CURSOS - 16-10-2008
São Luis-MA - Curso de artes visuais exige criatividade e conhecimento artístico
Olhar observador, criatividade, gosto pelo desenho e noções de história da arte. Essas são algumas das características esperadas do aluno que pretende ingressar no curso superior de artes visuais.O curso de artes visuais, de acordo com o Ministério da Educação (MEC), foi instituído oficialmente em 1973, como curso de educação artística, com habilitações em artes plásticas, artes cênicas, música e desenho.Foi apenas em julho de 2008 que o nome artes visuais passou a ser usado, como forma de ampliar as linguagens artísticas atendidas no currículo. Algumas faculdades, no entanto, ainda oferecem o curso com a nomenclatura de artes plásticas, como é o caso da Escola de Comunicação e Artes (ECA), da Universidade de São Paulo (USP). O que se aprende
“O aluno aprende desde técnicas de xilogravura até design ou vídeo. Além disso, o curso oferece a parte teórica, com aulas de história da arte e crítica, e as disciplinas práticas, com aulas em ateliês com todas as linguagens: gravura em metal, madeira, tecido, pintura, escultura e cerâmica, por exemplo”, afirma a coordenadora do curso de artes visuais da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Heliana Ometto Nardin.Na hora de prestar vestibular, o candidato a uma vaga no curso de artes visuais é submetido, geralmente, a um teste de habilidades específicas. A avaliação pode exigir desde reflexões sobre obras de arte e contextualizações históricas até desenhos e testes de percepção e observação.“A idéia não é ensinar ao aluno especificamente um traço, como no caso de um curso de desenho. O objetivo do curso de arte é oferecer ao aluno ferramentas para que ele desenvolva sua própria forma de criar e de se expressar, na linguagem em que ele se sentir mais a vontade”, diz Cláudio Mubarac, professor de desenho e gravura do curso de artes plásticas da USP.Segundo o MEC, o curso deve ter duração mínima de três ou quatro anos. No total, de acordo com o site http://www.educacaosuperior.inep.gov.br/, do ministério, 101 cursos de artes visuais são oferecidos pelo país. Áreas de atuaçãoO artista recém-formado pode optar por diversas áreas de atuação, sempre aproveitando as habilidades relacionadas à criatividade e às técnicas artísticas. No caso de escolher a licenciatura, o artista pode trabalhar na formação e na qualificação de outros profissionais, como professor de artes em escolas ou em cursos livres.O bacharel geralmente trabalha com seus próprios projetos, na linguagem com que mais se identificou durante o curso superior, ou opta por trabalhar em exposições, secretarias de cultura, museus, escritórios de design e galerias de artes.“Tem muitos alunos que acabam descobrindo uma paixão ou uma habilidade inesperada durante o curso de arte e, depois de formado, aplica o que aprendeu nessa área que descobriu, como é o caso do cinema ou da comunicação, por exemplo”, diz Mubarac.
Badauê Online
Portugal - Ensino trava exclusão
No Alto da Cova da Moura, concelho da Amadora, há uma associação que ensina aos jovens que estudar ajuda a combater a pobreza. O Moinho da Juventude nasceu há 21 anos da luta de mulheres pelo acesso a água canalizada. Num dos bairros problemáticos da Grande Lisboa a associação tem hoje por principal tarefa complementar a educação de crianças e jovens.
"Temos jovens do bairro, juristas, economistas, atletas e professores", disse ao CM o psicólogo Carlos Simões. Ser licenciado não significa, contudo, um futuro fácil. "É uma luta muito intensa que estes jovens têm de realizar. Porque embora seja dito que há igualdade de oportunidades, eles têm consciência de que ir a uma entrevista de trabalho e ser negro e viver na Cova da Moura pode significar não ser aceite", acrescentou o professor da Universidade Lusófona que há 12 anos presta voluntariado no bairro com cerca de sete mil habitantes.
Entre as 05h30 e as 21h30 o Moinho da Juventude acolhe cerca de 400 crianças. Com o objectivo de dar resposta ao futuro dos mais novos, Carlos Simões explica que a educação permite "ter uma consciência mais forte da sua própria pessoa para uma participação social mais activa e mais reivindicativa".
Segundo o prémio Nobel da Economia James Heckman, estudar nos primeiros anos de vida reduz a entrada dos jovens no crime, a gravidez na adolescência, o abandono escolar e garante melhor acesso ao mercado de trabalho. O economista baseou as afirmações no estudo de Perry, onde sociólogos norte-americanos do estado de Michigan acompanharam durante oito anos alunos de origem africana cujos pais tinham baixos salários. Décadas mais tarde, quando estes alunos já na idade adulta foram comparados com outras crianças com pouca educação, verificou-se que 29% dos jovens que estudaram ganhavam mais de dois mil dólares e 36% tinha casa própria. Entre os que não estudaram, apenas 7% tinha um ordenado desse valor e apenas 13% tinha casa própria.
CRIANÇAS DA RUA SÃO DE TODAS AS CLASSES
Manuela Eanes, presidente do Instituto deApoio à Criança (IAC), entende que os meninos de rua já não são só crianças de bairros degradados, mas constituem um fenómeno transversal em todas as classes sociais. São crianças excluídas não só pela pobreza económica mas também pela pobreza de valores do meio em que vivem. Segundo a presidente do IAC, as crianças de rua dedicam-se na grande maioria à prostituição. "Vivem da rua e são vítimas das piores formas de trabalho de rua", disse no Fórum Europeu sobre a Criança de Rua.
DISCURSO DIRECTO
"VIGILÂNCIA POR VÍDEO NÃO RESOLVE INSEGURANÇA", Lieve Mersschaert, Presidente Moinhos da Juventude
Correio da Manhã – A insegurança prejudica o trabalho do Moinho da Juventude?
Lieve Mersschaert – Prejudica como em qualquer outro local, porque há insegurança por toda a parte. O que nós aqui procuramos é criar laços com a comunidade. Tentamos lutar por uma sociedade mais segura não com videovigilância, porque as pessoas não são objectos, mas reforçar os laços entre pessoas, emoções, culturas, objectos e natureza.
– Respondem às necessidades de todas as crianças do bairro?
– Não. Pelo que damos prioridade aos casos de pessoas mais carenciadas. Temos por objectivo estender os nossos horários para lá das 05h30 às 21h30 porque há pais que precisam de trabalhar muitas horas para conseguir ganhar o suficiente para o sustento da casa e os filhos não podem ficar sozinhos.
NÚMEROS
4946
cursos profissionalizantes para os ensinos Básico e Secundário nas escolas públicas foram realizados no último ano.
102
mil alunos do Ensino Básico chumbaram ou abandonaram a escola no ano lectivo de 2006/2007. Foram 10% do total.
71 269
alunos do Ensino Secundário não conseguiram terminar o ano em 2007. Representaram 24,6% do total de estudantes.
DESPERDÍCIO INSPIRADOR
Nuno Palhas é já quase um veterano na arte do graffiti. Com 29 anos, Nuno conta já 11 a pintar, mas o seu objectivo tem sido quase sempre o mesmo: conseguir chamar a atenção ao maior número de pessoas possível.
"Ao pintar numa parede é sempre possível que alguém ao passar olhe para o que nós fizemos", disse.
Para Nuno Palhas, o graffiti pode também desempenhar um papel social. "Com esta arte podemos embelezar alguns dos edifícios que estão vandalizados", afirmou o artista, que diz conjugar esta paixão com o break-dance e o hip-hop.
A paixão pelo graffiti valeu experiências internacionais a Nuno Palha, que afirma já ter pintado em França e na Alemanha, países onde, confessou, se apercebeu "de que as pessoas têm uma mentalidade diferente em relação a esta arte que é o graffiti".
Quanto à pobreza, tema que dá mote ao concurso, Nuno Palha diz que quis reflectir sobre a sociedade do desperdício.
"O que pretendo demonstrar é que as pessoas mandam muitas coisas para o lixo e que, muitas vezes, aquilo que é um desperdício pode ser a sorte de outros que na-da têm", relatou. n J.C.M.
RAP: FINALISTAS FALAM DAS SUAS PREOCUPAÇÕES
A IMPORTÂNCIA DA MENSAGEM
Tem 27 anos, está no segundo ano da Faculdade de Relações Internacionais e trabalha como vendedor. Nas horas livres treina uma equipa de futebol e escreve. Mário Leão, ou seja, Dyze, tem dezenas de músicas escritas. Entre elas escolheu ‘Máquina do Tempo’ para apresentar neste concurso: reflexão profunda sobre os tempos que correm. Aliás, em todas as canções diz que privilegia a mensagem pois ainda que a música não possa mudar o Mundo "é preciso dar voz aos problemas reais."
CANTAR A PROBREZA ESPIRITUAL
A escola foi palco de um encontro que deu música. Rui e Bernardo, de 17 e 18 anos, respectivamente, passaram a Enigma/Check e o hip-hop a preencher a maior parte dos seus tempos livres. As namoradas são a maior fonte de inspiração e musas que apelidam de "melhores beats".
A pobreza não é um tema normal nas suas rimas, mas uma experiência que por ser diferente foi aliciante. "Tentámos falar mais da pobreza numa vertente espiritual e não tão ligada à material", confessam.
Correio da Manhã
“O aluno aprende desde técnicas de xilogravura até design ou vídeo. Além disso, o curso oferece a parte teórica, com aulas de história da arte e crítica, e as disciplinas práticas, com aulas em ateliês com todas as linguagens: gravura em metal, madeira, tecido, pintura, escultura e cerâmica, por exemplo”, afirma a coordenadora do curso de artes visuais da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Heliana Ometto Nardin.Na hora de prestar vestibular, o candidato a uma vaga no curso de artes visuais é submetido, geralmente, a um teste de habilidades específicas. A avaliação pode exigir desde reflexões sobre obras de arte e contextualizações históricas até desenhos e testes de percepção e observação.“A idéia não é ensinar ao aluno especificamente um traço, como no caso de um curso de desenho. O objetivo do curso de arte é oferecer ao aluno ferramentas para que ele desenvolva sua própria forma de criar e de se expressar, na linguagem em que ele se sentir mais a vontade”, diz Cláudio Mubarac, professor de desenho e gravura do curso de artes plásticas da USP.Segundo o MEC, o curso deve ter duração mínima de três ou quatro anos. No total, de acordo com o site http://www.educacaosuperior.inep.gov.br/, do ministério, 101 cursos de artes visuais são oferecidos pelo país. Áreas de atuaçãoO artista recém-formado pode optar por diversas áreas de atuação, sempre aproveitando as habilidades relacionadas à criatividade e às técnicas artísticas. No caso de escolher a licenciatura, o artista pode trabalhar na formação e na qualificação de outros profissionais, como professor de artes em escolas ou em cursos livres.O bacharel geralmente trabalha com seus próprios projetos, na linguagem com que mais se identificou durante o curso superior, ou opta por trabalhar em exposições, secretarias de cultura, museus, escritórios de design e galerias de artes.“Tem muitos alunos que acabam descobrindo uma paixão ou uma habilidade inesperada durante o curso de arte e, depois de formado, aplica o que aprendeu nessa área que descobriu, como é o caso do cinema ou da comunicação, por exemplo”, diz Mubarac.
Badauê Online
Portugal - Ensino trava exclusão
No Alto da Cova da Moura, concelho da Amadora, há uma associação que ensina aos jovens que estudar ajuda a combater a pobreza. O Moinho da Juventude nasceu há 21 anos da luta de mulheres pelo acesso a água canalizada. Num dos bairros problemáticos da Grande Lisboa a associação tem hoje por principal tarefa complementar a educação de crianças e jovens.
"Temos jovens do bairro, juristas, economistas, atletas e professores", disse ao CM o psicólogo Carlos Simões. Ser licenciado não significa, contudo, um futuro fácil. "É uma luta muito intensa que estes jovens têm de realizar. Porque embora seja dito que há igualdade de oportunidades, eles têm consciência de que ir a uma entrevista de trabalho e ser negro e viver na Cova da Moura pode significar não ser aceite", acrescentou o professor da Universidade Lusófona que há 12 anos presta voluntariado no bairro com cerca de sete mil habitantes.
Entre as 05h30 e as 21h30 o Moinho da Juventude acolhe cerca de 400 crianças. Com o objectivo de dar resposta ao futuro dos mais novos, Carlos Simões explica que a educação permite "ter uma consciência mais forte da sua própria pessoa para uma participação social mais activa e mais reivindicativa".
Segundo o prémio Nobel da Economia James Heckman, estudar nos primeiros anos de vida reduz a entrada dos jovens no crime, a gravidez na adolescência, o abandono escolar e garante melhor acesso ao mercado de trabalho. O economista baseou as afirmações no estudo de Perry, onde sociólogos norte-americanos do estado de Michigan acompanharam durante oito anos alunos de origem africana cujos pais tinham baixos salários. Décadas mais tarde, quando estes alunos já na idade adulta foram comparados com outras crianças com pouca educação, verificou-se que 29% dos jovens que estudaram ganhavam mais de dois mil dólares e 36% tinha casa própria. Entre os que não estudaram, apenas 7% tinha um ordenado desse valor e apenas 13% tinha casa própria.
CRIANÇAS DA RUA SÃO DE TODAS AS CLASSES
Manuela Eanes, presidente do Instituto deApoio à Criança (IAC), entende que os meninos de rua já não são só crianças de bairros degradados, mas constituem um fenómeno transversal em todas as classes sociais. São crianças excluídas não só pela pobreza económica mas também pela pobreza de valores do meio em que vivem. Segundo a presidente do IAC, as crianças de rua dedicam-se na grande maioria à prostituição. "Vivem da rua e são vítimas das piores formas de trabalho de rua", disse no Fórum Europeu sobre a Criança de Rua.
DISCURSO DIRECTO
"VIGILÂNCIA POR VÍDEO NÃO RESOLVE INSEGURANÇA", Lieve Mersschaert, Presidente Moinhos da Juventude
Correio da Manhã – A insegurança prejudica o trabalho do Moinho da Juventude?
Lieve Mersschaert – Prejudica como em qualquer outro local, porque há insegurança por toda a parte. O que nós aqui procuramos é criar laços com a comunidade. Tentamos lutar por uma sociedade mais segura não com videovigilância, porque as pessoas não são objectos, mas reforçar os laços entre pessoas, emoções, culturas, objectos e natureza.
– Respondem às necessidades de todas as crianças do bairro?
– Não. Pelo que damos prioridade aos casos de pessoas mais carenciadas. Temos por objectivo estender os nossos horários para lá das 05h30 às 21h30 porque há pais que precisam de trabalhar muitas horas para conseguir ganhar o suficiente para o sustento da casa e os filhos não podem ficar sozinhos.
NÚMEROS
4946
cursos profissionalizantes para os ensinos Básico e Secundário nas escolas públicas foram realizados no último ano.
102
mil alunos do Ensino Básico chumbaram ou abandonaram a escola no ano lectivo de 2006/2007. Foram 10% do total.
71 269
alunos do Ensino Secundário não conseguiram terminar o ano em 2007. Representaram 24,6% do total de estudantes.
DESPERDÍCIO INSPIRADOR
Nuno Palhas é já quase um veterano na arte do graffiti. Com 29 anos, Nuno conta já 11 a pintar, mas o seu objectivo tem sido quase sempre o mesmo: conseguir chamar a atenção ao maior número de pessoas possível.
"Ao pintar numa parede é sempre possível que alguém ao passar olhe para o que nós fizemos", disse.
Para Nuno Palhas, o graffiti pode também desempenhar um papel social. "Com esta arte podemos embelezar alguns dos edifícios que estão vandalizados", afirmou o artista, que diz conjugar esta paixão com o break-dance e o hip-hop.
A paixão pelo graffiti valeu experiências internacionais a Nuno Palha, que afirma já ter pintado em França e na Alemanha, países onde, confessou, se apercebeu "de que as pessoas têm uma mentalidade diferente em relação a esta arte que é o graffiti".
Quanto à pobreza, tema que dá mote ao concurso, Nuno Palha diz que quis reflectir sobre a sociedade do desperdício.
"O que pretendo demonstrar é que as pessoas mandam muitas coisas para o lixo e que, muitas vezes, aquilo que é um desperdício pode ser a sorte de outros que na-da têm", relatou. n J.C.M.
RAP: FINALISTAS FALAM DAS SUAS PREOCUPAÇÕES
A IMPORTÂNCIA DA MENSAGEM
Tem 27 anos, está no segundo ano da Faculdade de Relações Internacionais e trabalha como vendedor. Nas horas livres treina uma equipa de futebol e escreve. Mário Leão, ou seja, Dyze, tem dezenas de músicas escritas. Entre elas escolheu ‘Máquina do Tempo’ para apresentar neste concurso: reflexão profunda sobre os tempos que correm. Aliás, em todas as canções diz que privilegia a mensagem pois ainda que a música não possa mudar o Mundo "é preciso dar voz aos problemas reais."
CANTAR A PROBREZA ESPIRITUAL
A escola foi palco de um encontro que deu música. Rui e Bernardo, de 17 e 18 anos, respectivamente, passaram a Enigma/Check e o hip-hop a preencher a maior parte dos seus tempos livres. As namoradas são a maior fonte de inspiração e musas que apelidam de "melhores beats".
A pobreza não é um tema normal nas suas rimas, mas uma experiência que por ser diferente foi aliciante. "Tentámos falar mais da pobreza numa vertente espiritual e não tão ligada à material", confessam.
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