EXPOSIÇÕES - 17-10-2008
Lisboa, 15 Out (Lusa) - A exposição que assinala os 50 anos da actuação de Maria Callas no São Carlos, em Lisboa, encerra domingo, com uma cerimónia que contará com a presença da meio-soprano Giulietta Simionato, contemporânea da célebre cantora.
Nascida em 1910, Giulietta Simionato cantou pela primeira vez no Teatro Nacional de São Carlos na temporada de 1952/53. Ao longo de 30 anos de carreira actuou nos principais teatro líricos internacionais e foi amiga de Maria Callas.
Em 1958, Callas cantou em Lisboa "La Traviata" e Giulietta Simionato actuou no São Carlos em "L`italiana in Algeri".
Giulietta Simionato terminou a sua carreira em 1966 e agora desloca-se a Lisboa para assistir à cerimónia de encerramento da exposição que homenageia Callas.
"Maria Callas - A exposição de Lisboa" é uma co-produção do Teatro Nacional de São Carlos e da Fundação EDP e foi inaugurada em Julho, no Museu da Electricidade, tendo recebido já 30 mil visitantes, segundo números da organização.
A mostra, com mais de 600 peças, inclui jóias, vestidos (muitos trajes de cena), objectos pessoais e diversos documentos.
Há um núcleo dedicado à "Traviata de Lisboa" que mostra, por exemplo, um dos cenários originais da ópera protagonizada por Callas e Alfredo Kraus e alguma da correspondência trocada entre o então director do São Carlos, José de Figueiredo, e Ansaloni, agente de Callas, para acertar os detalhes da vinda da cantora.
De entre as peças relacionadas com a vida e a carreira de Maria Callas, a exposição apresenta um vestido que usou na "Tosca", encenada por Franco Zeffirelli, que cantou nos palcos do Covent Garden, da Ópera de Paris e da Metropolitan Opera de Nova Iorque e uma coroa criada por Christian Dior para a "Norma" que estreou na capital francesa em 1965.
Há ainda uma carta da soprano dirigida ao armador grego Aristóteles Onassis (na altura do romance deste com Jacqueline Kennedy), sapatos e chapéus que pertenceram à célebre cantora e uma grande colecção de programas de espectáculos em que participou, alguns dos quais autografados.
A grande maioria das peças pertence à colecção de Bruno Tosi, presidente da Associazione Internazionale Maria Callas, de Veneza, que também estará em Lisboa para o encerramento da exposição.
Maria Callas morreu a 16 de Setembro de 1977, em Paris, aos 53 anos.
© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
RIO - O artista plástico italiano Enrico Bianco chegou ao Brasil depois de deixar um amor na Itália. Passava os dias do ano de 1936 deprimido e tentava encontrar inspiração nas praias cariocas. Até conhecer Paulo Rossi, responsável pela confecção dos azulejos utilizados por Candido Portinari. Para animar o rapaz de apenas 18 anos, Rossi o convidou para conhecer o ateliê de Portinari. Daí pra frente, sua vida mudou. Ele trabalhou durante 18 anos ao lado do pintor e participou ativamente da produção dos painéis que ilustram a sede da ONU, em Nova York.
Para comemorar os 90 anos de Bianco, a galeria Dom Quixote, no Rio Design Barra, preparou uma exposição que traz 50 obras de Portinari, sendo 30 delas inéditas, a partir de quinta-feira (16), às 19h30.
– Ele é um artista excepcional e merece essa homenagem. Antes de conhecer o meu pai, já mostrava que tinha sensibilidade artística. Essa mostra faz jus ao nome de Bianco, que, muitas vezes, fica escondido pelo sucesso de Portinari – conta João Candido Portinari.
A noite de abertura da exposição conta ainda com o lançamento do livro Guerra e Paz, inédito no Brasil e editado pelo Projeto Portinari, para homenagear os 50 anos dos murais da ONU, feitos em setembro de 2007.
- O livro foi uma das coisas que mais me deu alegria dentro do projeto. Essa história estava atravessada na minha garganta. É importante que saibam o quanto Portinari se dedicou ao presente brasileiro oferecido para a ONU. Ele deu a vida por esse trabalho – diz João Candido, que vai estar presente ao lado de Bianco para a noite de autógrafos do livro.
Serviço
Galeria Dom Quixote - Rio Design Barra, Av. das Américas, 7777, Lojas 139 e 140, Barra da Tijuca (2438-7551). 2ª a dom., das 10h às 22h.
Salas vão abrigar mostra sobre Domingos Vandelli até final do ano. Antiga coleção de animais empalhados também foi recuperada.
Criado por D. João VI, em 1818, o Museu Nacional reabriu, nesta quarta-feira (15), cinco salas de exposição que estavam fechadas há oito anos e quase foram destruídas pela ação do tempo, da umidade e dos cupins. Depois de três anos de obras, o museu, que fica na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, reconquistou a nobreza do tempo em que era o palácio do imperador.
O acervo do museu – de volta às vitrines – chama mais a atenção dos visitantes. O esqueleto da baleia, com 17 metros, domina o salão central. A antiga coleção de animais empalhados também foi recuperada e volta a encantar adultos e crianças.
Longe dos olhos do público, no antigo gabinete da imperatriz Teresa Cristina, estão sendo restaurados adereços do teto com o brasão do império. O acervo reúne, ainda, coleções de borboletas e o herbário de D. Pedro II, com espécimes coletadas pelo próprio imperador foi inteiramente recuperado. “O museu vem há muitos anos passando por um processo de reforma e restauração, e isso não vai ter fim nunca, porque mesmo depois de toda a reforma concluída, um prédio com essas características precisa de um processo de manutenção diária”, disse o diretor Sérgio Azevedo.
Mais três anos de reforma
Ainda de acordo com a direção do museu, serão, pelo menos, mais três anos de obras para devolver aos brasileiros o brilho da coleção completa, considerada o maior acervo de história natural da América Latina, quase 20 milhões de peças, de insetos a dinossauros. O Museu Nacional é a mais antiga instituição científica do Brasil. Originalmente denominado de Museu Real, foi incorporado à Universidade do Brasil em 1946. Atualmente o Museu integra a estrutura acadêmica da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O imóvel serviu como residência da Família Imperial brasileira até 1889.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em comemoração ao Dia do Servidor Público, está realizando uma semana de programações voltadas aos funcionários da instituição.
Uma exposição com peças artesanais produzidas pelos servidores, fotos e peças curiosas foi montada no corredor da instituição. O que chama a atenção de quem visita o local são as diversas urnas de votação, em formato de lona e as eletrônicas, que estão sendo expostas mostrando a evolução do processo eleitoral até os tempos de hoje.
Segundo Wanderlan Fonseca, coordenador de eleições, a cada dois anos a mudança nas urnas eletrônicas segue a evolução da tecnologia, buscando cada vez mais agilidade e praticidade no processo eleitoral.
“A urna de lona foi o começo de tudo. A partir de 1996 surgiram as urnas eletrônicas, criando assim o voto informatizado que, no início, foi disponibilizado apenas às capitais do país. De lá para cá, basicamente o que mudou foram o gabinete das urnas, o processamento e a memória cada vez mais rápida. A capacidade de armazenamento de dados também fica maior a cada mudança”, explicou.
Segundo ele, a evolução no processo das eleições ocorre gradativamente. A última inovação, que provavelmente será testada em alguns municípios do Estado nas próximas eleições, é a urna biométrica.
A nova ferramenta oferecerá a identificação digital, através do polegar do eleitor. Nas eleições 2008, a inovação foi testada em três municípios do país, e pretende ser levada a todo o Brasil a partir de 2010.
Segundo Janice Bessa, analista judiciária e uma das coordenadoras da programação, a intenção é de mostrar, através dos artefatos expostos, um pouco da história dos 16 anos do TRE e integrar ainda mais os funcionários do local. “As urnas contam a evolução do processo eleitoral e vão também ao encontro com a história do TRE a cada etapa”, ressaltou.
Além da exposição, estão sendo realizadas competições de canastra e dominó, apresentação de filmes e sessão de massagem, até sexta-feira, quando encerram as programações. Durante a comemoração foi feito ainda um festival gastronômico.
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