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12 julho, 2010

CURSOS - 12-7-10

Santos-SP - Autorizado: Baixada terá primeiro curso técnico em restauração
Matéria publicada originalmente no período Jan/2008 - Março/2010.
A diretora-superintendente do Centro de Paula Souza, Laura Laganá, concedeu o aval para a criação do primeiro curso pós-técnico em Conservação e Restauração de Bens Artísticos e Culturais do Estado de São Paulo. A proposta inicial é que o curso seja ministrado na Escola Técnica Estadual (ETEC) Dona Escolástica Rosa, em Santos, a partir de 2010. Há também a possibilidade de que o curso seja implantado, posteriormente, nas escolas técnicas estaduais de Mongaguá e São Vicente.
A decisão, tomada durante reunião realizada na tarde desta quinta-feira (23) no Centro de Paula Souza, na Capital, atende à reivindicação do deputado estadual Paulo Alexandre Barbosa (PSDB). Além do deputado e da diretora-superintendente da unidade, participaram do encontro o historiador Waldir Rueda e o arquiteto Fernando Gregório, do Departamento Imobiliário e Arte Sacra da Diocese de Santos.
Durante o encontro, ficou acertada a composição de um grupo técnico de trabalho, composto por especialistas da área, que será responsável, em conjunto com a equipe do Centro de Paula Souza, pela elaboração do conteúdo curricular do curso pós-técnico. A expectativa, explicou Laura Laganá, é que o trabalho esteja concluído em um prazo máximo de seis meses para que o curso possa ter início no primeiro semestre de 2010.
“A proposta é que os alunos egressos dos cursos técnicos de Edificações e de Desenho de Construção Civil tenham a opção de cursar o pós- técnico em restauração. Seria um módulo, de 500 horas, a ser ministrado durante um semestre”, explicou a diretora-superintendente do Centro de Paula Souza.
Na ocasião, ficou decidido ainda que Rueda e Gregório integrarão o grupo técnico de trabalho, que deverá ser composto por seis membros, incluindo um especialista representando a Prefeitura de Santos.
“É uma notícia formidável”, comemorou o historiador Waldir Rueda. “Sabemos que há uma lacuna enorme neste setor, razão pela qual muitos especialistas são contratados em outros estados para a recuperação e restauração de imóveis tombados localizados não só na Baixada Santista, mas em outros municípios paulistas”, completou Paulo Alexandre.
Na prática, o técnico em Conservação e Restauração de Bens Culturais recebe qualificação para atuar no estudo, planejamento, orçamento e assistência técnica no processo de restauro. O curso também deverá habilitar o estudante para o monitoramento e a conservação de bens culturais e históricos.
Referência – Em Minas Gerais, a Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP) é pioneira na capacitação profissional para o restauro de bens culturais. O curso da instituição foi criado na década de 70, sendo hoje uma das principais referências nesse tipo de ensino técnico.
Com diploma reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC), boa parte dos profissionais formados pela FAOP atuou em projetos de recuperação e preservação do patrimônio histórico de cidades históricas mineiras, como Ouro Preto, Mariana, Diamantina, Sabará, Tiradentes e São João Del Rey.
No Estado de São Paulo, apesar da existência de milhares de bens de alto valor histórico e cultural, o Centro Paula Souza ainda não oferece essa qualificação. Para o deputado, a criação do curso poderá ajudar nos projetos da recuperação de prédios históricos. Muitos deles estão deteriorados e mal conservados.
Em Santos, por exemplo, há templos, como o Santuário Santo Antônio do Valongo, que têm um acervo de bens sacros que precisam ser rapidamente restaurados sob pena de se perderem por completo. O projeto Alegra Centro, instituído pela Prefeitura de Santos, oferece incentivos fiscais, como a isenção do IPTU e do ISS da obra, para quem investe na recuperação dos prédios históricos.
“O técnico em restauração possui hoje um vasto campo de trabalho. Com a criação desse curso, Santos e a Baixada Santista poderão se tornar uma referência nesta qualificação, como já ocorre em Ouro Preto”, ressaltou Paulo Alexandre.

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