Segundo Jurema, a Unesco e o Iphan vão adotar, em Congonhas, uma medida inédita no Brasil para confeccionar moldes em meio eletrônico. “Vamos usar tecnologia digital para fazer um escaneamento das esculturas em três dimensões. Essas imagens permitem fazer réplicas virtuais dos profetas. Estamos trabalhando em cooperação com instituições européias que dominam a técnica. O trabalho é urgente e será importante para reconstruir as peças em caso de dano acidental, já que um inventário feito nos moldes originais mostrou que eles estão incompletos”, acrescenta Jurema.
Projeto de siderúrgica preocupa vereadores de Congonhas
O município de Congonhas, famoso pela Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, onde estão os 12 profetas do Aleijadinho, obra declarada Patrimônio da Humanidade, vive um verdadeiro impasse. Na mesma semana em que a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) anunciou R$ 9,5 bilhões de investimentos na região, a cidade se divide entre o desenvolvimento proporcionado pelos dividendos da mineração e os problemas causados pela desapropriação de 13% de toda sua área territorial para construção de um complexo industrial, que incluirá uma barragem de rejeito de minérios e uma usina para a pelotização do minério de ferro.
O maior problema, segundo moradores e os vereadores entrevistados pela reportagem Estado de Minas, é a falta de informação sobre o projeto. A CSN acredita que as questões levantadas são uma consequência natural da implantação do projeto. Para a siderúrgica, o processo só terá início a partir da obtenção das licenças ambientais, quando será possível efetivar o investimento na região.
Os parlamentares reclamam que o Legislativo não pôde participar do processo desde o início, já que o protocolo de intenções foi assinado entre a prefeitura, o governo e a CSN sem que a Câmara Municipal fosse comunicada.
“Acho que o prefeito imaginou que era um negócio tão bom que toparíamos tudo, até derrubar a igreja da matriz e os profetas (de Aleijadinho) se preciso fosse, diz o vereador Anivaldo Coelho (PPS). A pressão, agora, de acordo com os vereadores ouvidos, é para que seja alterado o plano diretor da cidade, que deve reverter uma área rural de 32 quilômetros quadrados em área urbana”.
E, apesar de o Executivo ter o apoio da maioria no Legislativo – são cinco vereadores da base governista contra quatro -, a alteração da lei orgânica pode ter dificuldades para ser aprovada. Dos sete vereadores entrevistados, apenas três afirmaram que votam pela aprovação da alteração no plano diretor. O restante adiantou que, apesar de serem a favor do investimento, só votam a favor caso haja garantias de contrapartida para o município e a população envolvida na desapropriação.
Embate
O argumento dos vereadores da base que querem a aprovação imediata do projeto na Câmara é de que sem a modificação no plano diretor é impossível qualquer novo passo que permita a implantação do complexo industrial. “O que o governo do estado disse em uma reunião com os vereadores é que sem a licença prévia (que vem depois da mudança no plano diretor) não tem desapropriação e sem a desapropriação não tem empreendimento. Então, enquanto não for obtida essa licença, nada é válido. As condicionantes só serão avaliadas nesse momento, defende o líder do governo na Câmara, Adeir dos Santos (PT).
Mas mesmo parlamentares que costumam votar com o Executivo afirmam ter receio de que o município saia perdendo com a implantação do empreendimento. As principais questões levantadas são a preservação do patrimônio cultural de Congonhas, a justa indenização aos sitiantes que precisem ser desapropriados e a falta de infraestrutura na cidade, já que um estudo do Instituto de Desenvolvimento Municipal (IDM) encomendado pela prefeitura à CSN prevê que a população passe de 50 mil habitantes para mais de 100 mil habitantes em um período de 10 anos.
O vereador governista Edilon Ferreira (PSDB) é um exemplo. “O que compete à Câmara é votar o plano diretor. Depois disso votado, só vamos participar da licença prévia com comentários, mas não com o direito de voto. Logo, a sociedade só terá essa chance%u201D, avalia. “Não sou contra o distrito industrial, mas temos que negociar. Qual vai ser a contrapartida da CSN e do Estado, por exemplo? Precisamos de tudo isso por escrito, a participação de cada órgão. É necessária essa conscientização dos vereadores, porque para votar do jeito que está, se não houver compromisso tanto do município como do governo e da CSN quanto às melhorias fica complicado. Mesmo fazendo parte da base temos o compromisso com a população de fiscalizar e reivindicar.”
Barragem preocupa
Outra questão que tem preocupado os moradores e que foi confirmada pelos vereadores é o fato de o complexo industrial a ser instalado em Congonhas incluir também uma barragem de rejeito de minério. A barragem, de acordo com uma planta da CSN obtida pelos integrantes da Associação Comunitária dos Amigos de Congonhas (Acac), ficaria muito perto de algumas propriedades rurais e de obras históricas.
“O decreto fala em expansão industrial, mas a planta da CSN que conseguimos mostra que só a área da barragem dá cerca de 1.500 hectares. É uma Lagoa da Pampulha para o rejeito de minério que ficará a praticamente um quilômetro da basílica onde estão as obras do Aleijadinho, tombadas pela Unesco. A barragem também ficará numa área de transição de mata atlântica para o cerrado, com mais de 400 pequenos proprietários. Ali vai virar um terreno infértil, que nunca mais vai nascer nada em volta, alertou Helbert Soares Dias Leite , vice-presidente da Acac.
O sitiante Oromar Alves, de 78 anos, nascido e criado na região e sitiante cuja propriedade ficaria a alguns quilômetros de distância do complexo, afirma ter receio das possíveis consequências. “O problema é o risco da represa. Lá é muito estreito e, se romper, vai ser água daqui até Belo Horizonte. A gente fica assim com medo.”Para o presidente da Acac, Luiz Tio Panga, a preocupação generalizada é resultado da falta de informações.
“Ninguém sabe ao certo, ninguém conhece o projeto e ninguém tem o conhecimento legal do que está acontecendo. Nem o prefeito nem as autoridades competentes fornecem dados. Nossa preocupação agora é mobilizar a sociedade para que ela tome conhecimento. Um projeto dessa envergadura, a CSN já deveria ter uma maquete no centro da cidade”.
Perfil da expansão
Empresa – Companhia Siderúrgica Nacional
Investimento R$ 9,5 bilhões (*)Empregos 12,4 mil vagas
Localização Congonhas
Principais projetos
. Siderúrgica para produção de 4,5 milhões de toneladas de aço. Pelotizadora de minério de ferro para 6 milhões de toneladas/ano. Expansão da mina de Casa de Pedra para 55 milhões de toneladas/ano(*) Valor pode chegar a R$ 11 bilhões até 2013
Defender


Estrada Velha de Santos revela paisagens e história
Aberta ao público desde 2004, a estrada recebe turistas para caminhada ecológica
A rodovia Caminho do Mar, mais conhecida como Estrada Velha de Santos, foi construída em 1920 e era a principal via de acesso do planalto paulista ao litoral. Com a sua construção, foi a primeira vez que automóveis podiam transitar entre São Paulo e Baixada Santista sobre uma estrada revestida de concreto.
Construída no meio da na Mata Atlântica e localizada no Parque Estadual da Serra do Mar, a rodovia é íngreme e sinuosa. Suas curvas revelam a natureza exuberante da Mata Atlântica com muitas cachoeiras e monumentos históricos.
A decadência da estrada ocorreu por conta da construção via Anchieta em 1947. Nos anos 80 a estrada de Santos foi fechada.
Em meados de 2004, a rodovia foi reaberta pelo Governo do Estado de São Paulo para o ecoturismo, mas desta vez, nada de automóveis e sim pedestres, que podem percorrer a estrada a pé.

A caminhada conhecida como Caminhos do Mar começa no trecho mais bonito da estrada, tendo início no km 42 no município de São Bernardo do Campo.
Os visitantes podem escolher entre dois roteiros: a caminhada completa com 16 km, percurso recomendado para pessoas com bom condicionamento físico e a meia-caminhada com 8 km percurso recomendado para crianças, idosos e pessoas com pouco condicionamento físico.
Durante o trajeto é possível ver partes da Calçada do Lorena, que foi o primeiro caminho pavimentado de pedras construído pelos escravos em 1 792. A história conta que D.Pedro I teria subido a calçada do Lorena no lombo de um jumento, pouco antes de proclamar a independência do Brasil em 1822.
A rodovia já se chamou “Estrada da Maioridade”, em 1844, em alusão à emancipação de D. Pedro II e, em 1925 passou a se chamar Caminhos do Mar. Foi neste ano que a estrada ganhou pavimentação de concreto, tornando-se a primeira rodovia asfaltada do país.
Em 1922, durante a melhoria da estrada, Washington Luís, construiu vários monumentos ao longo da via em comemoração ao Centenário da Independência do Brasil. As construções, com arquitetura medieval decoradas com painéis de azulejos, contam a odisseia que foi o desbravamento da Serra do Mar. Ao todo, são oito monumentos.
No quilômetro 47,2 encontra-se o Padrão do Lorena, formado por um paredão de pedra com escadarias, um lindo painel de azulejos e um arco de abrigo. A poucos metros de distância está o Rancho da Maioridade, em homenagem a antiga Estrada da Maioridade.
Durante a caminhada, monitores ficam em pontos estratégicos, orientam os visitantes, e passam informações históricas sobre os monumentos.
Para fazer a caminhada é preciso ter um bom preparo físico, mesmo a descida é bastante puxada, por conta da inclinação da estrada.
Mas, todo o esforço é recompensado por uma vista deslumbrante que pode ser apreciada dos vários mirantes e monumentos ao longo da rodovia. Realmente, um passeio inesquecível!
Vale lembrar que não há restaurantes durante o trajeto, portanto, é bom levar água, alimentação e um saco plástico para o lixo.
A portaria do parque fica no Km 42 da Estrada Caminho do Mar (SP-148), mais conhecida como Estrada Velha, no município de São Bernardo do Campo.
O passeio exige agendamento prévio e pode ser feito de terça a domingo.
Roteiro
O Roteiro de visitação do Ecoturismo Caminhos do Mar compreende todo o trecho de serra da Estrada Velha de Santos, em uma região de Mata Atlântica, na Serra do Mar, na divisa entre os municípios de São Bernardo do Campo e Cubatão. A atividade proposta é uma caminhada ecológica pela estrada.
A portaria do Caminhos do Mar fica no Km 42 da Estrada Caminho do Mar (SP-148), mais conhecida como Estrada Velha, no município de São Bernardo do Campo.A caminhada pela estrada pode ser feita das seguintes formas:
1- “Caminhada Completa” – são 16 km, sendo 8 km descendo e depois mais 8 km subindo. Recomendamos esse percurso para pessoas com bom condicionamento físico e que tenham costume para longas caminhadas, pois a subida é pesada.Entre subida e descida o tempo estimado é de 6 horas.
2- “Meia Caminhada” – são 8 km, sendo 4 de descida e mais 4 de subida. Nesse percurso o visitante vai até a metade da estrada, onde estão todos os monumentos e os melhores mirantes para a Baixada Santista. Recomendamos esse percurso para crianças, idosos, e pessoas com pouco costume para caminhadas. Entre subida e descida o tempo estimado é de 4 horas.
Os visitantes/grupos que tiverem interesse podem também descer toda a estrada e sair pelo Portal que fica em Cubatão e ir até a rodoviária da cidade e utilizar um ônibus para retornar. Os visitantes podem também fretar, por conta própria, um transporte que pode descer pela Anchieta e aguardá-los no Portal em Cubatão. Observação: o fretamento desse transporte é de responsabilidade dos visitantes.
A caminhada é feita de forma autoguiada e ao longo do percurso há monitores distribuídos em pontos estratégicos para orientação dos visitantes.
Ao longo da Estrada encontra-se um conjunto de monumentos históricos construídos em 1922, como celebração do centenário da Independência do Brasil.
O Caminhos do Mar está dentro de uma área de conservação ambiental, o Parque Estadual da Serra do Mar, abrigando remanescentes de Mata Atlântica com toda a sua flora e fauna característica.As Curvas da Estrada Velha proporcionam mirantes com belas paisagens da Baixada Santista, em dias que não há neblina.
Conjunto monumentos históricos
Monumento do Pico, Pouso Paranapiacaba, Ruínas do Pouso, Belvedere Circular, Rancho da Maioridade, Padrão do Lorena, Pontilhão da Raiz da Serra, e Cruzeiro Quinhentista e estrada Velha de Santos, tombados pelo CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo na década de 70.O horário de entrada é entre 08h30 e 10h00 e a permanência no local é até as 16h00. Os interessados em fazer a “Caminhada Completa” devem chegar às 8h30.
Dicas para a caminhada
Use roupa confortável, tênis, boné, protetor solar e repelente contra insetos;
Leve capa de chuva, água e lanche leve, dando preferência a frutas, barra de cereal ou de chocolate;
Recomenda-se o uso de mochila;
Acompanhe o grupo durante todo o percurso;
Consulte o monitor sempre que precisar;
Recolha sempre o seu lixo;
Conserve os monumentos históricos e cuide do meio ambiente;
Leve do local apenas fotos e boas recordações
Estrada Caminhos do Mar
(SP-148), km 42São Bernardo do CampoVisitação: de terça-feira a domingo, das 8h30 às 16hAgendamento poder ser feito de segunda a sexta-feira das 9h às 16h: (11) 3333-7666 e
caminhosdomar@energiaesaneamento.org.br.Taxa: R$ 15 aos finais de semana e R$ 10 de terça à sexta-feiraEstacionamento gratuito
Melissa Gallucci
Blog Primeiramão


Cabo Frio guarda tesouros históricos que surpreendem até o turista mais 'local'
Rio - A 150 km do Rio de Janeiro, Cabo Frio é um paraíso natural que encanta com suas belas praias de águas cristalinas , areias brancas, imensas dunas, ilhas de rara beleza , salinas e enseadas. Mas Cabo Frio é muito mais do que praia e sol, para quem está à procura de algo além do bronzeado. Cidade criada e colonizada logo após o descobrimento, durante o período da extração do pau-brasil, Cabo Frio guarda tesouros históricos e arqueológicos que se integram ao cenário natural da região. Sétima cidade fundada do Brasil, Cabo Frio, que já foi chamada de Santa Helena, começou a despertar para uma nova vocação: o turismo cultural. Além de espetáculos musicais, existe um circuito histórico que pode ser percorrido a pé. Excelente destino para
férias ou fins de semana com a família, a cidade agrada a crianças, jovens e adultos. Tem programa para quem quer agitação e para quem quer sossego. Praias calmas para crianças e agitadas para surfistas. Mar perfeito para mergulho, iatismo ou pescaria. E para quem gosta de umas comprinhas, lindos trabalhos de artesanato, sem falar nos famosos biquínis e na moda praia.
UM POUCO DE HISTÓRIA
Descoberto em 1503 por Américo Vespúcio, Cabo Frio teve a sua história marcada pelo constante ataque de piratas franceses e holandeses, interessados na exploração do pau-brasil. Foi um longo período de lutas entre os portugueses e estrangeiros, que chegaram a se aliar aos índios tamoios, primeiros habitantes do local.
Até o século XIX, a economia era baseada na agricultura com mão-de-obra escrava. Com a abolição da escravatura veio o colapso econômico, e Cabo Frio só se recuperou bem mais tarde com o desenvolvimento da indústria do sal, da pesca e do turismo.
Foto: Divulgação
O QUE FAZER E VER
PRAIA DO FORTE
Principal praia de Cabo Frio é um dos cartões-postais da cidade e point de jovens e turistas. Extensa, com boa estrutura, tem praça de alimentação onde pode-se saborear diversos petiscos. Excelente para velejar.
PRAIA DO PERÓ
A 7 km do centro de Cabo Frio, é separada da praia das Conchas por um pequeno canal. Suas águas são limpas e próprias para a prática do surf.
PRAIA DAS CONCHAS
Praia pequena, freqüentada pelos amantes da pesca de arremesso. O lugar oferece uma bela vista das ilhas de Cabo Frio. Em toda sua orla existem quiosques, restaurantes e música ao vivo.
PRAIA DO SIQUEIRA
A 5 km do centro. Nela se concentra a pesca do camarão. Situada às margens da Lagoa de Araruama, a praia tem quiosques com música ao vivo.
PRAIA DO SUDOESTE
Perto do Aeroporto de Cabo Frio, a praia do Sudoeste faz parte da Lagoa de Araruama. Boa para piqueniques. Como é muito salgada, tome muito cuidado na exposição ao sol.
PRAIA DAS DUNAS
A melhor praia para a prática do surf, com ondas fortes e enormes dunas de areias brancas. O acesso pode ser feito pelo bairro do Braga ou seguindo até o final da Praia do Forte. Cuidado ao tomar banho de mar nesta praia, onde é grande a presença de redemoinhos, formados por correntezas.
PRAIA DO FOGUETE
Com águas frias, é uma praia de águas profundas . Mas é boa opção para quem quer sossego, pois não é tão lotada como a praia do Forte. Fica no km 4 da estrada que liga Cabo Frio a Arraial do Cabo. Ideal para prática de esporte a vela, com kitesurf e windsurf .
PRAIA DAS PALMEIRAS
A 3 km do centro, no bairro das Palmeiras, a praia fica na Lagoa de Araruama. Tem quiosques e barracas com aperitivos, pescados da região e música ao vivo.
PARQUE MUNICIPAL ECOLÓGICO DORMITÓRIO DAS GARÇAS
O parque fica dentro da maior laguna hipersalina do planeta; abriga cerca de 1.400 garças brancas, além de mais 39 espécies de aves. Ocupa uma área de aproximadamente 215.000 m2, Um encontro mais íntimo com a natureza e a consciência da preservação do seu ecossistema é o objetivo do Dormitório das Garças. O berço das aves encontra-se do lado esquerdo, cerca de 800 metros após a Ponte Feliciano Sodré, saindo de Cabo Frio no sentido Búzios. A melhor hora para apreciar as garças é entre 17h e 45min até as 18h, quando elas saem de Búzios e vão até o mangue para dormir. PARQUE DA BOCA DA BARRA
(Apa do Pau-brasil) Visa a preservação da Mata Atlântica de grande relevância ecológica e beleza cênica. Seus bens arqueológicos e históricos possibilitam a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação ambiental, recreação e turismo ecológico.
CANAL DO ITAJURU
O canal tem 6 Km de extensão, liga a lagoa de Araruama ao oceano Atlântico, e tem seu ponto mais conhecido no centro da cidade, em frente ao bairro da Gamboa. É ali, no calçadão que fica a feirinha de artesanato, colorida de barracas no final da tarde. As escunas ficam ancoradas ali, para levar os turistas para passear no canal e nas diversas praias.
FORTE DE SÃO MATEUS
O Forte que dá nome à praia mais famosa de Cabo Frio, Praia do Forte, foi construído no século XVII pelos portugueses, para defender a terra das invasões dos franceses, ingleses e holandeses. Conserva ainda os canhões da época. A antiga casa dos guardas foi transformada em espaço cultural, expondo obras de artistas locais. Localizado no canto esquerdo da praia, o forte, proporciona uma visão completa de toda a extensão da praia até Arraial do Cabo.
IGREJA DE SÃO BENEDITO E O BAIRRO DA PASSAGEM
Seguir pela Av. Assunção e dobrar à direita. Ou, então, seguir pela orla, até o final da praia do Forte e virar à esquerda.A igreja de São Benedito fica bem no centro do bairro da Passagem. Foi construída em 1701, para abrigar os escravos negros, proibidos de freqüentar a mesma igreja que os brancos. No altar mor está um santo negro, São Benedito. O bairro da Passagem, o mais antigo de Cabo Frio, possui riquezas arquitetônicas e históricas conservadas, tornando o local um interessante e agradável ponto de visita. Nas ruelas estreitas e de calçamento antigo, casas em estilo colonial, de janelas baixas e coloridas, são testemunhas de um passado distante. Muitas das casas ainda possuem em sua cobertura, as telhas originais antigas.
CAPELA N.SA GUIA, Morro de N.sa. da Guia Foi construída em 1740 pelos frades franciscanos, atrás do convento de N. S. dos Anjos. Diz a lenda que a imagem de N. S. da Guia, tinha um altar dedicado a ela no convento, mas quando colocada lá, aparecia no dia seguinte em cima do morro. E assim acontecia toda vez que insistiam em levá-la para baixo. Depois de várias tentativas, a capela foi construída em cima do morro para abrigar a imagem. É o ponto mais elevado da cidade com uma linda vista panorâmica de Cabo Frio e dos municípios vizinhos. O Quiosque da Guia oferece diversos lanches, além de manter exposto um acervo de fotos antigas da cidade.
IGREJA DE N. S. DA ASSUNÇÃO
Praça Porto Rocha (ao lado do cinema) A sétima igreja mais antiga do país, foi totalmente construída em estilo barroco e decorada em ouro. Possuía uma das imagens mais antigas do Brasil, a de N. S. da Conceição, que, foi roubada. A lojinha que fica ao lado vende artigos religiosos e oferece café.
CONVENTO DE N. S. DOS ANJOS E MUSEU DE ARTE SACRA
Na base do morro da Guia, ao lado da ponte. O Convento é um dos marcos da arquitetura religiosa do período colonial. Ao lado da nave central fica o cemitério Franciscano e, no topo do Morro da Guia, a Capela de Nossa Senhora da Guia. Junto com o convento, essas construções compõem o conjunto arquitetônico mais importante da cidade em termos de patrimônio histórico. No local, funciona o Museu de Arte Sacra, com exposição permanente de imagens raras do período da arte barroca dos séculos XVI e XVII, em terracota e madeira. Museu: de quarta a sexta-feira, das 14h às 20h.
MONUMENTO DO ANJO CAÍDO
O monumento, uma estátua de 9m, representando um anjo de asas abertas, foi erguido para comemorar a abertura dos canais da lagoa de Araruama. Devido a força das marés e ao vento sudoeste, a estátua foi, aos poucos, se inclinando, o que deu origem ao nome. O monumento fica dentro do Canal Itajurú, no bairro do Portinho. CHARITAS - MUSEU E CASA DE CULTURA JOSÉ DE DOME
Av. Assunção esquina com a Av. Nilo Peçanha, Centro. 2ªa a 6ª, 8h/20h; sáb, dom 14h/ 20h. A casa de 1837 e recebeu o nome de Charitas ou Casa de Caridade por abrigar crianças abandonadas. Naquela época era muito freqüente o abandono de crianças filhas de escravos e índios. Havia ali uma roda na entrada usada para colocar a criança e recolhê-la do outro lado e, por esse motivo ficou conhecida como Casa da Roda. Serviu também de abrigo nos tempos da Segunda Guerra mundial, fórum, biblioteca municipal e sede da Secretaria Municipal de Cultura. Hoje, a Casa Charitas promove atividades culturais permanentes e abriga a exposição da obra do artista José Dome, que viveu muitos anos em Cabo Frio.
MERGULHO
Os melhores pontos para a prática do esporte são as Ilhas Comprida e do Papagaio, tanto para o mergulho de credenciados como para o batismo - mergulho monitorado para quem não tem experiência.
Informações - Tel: (22) 2647-1689
CABOFOLIA
A micareta - Carnaval fora de época -, que teve a primeira edição em 1998, leva uma multidão de fãs da axé music à praia do Forte, no mês de janeiro. Em 2010, acontecerá entre 21 e 24 de janeiro.
INFORMAÇÕES:
Avenida do Contorno, nº 320, Algodoal/Praia do Forte, Cabo Frio - Tel: (22) 2647 5050. www.cabofolia.com.br
CHEGAR
De carro: A BR 101 liga o Rio de Janeiro até Rio Bonito. De Rio Bonito, a Via Lagos (RJ 124) leva a São Pedro da Aldeia. De São Pedro da Aldeia a RJ 140 leva até Cabo Frio. Outra opção é a RJ 106 (Rod. Amaral Peixoto) que liga Niterói a Macaé passando por Maricá, Saquarema, Araruama, Iguaba e São Pedro. A rodovia é antiga mas bem conservada.
De ônibus - A Auto Viação 1001 (www.autoviacao1001.com.br) faz o trecho Rio/Cabo Frio/Rio, com saídas diárias e vários horários, manhã, tarde e noite. Os preços vão de R$ 22,11 a R$ 25,25, conforme o tipo de ônibus
CIRCULAR
A movimentação maior acontece na praia do Forte durante o dia e no Canal à noite. Para quem está hospedado no Centro, pode circular a pé para os dois sentidos, sobretudo no verão, quando os congestionamentos são constantes. Para ir às praias mais afastadas, use o carro.
COMPRAS
Rua dos Biquínis. Gamboa Shopping - 9h/24h. Com mais de 70 lojas, a famosa rua foi toda reformada, coberta com imensos toldos e iluminação especial para quem quer fazer compras à noite. A rua tem a maior rede de moda praia da América Latina, onde, além dos biquínis, são vendidos maiôs, cangas, bolsas de praia, chapéus e diversos acessórios.
Feira de Artesanato do Calçadão do Canal de Itajuru
500 barracas que vendem desde trabalhos manuais a comidas típicas. Bons preços e boa variedade, um bom lugar para passear no final da tarde.
Feira de Artesanato da Praia do Forte. 100 barracas ocupando a Av. do Contorno
DORMIR
Pousada Balbino. Rua José Maria Gil 01 - Praia das Dunas. Tel: (22) 2645-4373 / (22) 9943-7050 Quartos simples mas confortáveis. Diárias: a partir de R$ 60.00 na baixa estação e de R$ 70.00 na alta estação
Travel Inn Porto Peró. Avenida dos Pescadores 2002 - Peró. Tel: (21) 2549-8208 / (22) 2644-5568 Pousada aconchegante, quartos confortáveis. Diárias: a partir de R$ 135.00 na baixa estação e de R$ 190.00 na alta estação
Pousada Portal do Mar. Rua Nicola Aslan 327 - Braga. Tel: (22) 2647-2148 / (22) 2643-7952. Diárias a partir de R$ 135.00 na baixa estação e de R$ 200.00 na alta estação.
COMER
Restaurante do Zé. Travessa Nações Unidas, 33 - Boulevard Canal. Tel: (22) 2643-4277. Carnes. Média: R$ 25
Restaurante da Ponte. Estrada dos Passageiros, s/n. Tel: (22) 2647-5341. Peixes e Frutos do Mar. Média: R$ 28.
Empório São Benedito. R. Raul Veiga, 542. Tel: (22) 2647-3708. Cozinha Italiana. Média: R$ 25
O Dia

Salvador-BA - Igreja da Misericórdia tem painéis de azulejo restaurados
Salvador - Os painéis de azulejo da Igreja da Misericórdia, raros e de grande valor artístico e histórico, foram entregues no sábado (21), em solenidade no Museu da Misericórdia, Centro Histórico de Salvador. Os três painéis, que compõem a decoração da nave da igreja, passaram por uma restauração que durou quatro meses. O ato marca o início das comemorações dos 460 anos da Santa Casa de Misericórdia.
Segundo o técnico de conservação e restauração, Edson Félix, para devolver a aparência original aos azulejos, a equipe precisou utilizar ferramentas como bisturi, seringa, pincel, espátula e lâmina. “Para que os originais não se perdessem, foi preciso um trabalho artístico e minucioso. Nada é criado, tudo é original. Tudo isso depende de estudos, técnica e dedicação”, explicou.
Criados em Lisboa por Antonio de Abreu, os painéis de azulejo retratam cenas religiosas, como a Procissão do Fogaréu, uma cerimônia realizada na quinta-feira da Semana Santa nos séculos 18 e 19. O outro painel que também foi recuperado retrata a Procissão dos Ossos, realizada para recolher os corpos de escravos e pessoas pobres abandonados nos matagais e rios e que porventura viessem a ser expostos.
A Procissão dos Ossos aconteceu pela última vez na Bahia em 1825. Estudiosos avaliam esses painéis como dos mais importantes do país. Os outros painéis retratam a Procissão do Fogaréu, que dramatiza a perseguição a Jesus para a crucificação, e a tradicional Procissão do Senhor Morto.
“Esta é mais uma cultura baiana preservada e que retrata a história e os costumes de uma época. Por meio destes painéis é possível conhecer como aquelas procissões eram realizadas, o que hoje já não existem mais. É importante apresentarmos esta história aos brasileiros”, afirmou o secretário estadual de Cultura, Márcio Meirelles, que representou o governador Jaques Wagner na solenidade.
A restauração é uma realização da Santa Casa de Misericórdia da Bahia coordenada pela Associação Espírito Santo Cultura e patrocinada pela Fundação Calouste Gulbenkian, com supervisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), com investimento de 180 mil euros (cerca de R$ 463 mil).
Durante o evento foi assinado um aditivo ao contrato original entre a Santa Casa com as instituições portuguesas, que visa a recuperação completa do teto (com pinturas em encaixes de madeira) e altar. No total, serão investidos R$ 9 milhões, com aporte financeiro de Portugal, buscando também recursos através da Lei Rouanet.
Jornal da Mídia

Caxias do Sul-RS - Festa da Uva será patrimônio histórico do Rio Grande do Sul
Intenção do parlamento gaúcho é homenagear a comunidade caxiense.
Porto Alegre - A visita oficial da comitiva da Festa Nacional da Uva à Assembléia Legislativa nesta terça-feira será histórica. Quando as soberanas e os representantes da comissão comunitária da edição 2010 ingressarem no Plenário 20 de Setembro para oficializar convite ao Parlamento Gaúcho, o maior evento da Serra Gaúcha e um dos principais do país estará ainda mais valorizado. Na ocasião, será votado o projeto de lei (289/08) do deputado Kalil Sehbe que integra a Festa ao Patrimônio Histórico e Cultural do Rio Grande do Sul.
A intenção é homenagear a comunidade caxiense, há várias gerações envolvida com um evento que já alcançou repercussão internacional, pela qualidade dos produtos apresentados, a valorização da história e a imensa mobilização. "Trata-se de um justo reconhecimento a um verdadeiro patrimônio dos caxienses e, certamente, do povo gaúcho", destaca Kalil.
A comitiva será recepcionada pelos parlamentares no Salão Júlio de Castilhos antes da Sessão Plenária. Devem estar presentes o prefeito José Ivo Sartori, o presidente da Câmara Municipal Elói Frizzo, o presidente da CIC, Milton Corlatti e o presidente da Festa da Uva, Gélson Palavro.
Diário de Canoas

Porto Alegre-RS - Patrimônio Histórico impede pintura antipichação no viaduto Otávio Rocha
Local é um dos mais visados pelos pichadores na Capital.
Um dos locais preferidos dos pichadores na Capital é o viaduto Otávio Rocha, na avenida Borges de Medeiros, no Centro da cidade. O detalhe é que está descartada a utilização da tinta antipichação no local. Conforme o Departamento Municipal de Limpeza Urbana, a equipe do Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal da Cultura não permite a pintura. Segundo a Secretaria, isso provocaria a alteração no aspecto poroso e fosco do viaduto Otávio Rocha.
O coordenador municipal da Memória Cultural, Luiz Antônio Custódio, afirmou que a tinta antipichação não é a única alternativa para o viaduto. Segundo ele, já foram instaladas câmeras no local para monitorar a ação de infratores.
Diori Vasconcelos
RÁDIO GAÚCHA

Praça das Artes no centro velho de São Paulo começa a sair do papel
SÃO PAULO - As transformações no quadrilátero formado pelas ruas Conselheiro Crispiniano, Formosa, São João e pela Praça Ramos de Azevedo já são visíveis a quem passa pela região. O local, que fica logo atrás do Teatro Municipal, se transformou em um grande canteiro de obras que, até 2011, dará lugar à Praça das Artes, complexo cultural planejado pela Prefeitura de São Paulo para revitalizar a região.
A Praça das Artes será uma espécie de complexo auxiliar às atividades do Teatro Municipal, com sede e local de ensaio para corpos artísticos da cidade - como as orquestras Sinfônica Municipal e Experimental de Repertório, os corais Lírico e Paulistano, o Balé da Cidade e o Quarteto de Cordas.
- O projeto nasceu de uma demanda histórica para a criação de um anexo ao Municipal. Agora, estamos perto de ter instalações adequadas para todos os corpos artísticos - diz Beatriz Amaral, diretora do Teatro Municipal.
Com investimento de R$ 100 milhões, a Praça das Artes terá 28.500 metros quadrados, a obra está agora na fase das fundações. O projeto foi iniciado em janeiro de 2006, com um decreto que declarava de utilidade pública áreas no entorno do Municipal. A partir de então, alguns imóveis foram demolidos para dar lugar a novos prédios. E outros, com fachada tombada pelo Patrimônio Histórico, serão incorporados ao projeto. É o caso do Cine Saci, na Avenida São João.
Com um formato de "T", servindo de passagem entre a Rua Conselheiro Crispiniano, a Avenida São João e o Vale do Anhangabaú (Rua Formosa), a Praça da Artes também vai incorporar o Conservatório Dramático Musical - que será restaurado e vai abrigar o Museu do Teatro e o Quarteto de Cordas da cidade. Bem ao lado, será construído o Centro de Documentação Artística, que mantém todo o acervo do Conservatório.
Quando todas as instalações da Praça das Artes estiverem prontas, o Teatro Municipal será beneficiado também com um aumento da capacidade de espetáculos. Hoje, todos os ensaios acontecem no próprio Teatro.
Atualmente, o Teatro Municipal passa por obra de restauro, que deve ser concluída também em 2011, quando completa seu centenário. As pinturas do restaurante do Teatro Municipal, todas as peças de ouro e ainda os vitrais do salão nobre do local serão recuperados.
Danielle Borges, Diário de S.Paulo

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