ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

16 outubro, 2008

CULTURA, PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL - 17-10-2008

Portugal - Cultura: Arte sacra é "instrumento de evangelização" actual - galerista
Fátima, Santarém, 11 Out (Lusa) -- A arte sacra é "um instrumento de evangelização actual" que enfrenta as mesmas "dificuldades da fé" no mundo moderno, considerou hoje o responsável pela única galeria de arte sacra contemporânea do país, Joaquim Ventura.
Em declarações à margem do primeiro Encontro Nacional dos Artistas Plásticos Criadores de Arte Sacra Contemporânea, que decorre em Fátima, Joaquim Ventura reconheceu que "as dificuldades que a arte sacra enfrenta são as mesmas da fé", uma vez que "a restante arte tenta impor-se à arte sacra".
Para o presidente da Fundação Arca da Aliança, "sem fé não há arte sacra".
Esta ideia está a ser defendida perante cerca de 40 artistas plásticos, que em Fátima participaram já hoje na inauguração de uma exposição na Galeria São Miguel.
O padre Ventura reclama também para Fátima "o título de capital da arte sacra no país".
"Em Fátima há muita arte sacra de qualidade, mas escondida", disse, criticando alguns dos artigos que se comercializam em centenas de estabelecimentos comerciais.
Entretanto, a arte na construção de espaços de culto dedicados à Senhora de Fátima merece destaque numa mostra fotográfica dos principais santuários, igrejas e capelas dedicados em todo o mundo e que está patente na Igreja da Santíssima Trindade.
A exposição, com o objectivo de dar a conhecer os locais até onde se estendeu o culto da Virgem da Cova da Iria, está patente no piso inferior da nova igreja construída no Santuário de Fátima, e dá relevo a catedral dedicada a Nossa Senhora de Fátima Mãe da Paz, em Nampula, Moçambique, que foi o primeiro templo consagrado a Fátima fora de Portugal, em 1956.
Na Igreja da Santíssima Trindade estão patentes fotos de cerca de 150 espaços de culto mariano, mas em todo o mundo, e segundo fonte do santuário português, são mais de um milhar as catedrais, igrejas e capelas que, nos cinco continentes, são dedicadas à Senhora de Fátima.
Entretanto, no Brasil, na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, está a ser projectada a construção de uma réplica da Capelinha das Aparições, em paralelo com um Centro de Estudos Mariano.
Segundo uma comunicação enviada ao Santuário de Fátima, o Arcebispo Metropolitano do Rio de Janeiro, Cardeal Eusébio Óscar Scheid, já existe terreno para a construção da réplica da capela da Cova de Iria e o projecto conta com o apoio de muitos católicos de origem portuguesa.
SYR/JLG.
Lusa
Macau - Círculo de Amigos da Cultura antecipa proposta para Expo de Arte da Ásia
Uma mostra colectiva deixa antever a proposta que Macau vai levar à Exposição de Arte da Ásia em Cantão. O tema que unifica a colectiva é recorrente: a miscigenação de culturasInaugura hoje e prossegue, no próximo dia 24, a mostra, organizada pelo Círculo dos Amigos da Cultura de Macau, de artistas integrados na comitiva local à 23a edição da Exposição Internacional de Arte da Ásia prevista para Cantão até ao fim do ano.
A mostra está organizada em duas partes. A primeira abre, esta tarde, inaugurando também o espaço da Galeria do Albergue, no bairro de São Lázaro. Presentes estarão trabalhos de Bianca Lei, Carol Archer, Christopher Kit Kelen, Gigi Lee, James Chu, José Dores, Li Li, Tong Chong, Un Chi Ian e Yao Jing Ming. No dia 24, cabe a vez aos trabalhos de Anita Fong, Cora Si, Joey Ho, Jose Drummond, Kent Ieong, Manuel Correia da Silva, João O e Tong Jian Ying.
Em declarações ao Hoje Macau, Yao Jing Ming, um dos artistas cuja presença é inédita em iniciativas desta natureza, reconhece o carácter quase ingénuo desta sua participação. “Nunca mostrei as minhas brincadeiras com a pintura. Como faço parte do Circulo de Amigos da Cultura e fui convidado com muita insistência resolvi mostrar publicamente uma destas minhas pinturas”. “Esta é a pintura abstracta que intitulei “Aquele dia””. Yao salta do tema genérico da proposta da exposição ou então não demonstra essa vinculação directa mas pelo menos os visitantes vão ter a oportunidade de ver um trabalho - que o autor insiste em secundarizar - de sobreposição de linguagens: a pintura e a literatura que Yao Jing Ming mais domina. O poeta aproveita para anunciar ao Hoje Macau que se encontra a preparar uma obra de instalação para uma mostra cuja inauguração está agendada para o próximo mês de Fevereiro no Centro de Indústrias Criativas.
A expo cá?
Outra das participantes que vai estar no Albergue é Bianca Lei. A artista, uma das mais veteranas neste tipo de iniciativas, apresenta-se com uma proposta abstracta. “Escolhi um trabalho dentro de uma série de outros, fundamentalmente, de pintura e multimédia a que me tenho vindo a dedicar com mais regularidade”, refere ao Hoje Macau. É uma pintura em que Bianca tentou apropriar o tema que orienta esta exposição. “A harmonia na Ásia não sei, exactamente, como é que se pode ler nesta minha pintura”, nota, “mas, por outro lado, sinto que houve uma certa apropriação desse espírito neste meu trabalho”. Bianca descreve o projecto como um registo algures entre a escultura, a pintura e a instalação. “Não gosto de classificar o meu trabalho nem identificar nenhuma linguagem específica”.Joey Ho, a comissária e participante desta exposição, justifica a pertinência desta mostra inicial com a importância de dar a conhecer ao público local os trabalhos da comitiva de Macau que vai estar presente em Cantão. “A ideia foi dar a conhecer a qualidade e as propostas dos artistas locais. Saber o que se está produzir no campo artístico”, faz notar. Uma ideia continua a prevalecer: “Macau é um espaço de encontro e de miscigenação de culturas”. Com este critério em mente, Joey destaca a proposta “O pintor” de José Drummond em que o artista se apresenta maquilhado segundo o cânone da ópera chinesa de Pequim. A comissária não deixa de revelar que existe ainda a expectativa de “talvez, num futuro próximo, Macau poder vir a acolher a organização e a ser sede da Exposição Internacional de Arte da Ásia”.
Carlos Picassinos
Hoje Macau
Cascavel-PR - Briga e agressões na secretaria de cultura
A disputa pela vaga de secretário da cultura de Cascavel tem motivado, nos últimos meses, uma briga, até pouco tempo limitada aos bastidores da prefeitura, entre secretário e diretor. Tudo começou quando o atual secretário, Júlio César Fernandes, falou da possibilidade de colocar o cargo a disposição, para concorrer a uma vaga no legislativo, tempo depois mudou de idéia e permaneceu na secretaria. Nesse meio tempo, segundo ele, Wanderlei dos Anjos, atual diretor de Cultura, passou a lutar pela vaga e quando soube que ela não estaria mais disponível começou a agredir verbal e fisicamente Júlio, o que motivou a elaboração de dois boletins de ocorrência e termos circunstanciados. “O Wanderlei teve o primeiro ataque aqui na sala ao lado e gritou. Disse que eu tinha dado minha palavra, que eu estava traindo e falou várias palavras de baixo calão, inclusive teve várias testemunhas, que de certa forma até precisaram evitar um confronto físico dele em relação a mim, naquela oportunidade”, revela. A disputa inicialmente velada teve o estopim nesta semana, quando Júlio foi agredido fisicamente em frente a funcionários da secretaria. “Na quinta-feira (09), no início da tarde, desesperado por ver que a previsão dele de que eu seria despedido ainda não aconteceu – pode acontecer a qualquer momento - ele veio aqui e por força queria invadir a sala que era do diretor exonerado Marcos Piaia. Falou que ia se instalar e queria arrombar a porta, mas eu não deixei que ele fizesse isso, pois o Marcos já tirou as coisas dele da sala, mas não quer dizer que é o Wanderlei quem vai ocupar, pois a destinação será dada por mim ou pelo prefeito. Wanderlei não suportou isso e veio para cima de mim; agrediu-me moralmente e se não bastasse me desferiu um tapa no rosto com bastante força”, relata. Mesmo com a briga, secretário e diretor permanecem com seus cargos, mas a comunicação entre eles praticamente inexiste.
Theives Andrade
Gazeta do Paraná
Ribeirão Preto-SP - Cultura para compreender ciência e arte
A palavra cultura, em seu âmago, traz o significado maior de ser "ação de cuidar, tratar e venerar". E, quando cuida, trata e venera algo, para além de vivificar este algo, cinzela o Homem que se está a formar. Nos últimos dias, veiculou-se na imprensa local que estão sendo promovidos, em Ribeirão Preto, um espetáculo teatral, organizado por alunos da graduação em Física Médica da USP-RP, assim como, uma orquestra universitária, também organizada pela referida universidade, para músicos amadores de dentro e fora do campus. O espetáculo, ao se valer de mundos imaginários da física, combinando-os com personagens circenses, comuns ao mundo da infância, mais que tornar o mundo científico mais atraente para as crianças, lhes desperta interesse pelos "mistérios invisíveis", responsáveis por andarmos ou flutuarmos, por a Terra girar sem que, para isso, precisemos perder o equilíbrio, entre outros. Por sua vez, a orquestra para amadores, mais que elevar o nível técnico de futuros vestibulandos de Música, valoriza a aptidão de muitos para a arte e incentiva-lhes a ter sensibilidade para o Belo.Utilizar imaginação e sensibilidade para evocar compreensão do mundo é aprimorar o nível cultural humano, ou seja, mostrar que nossos sentidos existem para nos traduzir o real em sensações que, de modo compartilhado ao que aprendemos nos livros, também afetam nossa reação e relação com o que nos cerca. Formações culturais, que nos aproximem dos conhecimentos científicos e artísticos, nos transformam em pessoas melhores, mais compreensivas e ponderadas, menos agressivas e pessimistas. Revelam-nos que o mundo é uma conta "exata" que "varia" de pessoa para pessoa, de situação para situação.Muito se fala, nestes últimos anos, sobre a necessidade de erradicarmos o analfabetismo funcional das escolas brasileiras. Mas pouco se conseguiu ao dobrarem o número de professores por aluno, o número de computadores nas escolas, o número de livros nas bibliotecas, o número de gratificações aos professores. Talvez porque o que nos falte seja trocarmos os óculos através do qual vemos o problema. Todas estas mudanças devem ser entendidas, sim, como "obrigação" de um governo que almeja o melhor para seus educandos. Entretanto, a "forma" de transmitir este conhecimento, e de o mesmo ser "cobrado", deve, sim, ser reformulada. Como o estão fazendo espetáculo e orquestra acima. Num tempo em que programas multimídia e internet colorem, animam e vivificam conteúdos, urge que o conhecimento seja, também, prazeroso.Cultura para compreender Ciência e Arte é o cinzel que entalha e esculpe o Homem que queremos ter no futuro. Imaginando, nossos cientistas e artistas despertarão para a criação e inovação de tecnologias. Sensibilizados, cuidarão e respeitarão melhor o seu próximo. Cultura para compreender Ciência e Arte é a chave-mestra para conseguirmos cuidar, tratar e venerar a grande riqueza que somos.
Rosemary Conceição dos Santos é doutora em Letras pela USP
Gazeta de Ribeirão
Curitiba-PR - Fachadas ricas em detalhes culturais

Vários estilos arquitetônicos que marcaram época resistem como patrimônio preservado em Curitiba. Aprenda a identificá-los e quais são seus principais elementos.
O centro de Curitiba ainda guarda pedaços da história do desenvolvimento da capital e do estado. São prédios, monumentos e conjuntos arquitetônicos que traduzem tendências de uma época, inovações e revoluções na estética da cidade.
Um passeio, com um pouco de atenção e curiosidade, pode ser uma pequena aula de história ao ar livre. Os estilos usados na arquitetura mostram características culturais, importadas da Europa ou criações e misturas bem brasileiras. “A arquitetura é caracterizada pelo período em que foi construída a obra. Em Curitiba temos um patrimônio histórico tombado e preservado bem interessante no centro”, conta a professora doutora Maria da Graça Santos, do curso de Arquitetura da Universidade Positivo.
Chegou em Curitiba no fim do século 19. Caracteriza-se pelas fachadas ricas em detalhes, com proporção entre os elementos, os capitéis no estilo jônico e dórico, a compoteira e o balaústre (pequenas colunas em formato que lembram garrafas). São exemplos deste tipo de construção o Paço Municipal, em restauração; o Palácio Garibaldi, na Praça João Cândido; a antiga Estação Ferroviária, onde hoje funciona um shopping; além dos prédios nos entornos da Praça Eufrásio Correia. A construção onde hoje funciona a Câmara Municipal também remete a este estilo.
Colonial
Pouco restou em Curitiba das construções desta época, quando a capital servia apenas de paragem para as tropas, ainda no século 18. A Casa Romário Martins, no Largo da Ordem, é um exemplo deste tipo de construção, com soleira de pedra, beiral de telhas e formatos mais rústicos.
Eclético
Empresta formas e conceitos de vários estilos, pricipalmente do neoclássico, usando-os de forma mais livre. Foram construídos nessa época, nos anos 1920, os prédios que compõem o conjunto arquitetônico ao longo da Rua Barão do Rio Branco, onde funcionam bares, restaurantes e comércio, que trazem elementos ornamentais, como as compoteiras (parecidas com vasos) e capitéis (arremates das colunas). O Museu da Imagem e do Som, na Rua Barão do Rio Branco, 395, é exemplo deste estilo.
Art nouveau
Chegando ao Brasil com mais de quatro décadas de atraso em relação à sua origem na França, o movimento introduzido em Curitiba nos anos 1930, acontece ao mesmo tempo que o ecletismo, mas vem para superá-lo. As construções dessa época têm janelas com desenhos mais livres, as portas são curvas e a decoração nas fachadas tem elementos da natureza. A Casa Hoffmann, no Largo da Ordem, 58, e o Belvedere (casa atrás das Ruínas do São Francisco), na Praça João Cândido, são as duas principais obras curitibanas nesse estilo.
Neocolonial
Ganhou força durante as duas décadas seguintes a 1922, quando uma onda ufanista atinge a arte brasileira. Os sobrados localizados na Avenida Visconde de Guarapuava com a Rua Bruno Filgueira são dessa época. Casas com varandas, colunas salomônicas (retorcidas), painéis de azulejo e elementos vazados são alguns detalhes emprestados da arquitetura colonial sacra.
Art déco
Foi a arquitetura característica dos anos 1930 e começou a modificar as fachadas dos prédios que passaram a ter varandas embutidas e composição de formas e volumes geométricos. As construções que se destacam são a Secretaria de Saúde, no cruzamento da Rua Barão do Rio Branco com a André de Barros, e a antiga sede do Clube Curitibano, algumas quadras acima, na esquina com a Rua XV de Novembro. O prédio onde hoje funciona o Hotel Afâmia, na Praça Tiradentes, é o mais representativo, onde é possível ver detalhes da distinção das partes do prédio, como a base, o corpo e o coroamento (topo), decoradas de formas diferentes. A porta de entrada passa a ser na esquina, valorizando-a como acesso ao edifício.
Moderno
Surge para quebrar os padrões. A primeira casa moderna de Curitiba é a Casa Kirchgassner, na região do Alto do São Francisco. As formas são mais valorizadas que os ornamentos. Em Curitiba, o modernismo provocou profundas mudanças já que trouxe um novo padrão aos prédios. As obras encomendadas para comemorar o centenário da emancipação do Paraná, em 1953, como a Biblioteca Pública, o conjunto original do Centro Cívico (Palácio Iguaçu, Tribunal de Justiça e Tribunal do Júri) e o Teatro Guaíra são dessa época, com brises, fachadas envidraçadas e telhados asas de borboleta.
Ricardo Ampudia
Gazeta do Povo

Barra Mansa-RJ - Ruínas de São João Marcos começam a ser mostradas
Na última semana, uma equipe de arqueólogos do Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB) apresentou os trabalhos de reconhecimento da área onde será criado o Parque das Ruínas de São João Marcos. Estiveram no local para acompanhar os arqueólogos o diretor da Light, Mozart Vitor Serra, e o diretor do Instituto Cultural Cidade Viva, Fernando Portella.No local os visitantes puderam avaliar a área e conhecer cada ruína que será restaurada. Carlos Gerhard, arqueólogo do IAB, informou que a primeira etapa, a de reconhecimento, está concluída. Segundo ele, o próximo passo será iniciar as escavações. “Vamos fazer a limpeza da frente das casas e das outras construções e mostrar o que tem. Muita coisa já foi identificada, como prefeitura, câmara, teatro, cadeia, igrejas, a ponte e o paredão. Alguns artefatos também foram achados como louça da época, dobradiças de janelas, peças em cerâmica e metal”, disse Carlos.No local pode-se perceber as pedras que formavam ruas importantes da extinta cidade como a 5 de Julho e a 7 de Setembro, com seus calçamentos arredondados do século XVIII muito conservados. No auge da cidade havia mais de 14 mil habitantes com uma estrutura moderna para a época.O diretor executivo do Instituto Cultural Cidade Viva, Fernando Portella, comentou que a intenção é reviver a cultura do local e tratar a identidade de São João Marcos com respeito. “Será um lugar para atrair turistas, estudantes de Arqueologia, História e alunos das escolas de Rio Claro. Serão oferecidos também alguns empregos. Um memorial será construído no parque para mostrar os artefatos encontrados, inclusive a imagem de São João Marcos”, informou. Fernando disse ainda que será criado um horto para o reflorestamento de áreas próximas ao local do parque. O chefe do Departamento de Turismo de Rio Claro, Alexandre Nogueira de Oliveira, contou que o potencial turístico será muito forte em Rio Claro. “O município está no roteiro integrado da Costa Verde e São João Marcos será um ponto a ser visitado. O projeto tem previsão de início ainda neste ano, e é provável que esteja pronto no início do segundo semestre do ano que vem”, explicou Alexandre.O município terá em breve um grande pólo de turismo cultural. O Parque das Ruínas de São João Marcos está sendo criado graças a um convênio firmado entre a Prefeitura de Rio Claro e a Light, através do Instituto Cultural Cidade Viva. A partir desta proposta a Light repassará recursos da ordem de R$ 1 milhão, através do Instituto Cultural Cidade Viva, para a estruturação do parque.De acordo com a secretária de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Elvira Brum, o objetivo da criação do parque é receber turistas interessados em conhecer esta região, considerada de grande valor histórico cultural. “O parque trará a história de São João Marcos no próprio local, onde tudo aconteceu. Será uma oportunidade de contar essa história”, salientou.O parque ficará às margens da RJ-149 (km 18), que liga Rio Claro a Mangaratiba, e será banhado pelos rios Panelas e do Coco. De fundo, o parque terá a Represa de Ribeirão das Lajes.Elvira disse ainda que a revitalização da RJ-149 (Rio Claro/Mangaratiba) será fundamental para a estruturação do parque. “Com a melhoria da estrada, o parque ganhará um acesso melhor, beneficiando o acesso de visitantes e funcionários”, completou.O IAB está realizando nas ruínas de São João Marcos escavações que visam determinar a área total a ser prospectada para construção do parque, sob autorização e supervisão do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que detém a guarda de todo o material achado. O Instituto de Arqueologia, que tem mais de 48 anos de existência, colocou à mostra parte das estruturas dos principais prédios da antiga cidade. Já foram trabalhadas áreas onde ficavam a prefeitura, o teatro, a cadeia, o matadouro, a Igreja Matriz, a Igreja do Rosário, o Marco do Bicentenário, entre outras. Os investimentos são da Light e a coordenação é do Instituto Cultural Cidade Viva.Elvira disse ainda que inúmeros investimentos são destinados às áreas do distrito de São João Marcos e Macundu. “O objetivo é preparar a comunidade local para o desenvolvimento do turismo que se prevê com o asfaltamento da estrada Rio Claro - Mangaratiba (RJ-l69) e a conclusão das obras do Parque das Ruínas de São João Marcos para o próximo ano de 2009”, finalizou.
Alunos já estudam história local
No último mês foi organizada uma aula de campo nas ruínas históricas de São João Marcos com os alunos da Escola Municipal Luis Ascendino Dantas, que fica no distrito de Macundu. A aula foi aplicada pelos arqueólogos do Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB) que estão trabalhando no lugar.De acordo com a secretária de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Elvira Brum, que está acompanhando todo o projeto, a intenção é fazer com que os alunos comecem a despertar a consciência sobre o valor do patrimônio histórico que Rio Claro possui. “Estas aulas de campo ministradas pelo IAB nos locais em que realiza escavações são de extrema importância. Desta forma será despertada em toda a comunidade a consciência sobre a importância da preservação e conhecimento de nosso patrimônio histórico”, revelou.
Recuperação do AcervoO convênio com a Eletronuclear também possibilita o desenvolvimento da recuperação de todo o acervo documental de São João Marcos. A pesquisa começou em 2004 e conta com seis profissionais que cuidam de todo o processo de recuperação. O acervo possui documentos do legislativo, executivo e judiciário de São João Marcos, além de informações da paróquia, cartório e cemitério. A equipe da Casa de Cultura de Rio Claro é quem cuida de todo o conjunto documental. É feito um minucioso trabalho, em que os documentos são catalogados, diagnosticados, higienizados, tombados e registrados. Depois eles são arquivados em um envelope de papel alcalino, que não deixa o documento se desfazer. Por último é feita a digitalização do conteúdo e o acervo é salvo em CD.A secretária Elvira Brum informou que o acervo é importante para a produção de material para o parque. “O memorial será montado em função desta restauração dos documentos”, disse. A Casa de Cultura também recebe visitas orientadas, onde as pessoas podem aprender mais sobre a história da cidade.
Jornal A Voz da Cidade
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Portugal - Beja: Sete câmaras do Distrito criaram a Rede Urbana para o Património
Sete autarquias, entre elas Beja, como promotora do projecto, criaram ontem a “Rede Urbana para o Património”.
A Câmara Municipal de Beja vai ser a entidade líder de um Programa Estratégico para a Competitividade e a Inovação Urbanas, denominada “Rede Urbana para o Património”, cujo pacto social foi ontem assinado e da qual fazem também partes as autarquias de Aljustrel, Almodôvar, Castro Verde, Mértola, Moura e Serpa.
O documento visa a apresentação de uma candidatura para o desenvolvimento daquele programa, englobado no Eixo 2, do Programa Operacional Regional In Alentejo, lançado pela CCDR Alentejo.
Francisco Santos, presidente da edilidade bejense, espera que o mesmo “seja aprovado”, já que se pode constituir “num vector competitivo e inovador na oferta do património histórico-cultural”.
De acordo com o Pacto para a Competitividade e a Inovação Urbanas, ontem assinado, o investimento total do projecto é superior a 7,5 milhões de euros, 65% suportado pela contribuição comunitária do In Alentejo e o restantes pelas sete autarquias envolvidas na parceira
Teixeira Correia
Rádio Voz da Planície

Rio de Janeiro - Cultura invade ruas das Laranjeiras e Cosme Velho
RIO - As ruas do Vale do Carioca serão tomadas esse fim de semana por atividades culturais. Restaurantes, casarões antigos, praças e centros culturais servirão de palco para os artistas do bairro, que se reunirão para promover a terceira edição do Arte em Laranjeiras e Cosme Velho – bairros que nasceram as margens do Rio Carioca, que foi coberto no século 20. De acordo com a coordenadora do Arte, Leila Victor, o evento cresceu e esse ano vai contar, pela primeira vez, com a adesão total das academias de dança e música da região.
– Faremos apresentações em praças e nas ruas para divulgar o evento. Toda a região estará no clima – adianta Leila. – É uma forma também de divulgar a nossa arte. Queremos mostrar a potência cultural dos artistas desses bairros e ainda ressaltar a nossa arquitetura.
Ao todo, o circuito cultural movimentará sete espaços públicos – Largo do Machado, Praça São Salvador, Praça Ben Gurion, Rua General Glicério, Praça São Judas Tadeu, Rua Pires de Almeida e Largo do Boticário - onde acontecem feiras de artesanato, música, teatro de rua, dança, exposições de fotografia, palestras e cinema.
Exposições coletivas
Diferentemente da última edição – quando os restaurantes foram usados para as exposições – este ano, 21 artistas vão se reunir em apenas dois locais: a histórica Casa dos Abacaxis, no Cosme Velho, e na sede do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), no Flamengo. De acordo com Leila, a diferença entre os dois espaços – ambos terão peças de todos os artistas – é que no casarão a idéia é fazer uma espécie de galeria, enquanto o IAB será mais comercial.
Ainda haverá exposição independente de seis artistas, 19 espaços de arte e cultura com programações especiais, oito restaurantes e ainda dois eventos paralelos: um tour pelos bairros e uma atividade de desafio fotográfico.
Essa é a segunda vez que a estilista da Devassas.com, Lígia Parreira, participa do evento. Ela vai expor peças vintage centro cultural e brechó "Desculpa, mas eu sou chique".
– Participo do Arte em Laranjeiras e Cosme Velho pelo segundo ano consecutivo porque a idéia de lançar o bairro como pólo cultural tem muito a ver com o conceito da minha marca. O evento estabelece comunicação direta com o público e o mesmo acontece a partir de toda a efervescência cultural que surge nos ateliês, centros culturais, brechós e lojas da região – conclui a estilista.
No Cosme Velho, um novo centro cultural
Além de divulgar os artistas do bairro, a terceira edição do Arte em Laranjeiras e Cosme Velho vai registrar o lançamento do Centro Cultural Austregésilo de Athayde – que acaba de receber alvará para funcionar com atividades culturais abertas ao público. Dirigido por Clara Sandroni, neta de Austregésilo, o casarão onde viveu a família do professor, jornalista, cronista e presidente da Academia Brasileira de Letras por 35 anos consecutivos tem como objetivo se firmar como importante pólo de cultura e conhecimento do Rio de Janeiro.
No sábado, o centro cultural apresentará o acervo de Austregésilo com fotos, quadros, medalhas, diplomas, móveis e objetos pessoais. Também estão previstas outras exposições, como "Certidão", sobre o CD do grupo de samba Casuarina; "Hora do Brasil", dos artistas Lena Amorim, Luiz Sombra e Yoav Passy; e ainda a mostra de gravuras de artistas; e declamação dos poemas de Paula Abreu.
Histórico
Austregésilo de Athayde nasceu em Caruaru, Pernambuco, em 25 de setembro de 1898, e faleceu no Rio em 13 de setembro de 1993. Ao longo de sua vida, ele publicou 10 livros, mas seu grande legado foram as centenas de artigos publicados em jornais e revistas desde 1918 até a sua morte. Era um defensor dos direitos humanos e foi membro da comissão que redigiu a Declaração Universal dos Direitos do Homem, sendo seu signatário pelo Brasil.
Carolina Bellei, Jornal do Brasil

Petrobras vai investir R$ 82 milhões em cultura
Chamado de "emissário de papai-noel na área da cultura" pelo ministro Juca Ferreira, o gerente-executivo de Comunicação da Petrobras, Wilson Santarosa, anunciou ontem investimentos de R$ 82,3 milhões no setor. Serão R$ 42,3 milhões por meio de seleções públicas do Programa Petrobras Cultural (PPC), que está em sua 5ª edição, e mais R$ 40 milhões a serem distribuídos por meio de editais do Ministério da Cultura.
O PPC foi apresentado pela atriz Marieta Severo em cerimônia no terraço do Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio. Em discurso, o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, disse que os recursos previstos para cultura estão garantidos, apesar da crise financeira global. Segundo ele, os investimentos poderão até aumentar - isso vai depender do balanço anual da empresa. "As conjunturas e os fenômenos que estamos vivendo não podem afetar o apoio de compromisso que temos para a construção da cultura e de apropriação de bens culturais, principalmente pela população mais carente", disse Gabrielli.
Rouanet - Cerca de mil projetos receberam patrocínio desde a criação do PPC, em 2003. O deste ano foi dividido em duas partes: serão abertas hoje inscrições, no site www.petrobras.com.br, para as áreas de Produção e Difusão (projetos de audiovisual, artes cênicas, música, literatura e cultura digital). Em maio, serão abertas inscrições nas áreas de patrimônio/memória e formação/educação para artes. Uma novidade: o ministério poderá conferir aprovação na Lei Rouanet para projetos finalistas, após análise. O PPC beneficiará pela primeira vez companhias de circo, festivais de música e o setor de cultura digital.
O último PPC recebeu 7 mil inscrições. Juca Ferreira disse que a Petrobras "se tornou a maior parceira do ministério". "Não basta reduzir a desigualdade e levar renda aos mais necessitados. É preciso disponibilizar cultura." Segundo ele, a atual crise deverá encerrar um ciclo, aberto com a queda do Muro de Berlim, em que "o próprio mercado regularia todas as necessidades". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Agencia Estado - AE

Salvador-BA - Crianças e jovens se apresentam no Toldo Cultura
O Toldo Cultura, novo espaço do projeto
Vilerê, estão com suas inscrições abertas para crianças e jovens de Salvador e região metropolitana.
O evento acontece neste sábado, 18, das 10 às 13 horas, no Passeio Público, em uma arena montada em frente ao Teatro Vila Velha.
Para participar das apresentações, que podem ser solo ou em grupo, os interessados devem ter entre 7 e 18 anos.
A inscrição poderá ser feita no próprio Teatro, das 14h às 18h, até a quinta-feira, 16. Serão aceitas diversas modalidades: dança, teatro, música, circo, performances e poesia, entre outras.
A assessoria informa que a inscrição e o acesso às atividades são gratuitos. No ato da inscrição, é importante trazer uma breve descrição do trabalho a ser apresentado e, se possível, algumas fotos.
SERVIÇO:
Toldo Cultura - Vilerê
Sábado - 18/10
Das 10h às 13h
Passeio Público (em frente ao Vila)
Entrada franca
A Tarde Online

Sentidos de Lévi-Strauss
Como parte do ciclo de eventos Sentidos de Lévi-Strauss, o Centro Universitário Maria Antonia, em parceria com o Departamento de Antropologia da FFLCH-USP e do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), apresenta palestras para discutir a obra do antropólogo francês.
Claude Lévi-Strauss iniciou sua carreira no ensino superior na Universidade de São Paulo, na qual permaneceu entre 1935 e 1938, onde recebeu o título de doutor honoris causa.
Em homenagem a seu centenário, Sentidos de Lévi-Strauss abrange um ciclo de debates, que pretende lançar uma reflexão ampliada sobre sua obra, pensando-a do ponto de vista de sua contribuição original para a Antropologia, e nas formas com que influenciou outras áreas do conhecimento como crítica literária, artes, filosofia e psicanálise.
Programa
09/10 18h30 − Claude Lévi-Strauss, fundador do pós-estruturalismo, com Eduardo Viveiros de Castro (Museu Nacional-UFRJ)
Local: IEB-USP
16/1014h − Lévi-Strauss e a dissolução da autonomia do mental, com Vladimir Pinheiro Safatle (Depto. de Filosofia, FFLCH-USP)
Local: IEB-USP
23/1020h − Mito e experiência sensível, com Mariza Werneck (Depto. de Antropologia, PUC-SP)
Local: Centro Universitário Maria Antonia
06/1120h − Lévi-Strauss e sua metamorfose em uma teoria da literatura, com Luiz Costa Lima (Depto. de História, PUC-RJ)
Local: Centro Universitário Maria Antonia
13/1120h − Os Brasis de Lévi-Strauss,Beatriz Perrone-Moisés (Depto. de Antropologia, FFLCH-USP)
Local: Centro Universitário Maria Antonia
27/1120h − Recital e leitura comentada de trechos da obra de Lévi-Strauss, com Márcio Goldman (Museu Nacional-UFRJ) e Tânia Stolze Lima (UFF).
11/1218h30 − O efeito Lévi-Strauss nos EUA e no Brasil, com Manuela Carneiro da Cunha (Depto. de Antropologia, Universidade de Chicago)
Local: IEB-USP
Sentidos de Lévi-Strauss 9, 16 e 23 de outubro, 6, 13 e 27 de novembro e 11 de dezembro
entrada gratuita
Centro Universitário Maria Antonia
3° andar · salão nobre
Informações (11)3255-7182


Crato-CE - Ambientalistas temem fim do Sítio Fundão
Ambientalistas do Crato assinaram um documento que será entregue ao Governo do Estado, advertindo que, se não for montada uma estrutura de fiscalização, o Parque Ecológico do Fundão, recentemente comprado pelo Governo, será destruído. Com a desocupação da única casa construída na área de 100 hectares, o sítio ficou venerável às invasões. O ofício adverte que o escritório local da Superintendência do Meio Ambiente (Semace), não dispõe de infra-estrutura para uma fiscalização eficiente.
O chefe do escritório da Semace no Crato, João Joça Melo, garantiu, no entanto, que a situação está sob controle. Os carros da Semace vão diariamente ao sítio com a finalidade de fiscalizar, mas admite que o problema só deve ser solucionado quando a área for cercada. “Vamos começar do zero. O governo está licitando a cerca do terreno”, disse.Para o professor de História Eldinho Pereira, “apesar de toda a mobilização sócio-ambiental e popular verificada no transcorrer de 2007, e também, do Decreto Estadual nº 29.179 de 8 de fevereiro deste ano, o Parque Estadual Sítio Fundão continua sob ameaça de devastação”. Ele lembra que, nos últimos oito meses, as atenções voltaram-se para a compra do exuberante Sítio Fundão pelo governo estadual e para a formação de uma equipe gestora que ainda não é conhecida.Em uma época de incêndios, nem sempre ocasionais, aumentam os riscos de fogo no local. A Semace, segundo Edinho, não dispõe de estrutura suficiente e o Corpo de Bombeiros encontra-se sucateado. “Pelo que ouvimos, o Plano Diretor da cidade não prioriza o sítio e, por último, as pessoas entram na área para retirar madeira de forma ilegal. Se algo não for feito logo, todo o trabalho realizado por estudantes, professores, ambientalistas e lideranças locais irá abaixo”.O Sítio Fundão será transformado em área de proteção ambiental pela Procuradoria do Patrimônio e do Meio Ambiente do Estado. O Decreto nº 29.179 de 8 de fevereiro deste ano prevê a criação do Parque Estadual do Sítio Fundão, a ser definida como Unidade de Proteção Integral. Publicado no Diário Oficial do Estado, em 11 de fevereiro, o decreto resultou da exposição de motivo da assessoria técnica do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente, que destacou a importância de preservar-se a área a qual apresenta rica biodiversidade e mata nativa, inclusive espécies remanescentes da Mata Atlântica. O Fundão está localizado no sopé da Serra do Araripe, a 3km do Crato, e foi, até este ano, uma propriedade privada. Palco de um inestimável valor cultural, a região preserva o único engenho secular movido à tração animal, resquício da ocupação canavieira, e do sobrado de taipa.
FIQUE POR DENTRO
Degradação ecológica pode ser evitada
A criação do Parque Ecológico do Fundão tem a possibilidade de evitar os problemas constantes de depredação ecológica, resultado da falta de recursos de seus herdeiros para cuidarem sozinhos de uma área de mais de 100 hectares. Agora, sob o domínio público, a situação tende a melhorar consideravelmente, preservando a fauna e a flora, além dos recursos hídricos do lugar. O Sítio Fundão foi preservado graças à consciência ecológica de seu antigo proprietário, Jéferson de Franca Alencar. Enquanto vivo, Jéferson não permitiu, em momento algum, a sua degradação. Hoje, com o crescimento da violência, os herdeiros perderam o controle da reserva, que vem sendo utilizada como ponto de encontro de viciados em drogas. A área já foi atingida por incêndios, que tiveram parte do local comprometido.
ANTÔNIO VICELMO Repórter
Mais informações:
Semace - Crato
(88) 3102.1288
APA do Araripe
Praça do Colégio Estadual
(88) 3521.5138

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