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24 março, 2011

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 24-3-11

Peças roubadas no Egipto continuam a aumentar
Número já vai em 54
O número de peças de arte roubadas e danificadas no Egipto durante os protestos contra o regime de Mubarak aumentou para 54. Este é o resultado de um inventário completo, tornado público esta terça-feira, feito pelo Museu Egípcio do Cairo.


O director do museu, Al Awadi, disse à imprensa, citado pelo “El Mundo”, que as peças desaparecidas não são as principais do museu, mas “fazem parte do património histórico egípcio e por isso basta faltar um objecto, para ser uma catástrofe”.
Entre as peças desaparecidas está uma estátua de madeira dourada de Tutankhamon dentro de um barco a lançar um arpão e que os ladrões terão partido quando a roubaram da sua vitrina. Além desta, desapareceram dezenas de estátuas de bronze e pedra de vários deuses egípcios, assim como jóias e figuras de madeira em forma de sarcófago com inscrições hieroglíficas douradas.
Al Awadi, que foi nomeado para o cargo de director apenas 40 dias antes de o museu ter sido alvo de pilhagens, no dia 29 de Janeiro, revelou que o museu já fez chegar o novo inventário à Unesco e a todas as agências nacionais e internacionais que podem ajudar a recuperar os objectos, lembrando que “as antiguidades roubadas não podem ser vendidas nem expor-se em circuitos legais porque estão catalogadas”.
Irina Bokova, directora geral da Unesco, manifestou ontem à AFP a sua preocupação em relação aos novos números avançados. “Estas novas informações são alarmantes. Precisamos urgentemente de estabelecer um plano de intervenção para proteger o património. Coisas destas não podem acontecer”, disse a responsável.
No início deste mês, o chefe do Conselho Superior de Antiguidades do Egipto e ministro da Cultura egípcio, Zahi Hawass, apresentou a sua demissão por não conseguir evitar as pilhagens nem proteger os bens culturais. Na altura, no seu blogue pessoal, Zahi Hawass denunciou que os roubos de obras de arte continuavam a aumentar, mesmo depois da queda do regime, publicando uma lista completa dos locais afectados e das peças roubadas e danificadas.
Nos últimos dias, a direcção do Museu começou a fazer reformas para proteger a instituição de eventuais futuros roubos, instalando um sistema especial de alarme, no edifício e nas peças do museu. O director do museu sublinhou que antes do ataque o sistema de alarme era o normal utilizado em instituições daquela importância e que estava preparado contra roubos profissionais, porém não estava preparado para o ataque de dezenas de pessoas. “Não vamos descansar até encontrar a última peça”, disse Al Awadi ao “El Mundo”.
Cláudia Carvalho
Publico.pt
Máscara de ouro de Tutankamon no Museu do Cairo (Miguel Madeira)

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