ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

27 maio, 2010

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 27-5-10

Arqueólogos egípcios descobrem coleção de tumbas faraônicas
Múmias de vários períodos estão conservadas em bom estado.
Região da descoberta fica a 100 quilômetros do Cairo.
Um grupo de arqueólogos egípcios descobriu uma coleção de cerca de 50 tumbas que conservam as múmias em bom estado, pertencentes a vários períodos faraônicos, anunciou neste domingo (23) o ministro de Cultura egípcio, Farouk Hosny.
Em comunicado, o ministério detalha que os túmulos foram localizados na região de Al Fayoum, a 100 quilômetros ao sudoeste do Cairo, em uma região arqueológica conhecida como Lahun, onde está a pirâmide de mesmo nome.
Os túmulos contêm sarcófagos de madeira pintada e conservam as múmias em bom estado, sob uma vendagem decorada com passagens religiosas do Livro dos Mortos e cenas que representam diferentes deidades do antigo Egito.


Sarcófago de madeira pintado estava em uma das tumbas descobertas em Lahun, no Egito. (Foto: Supreme Council of Antiquities/AP)
Durante a escavação foram descobertos quatro cemitérios: um deles data da primeira e a segunda dinastia (2750-2649 a.C.), o segundo pertence ao reino médio (2030-1660 a.C.), enquanto o terceiro e quarto estão datados no reino novo (1550-1070 a.C.) e outro do período tardio (724-343 a.C.), respectivamente.
O diretor da missão arqueológica, Abdul Rahman Al-Ayedi, indicou que os cemitérios da primeira e a segunda dinastias estão compostos por 14 túmulos, um dos quais "quase intacto". Em seu interior foram encontrados objetos funerários e um sarcófago de madeira com uma múmia envolvida em linho.
Conforme o secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades, Zahi Hawass, a outra tumba, pertencente à XVIII dinastia (1550-1295 a.C.), abriga 12 sarcófagos de madeira empilhados uns sobre os outros.

Região onde foram encontradas as tumbas fica a 100 quilômetros do Cairo. (Foto: Supreme Council of Antiquities/AP)



Os cemitérios (dos reinos médio e novo) têm 31 túmulos, a maioria pertencentes às dinastias XI e XII (2030-1840 a.C.).
Cada um destes túmulos inclui um sarcófago de madeira pintado em cujo interior há uma múmia vendada e decorada com textos religiosos (que segundo as crenças ajudam os mortos a atravessar para o mundo além), assim como cenas de diferentes deidades do antigo Egito como Horus, Hathor, Knum e Amon.
Além disso, a missão encontrou nas quatro esquinas do templo do rei Senusret II quatro poços onde foram encontradas vasilhas de barro.
No ano passado, esta mesma equipe de arqueólogos desenterrou uma necrópole com 53 túmulos escavados na rocha que datam do reino médio e novo e da XXII dinastia faraônica (III, II e II milênio a.C.).
G 1 – Ciência e Saúde

Com reforma questionada, passarela de Congonhas revela abandono
Projeto de revitalização da Prefeitura é investigado pelo Ministério Público.
Local tem infiltrações, ferrugem e falta iluminação e acessibilidade.




Estrutura metálica da passarela está deteriorada (Foto: Juliana Cardilli/G1)
Atravessar a pé a Avenida Washington Luís para entrar ou sair do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, é uma tarefa que exige coragem em algumas ocasiões – em outras, simplesmente é impossível. Além de não haver elevador ou rampa que permita o acesso de cadeirantes ou pessoas com dificuldade de locomoção, como alguns idosos, a passarela que deveria facilitar o acesso dos pedestres não tem iluminação – nem corrimão em alguns pontos – e apresenta áreas com infiltrações e ferrugens.
“Para a gente que sempre usa, a situação é complicada. Os acessos são muito feios, não tem iluminação. É complicado passar por aqui. Durante a noite fica inseguro”, disse Vânia Vasconcelos, funcionária de uma companhia aérea.
Segundo a Subprefeitura de Santo Amaro, responsável pela região, a Prefeitura tem desde 2008 um projeto de revitalização da área, que é tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado (Condephaat) e pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp).

Acessos não têm iluminação nem rampas (Foto:
Juliana Cardilli/G1)



Ele ainda não foi levado adiante devido a um inquérito do Ministério Público que investiga o projeto. Segundo o promotor de Habitação e Urbanismo José Carlos de Freitas, a reforma – em parceria com a Associação Amigos da Passarela (Aspa) – prevê a cobertura da passarela, descaracterizando-a, e sua ampliação, com acesso direto ao hotel Íbis e ao saguão do aeroporto.
“Ainda que beneficie o resto da população, a intenção é o beneficio para a rede de hotéis. E como uma obra tombada, não pode ser autorizado algo em volta dela que a faça desaparecer. Perde a ideia de tombamento, que é a de preservação e de garantir a visibilidade do bem”, disse o promotor.
O inquérito foi instaurado em 2004, após denúncia das más condições de conservação da passarela, projetada pelo arquiteto João Batista Villanova Artigas e inaugurada em 1974. Atualmente, o promotor e a equipe técnica da Prefeitura analisam uma sugestão dada pela Infraero: remover a passarela para outro local e construir uma nova no aeroporto. “Inclusive já existe precedente, o bem tombado pode ser removido. Mesmo assim, a nova passarela não vai poder ser direto do hotel para o saguão”, afirmou.
A mudança de local também seria uma solução para outro problema – as batidas de veículos na passarela, que já ocasionaram sua queda. “Erguê-la poderia prejudicar a noção de tombamento, tem que colocar uma outra estrutura abaixo dela”, disse o promotor. A previsão é que o estudo sobre a remoção da passarela fique pronto na primeira quinzena de junho.
No corrimão, tinta também está descascada e há ferrugem (Foto: Juliana Cardilli/G1)



Falta de manutenção
A obra não foi barrada – entretanto, o promotor admite que a tendência seria embargá-la caso ela fosse iniciada. Mesmo assim, segundo ele, a Prefeitura deveria ter promovido sua manutenção. Os únicos que poderiam barrar as mudanças seriam os órgãos responsáveis pelo tombamento – entretanto, de acordo com o promotor, eles autorizaram a obra.
Os problemas se acumulam na passarela – do lado de fora é possível ver as infiltrações que fizeram a pintura descascar. Descoberta, poças d’água se acumulam no chão em dias de chuva, e achar um corrimão que não tenha vestígios de ferrugem e não esteja descascado é tarefa difícil.
No meio do trajeto, há um acesso para uma escada que chega ao canteiro central da avenida. Há um portão que normalmente fecha essa entrada – na manhã da sexta-feira (21), entretanto, ele estava aberto. Essa escada, além dos problemas anteriores, também não tem corrimão nem proteção em um dos lados, aumentando o potencial para acidentes.
“É muito ruim. Às vezes, a gente vê pessoas com mala grande carregando na escada. Quando chove, nos molhamos e tem muitas poças. Além disso, ela chacoalha muito com a passagem dos carros”, contou a vendedora Lígia Gomes, de 23 anos, que trabalha em Congonhas.
Segundo o promotor Freitas, um relatório enviado ao Ministério Público pela Prefeitura em abril afirma que “é consenso que a parte estrutural metálica apresenta alto grau de deterioração”. Entretanto, não haveria comprometimento da segurança no local.
A Subprefeitura de Santo Amaro informou que, independentemente de algumas providências solicitadas pelo Ministério Público, que estão sendo atendidas pela administração municipal, o projeto de restauro precisa ser avaliado e aprovado pelos órgãos de patrimônio histórico.
Procurada, a assessoria de imprensa do hotel Íbis não respondeu até a publicação desta reportagem. O G1 não localizou a Aspa para comentar o assunto.




Segundo o Ministério Público, manutenção deveria ser feita pela Prefeitura (Foto: Juliana Cardilli/G1)
Do G1 SP

Marcadores: , ,

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial