ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

30 junho, 2010

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 30-6-10

Arqueólogos acham pinturas mais antigas dos apóstolos de Jesus
ROMA (Reuters) - Arqueólogos e restauradores de arte usando nova tecnologia a laser descobriram o que acreditam ser as pinturas mais antigas dos rostos dos apóstolos de Jesus Cristo.
As imagens encontradas em um ramal das catacumbas de Santa Tecla, perto da Basílica de São Pedro, do lado de fora das muralhas da Roma antiga, foram pintadas no fim do século 4 ou início do século 5.
Arqueólogos acreditam que essas imagens podem estar entre as que mais influenciaram os retratos feitos por artistas posteriores dos mais importantes entre os primeiros seguidores de Cristo.
"São as primeiras imagens que conhecemos dos rostos desses quatro apóstolos", disse o professor Fabrizio Bisconti, diretor de arqueologia das catacumbas de Roma, que pertencem ao Vaticano e são administradas por ele.
Os afrescos eram conhecidos, mas seus detalhes vieram à tona durante um projeto de restauração iniciado dois anos atrás e cujos resultados foram anunciados nesta terça-feira em coletiva de imprensa.
Os ícones de rosto inteiro incluem as faces de São Pedro, Santo André e São João, que fizeram parte dos 12 apóstolos originais de Jesus, e São Paulo, que se tornou apóstolo após a morte de Cristo.
As pinturas possuem as mesmas características de imagens posteriores, como a testa enrugada e alongada, a cabeça calva e a barbicha pontuda de São Paulo, o que indica que podem ter sido as imagens nas quais os retratos posteriores se basearam.
Os quatro círculos, com cerca de 50 centímetros de diâmetro, estão no teto do local do sepultamento subterrâneo de uma mulher nobre que se acredita que tenha se convertido ao cristianismo no fim do mesmo século em que o imperador Constantino legalizou a religião.
Bisconti explicou que as pinturas mais antigas dos apóstolos os mostram em grupo, com rostos menores cujos detalhes são difíceis de distinguir.
"Trata-se de uma descoberta muito importante na história das comunidades cristãs primitivas de Roma", disse Bisconti.
"CIRURGIA" A LASER
Os afrescos dentro do túmulo, medindo cerca de 2 metros por 2 metros, estavam recobertos de uma pátina espessa de carbonato de cálcio pulverizado, provocada pela umidade extrema e a ausência de circulação de ar.
"Fizemos análises extensas e demoradas antes de decidir qual técnica empregar", disse Barbara Mazzei, que chefiou o projeto. Ela explicou como usou um laser como "bisturi ótico" para fazer o carbonato de cálcio cair sem prejudicar a tinta.
"O laser criou uma espécie de miniexplosão de vapor quando interagiu com o carbonato de cálcio, levando este a se destacar da superfície."
O resultado foi a clareza espantosa das imagens, antes opacas e sem nitidez.
As rugas na testa de São Paulo, por exemplo, estão nítidas, e a brancura da barba de São Pedro ressurgiu.
"Foi uma descoberta de forte impacto emocional", disse Mazzei.
Outras cenas da Bíblia, como a de Jesus convocando Lázaro a levantar-se dos mortos ou Abraão preparando-se para sacrificar seu filho, Isaac, também ficaram muito mais claras e nítidas.
"No que diz respeito a pinturas no interior de catacumbas, estamos acostumados a ver pinturas muito pálidas, geralmente brancas, com poucas cores. No caso das catacumbas de Santa Tecla, a grande surpresa foram as cores extraordinárias. Quanto mais avançamos, mais surpresas encontramos", disse Mazzei.
Situado num labirinto de catacumbas sob um prédio moderno, o túmulo ainda não está aberto ao público devido às obras que continuam, à dificuldade de acesso e ao espaço limitado. Bisconti disse que as novas descobertas serão abertas apenas à visitação de especialistas, por enquanto.
Philip Pullella
O Globo



Cultura gaúcha: 17 peças em festival em Rolante
Os brasileiros de outras regiões não têm ideia de como são vivas as atividades culturais no interior mais remoto do Rio Grande do Sul. A partir de terça-feira, 22 de junho, segundo notícia do jornal Panorama de Taquara-RS em http://www.jornalpanorama.com.br/, está programado o 17.o Festivale, Festival de Teatro do Vale do Paranhana, na vizinha Rolante, num auditório de 700 lugares, o Salão Cristo Rei. Detalhe: Rolante tem 20 mil habitantes.



Exibir filme antigo? De graça, pode
BRASÍLIA - É trabalho de detetive. Para dar início à restauração de filmes, a Cinemateca Brasileira lança-se, muitas vezes, em longa jornada em busca dos titulares da obra. No caso das produções que ainda não caíram em domínio público, a autorização do titular é indispensável para a iniciativa de preservação da memória fílmica. Mas há companhias que sumiram do horizonte, proprietários que morreram, direitos que foram vendidos a terceiros, gente que se perdeu de vista e tantas outras dificuldades, que tendem a ser minimizadas agora, com a proposta do Ministério da Cultura colocada para consulta pública a partir da segunda-feira passada.
Com o objetivo de modernizar a Lei dos Direitos Autorais, de 1998, o texto disponibilizado na internet (www.cultura.gov.br/consultadireitoautoral) prevê que a autorização dos titulares não seria mais necessária para a restauração de filmes, nem para exibições em cineclubes ? desde que não seja cobrado ingresso, mantendo a finalidade de formação de público. "A lei atual é por demais rígida para usos que são banais por parte da sociedade", diz o diretor de direitos intelectuais do Ministério da Cultura, Marcos Alves de Souza.
Segundo levantamento da organização Consumers International, o Brasil tem a 7.ª pior legislação de acesso ao conhecimento, entre 34 países pesquisados. Se atualizada, a colocação seria pior, já que o Chile, o último do ranking, modernizou a sua recentemente.
Para Carlos Magalhães, diretor da Cinemateca Brasileira, a legislação tem de acompanhar a dinâmica da vida cultural do País. "É um avanço importante que possibilita a descomplicação operacional", avalia. Segundo Magalhães, às vezes são necessários três meses para localizar o detentor dos direitos, o que atrasa a preservação dos negativos. Entre 2008 e 2009, a Cinemateca restaurou 16 longas e 230 curtas.
O presidente do Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros, Claudinho de Jesus, frisa que a entidade vai mobilizar associados, por meio de internet e fóruns de discussão, no apoio à proposta. "Já vieram me procurar e oferecer o licenciamento de 52 títulos de clássicos do cinema mundial mediante pagamento de R$ 1,5 mil por ano. Mas não temos fins lucrativos, não somos negócio", pondera. Cerca de 600 cineclubes são filiados ao conselho.
O anteprojeto de lei também pretende trazer mudanças em entidades de gestão coletiva, como o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), composto por 10 associações de música. O governo diz que a arrecadação e distribuição seguiriam sendo feitas por entidades privadas ? a novidade é que elas passariam a ser submetidas a uma supervisão. "Não queremos estatizar nada, só queremos transparência", defendeu o ministro da Cultura, Juca Ferreira.
Rafael Moraes Moura - O Estado de S.Paulo



Tiradentes (MG) proporciona conhecimento cultural e histórico




A antiga cidade mineira oferece atrações requintadas para os visitantes, mas sem perder o charme dos segredos e mistérios do passado
Tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional em 1938, a cidade de Tiradentes, em Minas Gerais, renasceu e hoje recebe inúmeros visitantes de diferentes lugares, durante o ano todo. Conhecida por suas riquezas históricas e arquiteturas barrocas, o local tem muito o que mostrar para os turistas que chegam em busca de liberdade e de uma volta ao passado. Conhecer Tiradentes é respirar história, é esquecer as modernidades e se encantar com o jeito simples e também sofisticado dessa cidade mineira.
Quando se anda pelas estreitas ruas parece ser possível ouvir as vozes dos Inconfidentes que ali se reuniram secretamente diversas vezes. Outra lembrança antiga são os vários túneis, hoje interditados, que podem ser vistos ao longo das caminhadas pela cidade. Esses indícios estimulam a imaginação e dão um ar de mistério durante a viagem. Outra antiga atração que chama a atenção dos visitantes é o passeio feito na Maria Fumaça, trem que liga as cidades de Tiradentes e São João Del Rei. As visitas aos museus, monumentos, igrejas e as caminhadas pelas serras e bosques são programações que não podem faltar para quem visita a cidade. O variado artesanato, que revela traços do passado, transmitido de geração para geração também é outro ponto alto do local. Características barrocas adicionadas a técnicas modernas, possibilitam não apenas uma repetição, mas uma releitura de obras do passado, que podem ser vistas em móveis e objetos de ferro.
Tiradentes tem no turismo um futuro promissor. Vários eventos importantes encontram nela a locação perfeita, como a Mostra de Cinema, o Festival de Gastronomia e Cultura, e o carnaval, quando as ruas se enchem de visitantes. A gastronomia local é a típica culinária mineira, mas Tiradentes também oferece outras opções. Bares, cafés e casas especializadas em doces, queijos e cachaças podem ser encontradas em todos os cantos. Além disso, restaurantes charmosos e requintados comandados por chefs que entendem de boa gastronomia também são ótimas opções para almoços e jantares na bela cidade mineira.



Tombada estação de trem de Santos, a 1ª do Estado
Quatro estações da antiga São Paulo Railway, a primeira ferrovia paulista, foram tombadas ontem pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat). Entre elas, está a antiga estação de Santos, construída entre 1862 e 1867.
Localizada em área histórica da cidade, foi a partir dela que se desenvolveu a Santos-Jundiaí, nome com que ficou conhecida a ferrovia que foi a primeira conexão entre o litoral e o interior. Desativada em 1996, a antiga estação hoje abriga a Secretaria de Cultura do município.
As outras estações tombadas são as de Caieiras, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Construídas entre 1867 e 1883, funcionam até hoje e pertencem à Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Entre as justificativas para o tombamento está o “valor simbólico” das estações, que ainda hoje mantêm características originais da arquitetura inglesa do século 19, conjuntos de moradias à beira da linha e ajudaram a consolidar a Santos-Jundiaí como o principal meio de transporte na época.
Em Caieiras, a estação e a ferrovia fomentaram novas atividades comerciais, responsáveis pela própria emancipação da cidade, em 1958. O entorno dos bens também serviu para amparar o tombamento da estação localizada em Ribeirão Pires, onde estruturas construídas por causa da proximidade da ferrovia continuam intactas.
Até o fim do ano, outros 33 processos de tombamento de estações ferroviárias devem ser julgados pelo Conselho. Atualmente, há 17 estações tombadas no Estado, entre elas a da Luz, do Brás e a antiga Júlio Prestes.
Em nota, a CPTM afirmou que a decisão do Condephaat “é motivo de muito orgulho e reforça o comprometimento da Companhia em preservar o acervo”. Ainda assim, segundo os técnicos do Condephaat, nenhuma estação pode ser avaliada como “em ótimas condições”.
Silvana Losekann - Defender

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