ATUALIDADES - 6-6-11
Americana Chrysler passa oficialmente às mãos italianas da Fiat
NOVA YORK — A montadora de automóveis americana Chrysler passou oficialmente para o controle da italiana Fiat, que anunciou nesta sexta-feira a posse de mais de 50% do capital graças à compra da parte em poder do governo americano.
Dois anos depois de ter obtido 20% do capital e os comandos operacionais da terceira maior empresa de automóveis americana que saía da falência, a Fiat anunciou que vai passar a ter 52% do capital da Chrysler depois da compra de 6% que o Tesouro americano ainda detinha. Com isso, o governo americano deixa totalmente a montadora.
A empresa italiana já tinha elevado a sua fatia a 46% no mês passado depois de um refinanciamento que a permitiu se livrar da dívida e obter 16% de Estados Unidos, Canadá e do sindicato do setor automobilístico UAW.
"No momento em que o Tesouro se desfaz de seu investimento na Chrysler, está claro que a decisão do presidente (Barack) Obama de apoiar esta empresa e de reestruturá-la foi correta", saudou o secretário americano do Tesouro, Timothy Geithner.
"Hoje, as montadoras de automóveis americanas atravessam um dos renascimentos mais improváveis da história recente", acrescentou.
"Hoje, as montadoras de automóveis americanas atravessam um dos renascimentos mais improváveis da história recente", acrescentou.
A Chrysler, que voltou a ser superavitária no primeiro trimestre pela primeira vez desde a sua saída da falência, revisou quase toda a sua gama de veículos. Ela foi uma das duas únicas grandes montadoras, ao lado da coreana Huyndai, a registrar um aumento de suas vendas no mês passado.
No entanto, seu resgate atingirá o custo de 1,3 bilhão de dólares ao governo americano dos 12,5 bilhões que injetou na montadora para ajudá-la a sobreviver à crise econômica.
O diretor geral da Fiat e da Chrysler, Sergio Marchionne, ressaltou em um comunicado que o acordo concluído com o Tesouro permite "acelerar" a integração entre os dois grupos e manifestou sua "gratidão" em relação ao governo Obama "por ter acreditado há dois anos na parceria com a Fiat".
A Fiat pretende adquirir até o final do ano mais 5% com o Canadá e com o UAW, quando a Chrysler já terá começado a produzir um carro econômico em parceria com a italiana.
Marchionne também disse que sua empresa está interessada na compra de 1,7% ainda em poder do Canadá e da província de Ontário. No total, suas opções de compra dão a ela a possibilidade de chegar a cerca de 70% do capital.
O diretor da Fiat quer estabelecer a aliança Fiat-Chrysler capaz de concorrer com as maiores empresas do setor, como a americana General Motors, a alemã Volkswagen e a japonesa Toyota.
Juntos, os dois grupos devem produzir 6 milhões de veículos por ano em 2014, contra menos de 4 milhões atualmente.
AFP
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