ATUALIDADES - 02-02-09
Bispo que negou Holocausto pede desculpas ao papa
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - Um bispo tradicionalista que despertou ira entre judeus ao fazer declarações negando a existência do Holocausto pediu desculpas ao papa Bento 16 por ter causado "embaraço e problemas desnecessários".
Mas o bispo, Richard Williamson, não se retratou ou retirou os comentários, que ele classificou como "imprudentes" em carta postada nesta sexta-feira em seu blog e enviada ao Vaticano há dois dias.
Williamson -- um dos quatro bispos cujas excomungações foram canceladas pelo papa no último sábado, após 20 anos afastados -- disse em entrevista à televisão sueca há uma semana: "Eu acredito que não houve câmaras de gás".
O bispo disse ainda que não mais que 300 mil judeus morreram em campos de concentração nazistas, ao contrário dos 6 milhões estimados pelos principais historiadores.
A entrevista, gravada em novembro, causou alvoroço entre líderes judeus e católicos progressistas, muitos dos quais consideraram que a conversa colocava em risco o diálogo de 50 anos entre judeus e cristãos.
Entre os que condenaram a entrevista estavam sobreviventes do Holocausto, o rabinato supremo de Israel e o escritor judeu e vencedor do Prêmio Nobel Elie Wiesel.
Na carta endereçada ao cardeal Dario Castrillon Hoyos, oficial do Vaticano responsável pelos contatos com o movimento tradicionalista, Williamson disse:"No meio desta grande tempestade midiática causada pelos meus imprudentes comentários na televisão sueca, eu imploro para que você aceite, respeitosamente, meu sincero pesar por ter causado a você e ao santo padre tamanho embaraço e problemas desnecessários".
Williamson, um britânico, não mencionou o Holocausto e não repudiou seus comentários, como queriam muitos judeus.
O papa Bento 16 expressou sua "total e inquestionável solidariedade" com os judeus na quarta-feira, em uma tentativa de diminuir a crise.
Williamson e outros três bispos foram expulsos há 20 anos quando foram ordenados sem a permissão do papa João Paulo, iniciando a primeira divisão na Igreja em tempos modernos. O papa Bento 16 cancelou as excomungações no último sábado, numa tentativa de pôr fim à divisão.
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - Um bispo tradicionalista que despertou ira entre judeus ao fazer declarações negando a existência do Holocausto pediu desculpas ao papa Bento 16 por ter causado "embaraço e problemas desnecessários".
Mas o bispo, Richard Williamson, não se retratou ou retirou os comentários, que ele classificou como "imprudentes" em carta postada nesta sexta-feira em seu blog e enviada ao Vaticano há dois dias.
Williamson -- um dos quatro bispos cujas excomungações foram canceladas pelo papa no último sábado, após 20 anos afastados -- disse em entrevista à televisão sueca há uma semana: "Eu acredito que não houve câmaras de gás".
O bispo disse ainda que não mais que 300 mil judeus morreram em campos de concentração nazistas, ao contrário dos 6 milhões estimados pelos principais historiadores.
A entrevista, gravada em novembro, causou alvoroço entre líderes judeus e católicos progressistas, muitos dos quais consideraram que a conversa colocava em risco o diálogo de 50 anos entre judeus e cristãos.
Entre os que condenaram a entrevista estavam sobreviventes do Holocausto, o rabinato supremo de Israel e o escritor judeu e vencedor do Prêmio Nobel Elie Wiesel.
Na carta endereçada ao cardeal Dario Castrillon Hoyos, oficial do Vaticano responsável pelos contatos com o movimento tradicionalista, Williamson disse:"No meio desta grande tempestade midiática causada pelos meus imprudentes comentários na televisão sueca, eu imploro para que você aceite, respeitosamente, meu sincero pesar por ter causado a você e ao santo padre tamanho embaraço e problemas desnecessários".
Williamson, um britânico, não mencionou o Holocausto e não repudiou seus comentários, como queriam muitos judeus.
O papa Bento 16 expressou sua "total e inquestionável solidariedade" com os judeus na quarta-feira, em uma tentativa de diminuir a crise.
Williamson e outros três bispos foram expulsos há 20 anos quando foram ordenados sem a permissão do papa João Paulo, iniciando a primeira divisão na Igreja em tempos modernos. O papa Bento 16 cancelou as excomungações no último sábado, numa tentativa de pôr fim à divisão.
Reuters
Lula volta a defender decisão de Tarso de conceder refúgio a Battisti
BELÉM E BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu mais uma vez a medida tomada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, de conceder asilo político ao ex-ativista de esquerda Cesare Battisti. Nesta sexta-feira, durante entrevista coletiva no Fórum Social Mundial, em Belém, no Pará, Lula afirmou que agora a decisão cabe à Justiça, já que o governo italiano anunciou que recorrerá da decisão brasileira. O presidente disse ainda que a relação entre Brasil e Itália não será abalada pelo incidente.
- A relação histórica entre dois países como entre Brasil e Itália não será arranhada por uma decisão brasileira que alguém da Itália não gostou, ou uma decisão da Itália que alguém do Brasil não gostou. Penso que o governo italiano vai entrar com recurso, o que lhe é de direito. Vamos aguardar a Justiça.
" Penso que o governo italiano vai entrar com recurso, o que lhe é de direito. Vamos aguardar a Justiça "
Ao ser perguntado se o Brasil poderia anistiar imigrantes ilegais, o presidente foi taxativo:
- O Brasil pode dar o direito de as pessoas continuarem no Brasil. Esse é um país que tem lição a dar ao mundo sobre o tratamento de imigrantes. Diferentemente de alguns países europeus, alguns países ricos, que acham que o problema do empobrecimento são os coitados dos imigrantes - alfinetou Lula. Em carta, Battisti reafirma que é perseguido na Itália e nega acusações
Battisti divulgou nesta sexta-feira uma nota em que reafirma ser perseguido pelo governo de seu país e se diz vítima de uma campanha com acusações falsas. Numa carta de quatro páginas e escrita à mão, ele diz estar muito tenso e abalado pela demora do Supremo Tribunal Federal (STF) em decidir se autoriza ou não sua extradição para a Itália. "Reafirmo minha condição de perseguido político. Não sou responsável por nenhuma das mortes que (sic) me acusam (...) Fui condenado à revelia em um processo com acusações feitas há mais de dez anos. Meus advogados de confiança foram presos à época e depois foram fabricadas três falsas procurações", disse Battisti, alegando que não teve direito à ampla defesa na Itália.
BELÉM E BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu mais uma vez a medida tomada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, de conceder asilo político ao ex-ativista de esquerda Cesare Battisti. Nesta sexta-feira, durante entrevista coletiva no Fórum Social Mundial, em Belém, no Pará, Lula afirmou que agora a decisão cabe à Justiça, já que o governo italiano anunciou que recorrerá da decisão brasileira. O presidente disse ainda que a relação entre Brasil e Itália não será abalada pelo incidente.
- A relação histórica entre dois países como entre Brasil e Itália não será arranhada por uma decisão brasileira que alguém da Itália não gostou, ou uma decisão da Itália que alguém do Brasil não gostou. Penso que o governo italiano vai entrar com recurso, o que lhe é de direito. Vamos aguardar a Justiça.
" Penso que o governo italiano vai entrar com recurso, o que lhe é de direito. Vamos aguardar a Justiça "
Ao ser perguntado se o Brasil poderia anistiar imigrantes ilegais, o presidente foi taxativo:
- O Brasil pode dar o direito de as pessoas continuarem no Brasil. Esse é um país que tem lição a dar ao mundo sobre o tratamento de imigrantes. Diferentemente de alguns países europeus, alguns países ricos, que acham que o problema do empobrecimento são os coitados dos imigrantes - alfinetou Lula. Em carta, Battisti reafirma que é perseguido na Itália e nega acusações
Battisti divulgou nesta sexta-feira uma nota em que reafirma ser perseguido pelo governo de seu país e se diz vítima de uma campanha com acusações falsas. Numa carta de quatro páginas e escrita à mão, ele diz estar muito tenso e abalado pela demora do Supremo Tribunal Federal (STF) em decidir se autoriza ou não sua extradição para a Itália. "Reafirmo minha condição de perseguido político. Não sou responsável por nenhuma das mortes que (sic) me acusam (...) Fui condenado à revelia em um processo com acusações feitas há mais de dez anos. Meus advogados de confiança foram presos à época e depois foram fabricadas três falsas procurações", disse Battisti, alegando que não teve direito à ampla defesa na Itália.
Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália por envolvimento em assassinatos no fim dos anos 70. O italiano veio para o Brasil em 2004 e, em seguida, o governo italiano pediu a extradição. Berlusconi: Itália 'tentará de tudo' para extraditar Battisti
Também nesta sexta-feira, o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, disse que fará de tudo para convencer o Brasil a extraditar Battisti , mas não quer pôr em risco as "excelentes" relações entre os dois países.
O premiê disse que "tem esperança no sucesso" do apelo italiano ao STF, que vai decidir o caso.
Também nesta sexta-feira, o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, disse que fará de tudo para convencer o Brasil a extraditar Battisti , mas não quer pôr em risco as "excelentes" relações entre os dois países.
O premiê disse que "tem esperança no sucesso" do apelo italiano ao STF, que vai decidir o caso.
O Globo
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