ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

24 setembro, 2010

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 24-9-10

Restauração da Igreja do Carmo em Olinda, se arrasta há 15 anos
Nesta quinta foi assinada a ordem de serviço entre a Prefeitura e o Iphan para a última etapa de restauração da Igreja
Foto: Reprodução / TV Globo



Em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, a restauração da Igreja do Carmo se arrasta há 15 anos. Ao longo deste tempo, o monumento histórico recebeu mais de R$ 3 milhões para as obras de recuperação.
A igreja, situada no alto de uma colina, é um monumento nacional do século XVI. É a mais antiga da Ordem Carmelita nas Américas. A importância histórica e artística não evitou as marcas do tempo e do abandono.
A fachada perdeu as cores. O mato cresce no reboco e ainda dá para ver os sinais das antigas rachaduras. Nas laterais, os tijolos estão aparentes. E não é só por fora que os estragos se multiplicam: a igreja está sem piso por causa das escavações arqueológicas.
A recuperação das cantarias, o acabamento e adorno em pedra, ainda não terminou. Altares de madeira precisam de restauração.
O templo é marcado por uma longa história de abandono, retomada de obras, descontinuidade. Entre recomeços e interrupções, as obras inacabadas de restauração da igreja se arrastam por 15 anos e ainda há muito o que fazer, mas as obras estão paradas há um ano.
O dinheiro pra restauração sempre foi liberado a conta-gotas em cinco etapas. Em 1995, foram gastos R$ 594 mil nas obras de sustentação da colina que estava desabando. Dez anos depois, infiltrações e cupins ameaçam o patrimônio histórico e mais R$ 130 mil foram liberados para a restauração.
No ano seguinte, as descobertas arqueológicas vieram à tona: ao lado da igreja ficava o primeiro convento construído pelos frades carmelitas no País. 1,2 mil metros de alicerces de até sete metros de profundidade foram desenterrados e R$ 231 mil foram gastos.
Fotos raríssimas de 1895 (fotos 6 e 7) mostram como era o conjunto completo, formado pela Igreja do Carmo, o convento e uma pequena capela que não existem mais.
Em 2008 foi concluída a restauração do altar-mor (foto 5), onde está as imagens dos três santos, que permanecem cobertas, e do altar lateral do santíssimo. Os entalhes em madeira se livraram dos cupins e ganharam novamente o brilho do ouro.
O telhado foi recuperado e boa parte da cantaria. Ao todo R$ 3,44 milhões foram investidos e a igreja ainda está cheia de andaimes e tapumes. Os moradores aguardam ansiosos a conclusão das obras.
A ansiedade só não maior do que a dos frades carmelitas, que em 2008 recuperaram na Justiça o direito sobre a igreja, que estava sendo administrada pela União: “esperamos que, com a graça de Deus, chegue a boa notícia de que a obra final vai ser recomeçada e que a gente possa chegar ao final dessa agonia para que seja recuperada a igreja”, disse o frei Francisco Sales, prior provincial da Ordem do Carmo.
A notícia tão aguardada pelo frei chegou nesta quinta-feira (2): foi assinada a ordem de serviço entre a Prefeitura de Olinda e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para a última etapa de restauração da Igreja do Carmo.
Serão gastos R$ 1,59 milhão e as obras devem ficar prontas dentro de um ano.
pe360graus.com

Justiça Federal determina a herdeiros de empresário e colecionador devolução de peças sacras tiradas de igrejas de Minas Gerais
SÃO PAULO - Herdeiros de um empresário de Minas Gerais e um colecionador de São Paulo terão de devolver ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) 28 peças sacras que, segundo as investigações, pertenceram a instituições religiosas de Minas Gerais. A decisão é da Justiça Federal, que deu prazo até 30 de outubro para que as peças retornem ao local de origem.
As peças foram descobertas no espólio do empresário Arthur Valle Mendes e Leonilda Bocchese Mendes, em 2004. Em 2008, depois de investigações, o Ministério Público Federal ingressou com ação pedindo a devolução. Em agosto passado, a Justiça Federal emitiu a decisão, encaminhada por carta precatória aos residentes fora de Minas Gerais.
O acervo relacionado no espólio contém peças de relevante valor histórico. São objetos de arte como imagens sacras, mobiliário de igrejas e fragmentos de peças. Há esculturas de Aleijadinho, quadro do Mestre Athaíde e até peças arrancadas de igrejas de Minas Gerais, como um banco para depósito de esmolas.
Entre as esculturas religiosas estão imagens de Nossa Senhora do Pilar, em madeira , medindo 75 cm, do séc XVIII; de Nossa Senhora da Conceição; de São José, com o Menino Jesus nos braços; do Menino Jesus, de aproximadamente 50 cm; São Francisco de Paula de aproximadamente um palmo, que mostra entalhe de ótima qualidade e traz aderido à sua base papel com incrição que remete à procedência. Algumas esculturas são de marfim, como uma imagem de Santana Mestra, de aproximadamente um palmo e meio de altura, e um Santo Antônio acondicionado numa redoma de vidro.
Segundo o MP, a escultura Cristo da Paciência foi vendida ao colecionador de São Paulo. A peça sacra ficava na casa paroquial de Rio Espera e teria sido doada ao empresário pelos serviços prestados por sua empresa à Arquidiocese de Mariana.
Outra peça, a escultura em pedra sabão "Samaritana", foi a leilão no Rio de Janeiro.
Entre os móveis estão quatro cadeiras listadas pelo colecionador e atribuídas a Aleijadinho. "No espaldar encontra-se esculpida uma mitra - insígnia eclesiástica usada por bispos , arcebispos, cônico - cardeais em forma de barrete importante dado que nos remete à sua origem eclesiástica, provavelmente uma encomenda de sede de bispado", descreve o MP.
As cadeiras teriam sido encomendadas a Aleijadinho entre 1779 e 1793 pelo bispo de Mariana D. Domingos da Encarnação Pontevel e doada ao Museu da Inconfidência, em 1940, pela Cúria de Mariana.
A ação do MP cita ainda uma "cadeira de reinado, ou "congado ", em tons, vibrantes e uma bandeira de Nossa Senhora do Rosário, datada do séc. XVIII.
CBN, Cleide Carvalho, O Globo



Justiça manda prefeitura combater cupins em obra de Portinari
A Justiça de São Paulo determinou que a prefeitura de Batatais (a 352 km da capital) tem prazo de até 30 dias para solucionar o problema dos cupins na obra Sagrada Família, de Cândido Portinari.
Como a obra pertence à Igreja Matriz Senhor Bom Jesus da Cana Verde, a prefeitura informou que o poder público não poderia investir no reparo. Ao todo, a igreja abriga 23 telas do pintor.
Segundo o Executivo local, as providências poderão ser tomadas a partir de agora, com o amparo legal da Justiça.
Ainda de acordo com a assessoria, a Sagrada Família apresenta furos no canto direito.
"As obras descritas na inicial são notoriamente patrimônio cultural brasileiro e correm evidente risco de perecimento - tanto em razão dos cupins, quanto em razão de possíveis crimes patrimoniais. É responsabilidade do município, enquanto integrante do Poder Público e beneficiário direto da existência das obras nesta cidade (que foi alçada à qualidade de estância turística por esse motivo) obter os meios necessários para a sua preservação", diz o processo.
Redação Terra

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