ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

10 setembro, 2010

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 10-9-10

Homossexualidade na América Pré-Colombiana

A revista Arqueologia Mexicana publicou em sua última edição uma série de artigos sobre práticas sexuais das civilizações pré-colombianas.
Entre outras descobertas, grupos de arqueólogos revelaram que a Homossexualidade era algo comum e aceito em algumas sociedades que dominavam o México e a América Central antes da chegada dos conquistadores europeus.
Um dos segredos, que permaneceu oculto por mais de 500 anos, diz respeito ao sexo entre pessoas do mesmo sexo na civilização maia. De acordo com os antropólogos Stephen Houston e Karl Taube, relações sexuais entre rapazes faziam parte de rituais que marcavam a mudança da infância para a idade adulta.
"As relações entre pessoas do mesmo sexo eram próprias do tempo dos ritos de passagem, em que um menino se transformava em um homem. A Homossexualidade está presente em quase todas as culturas pré-colombianas, mas foi abordada de maneiras diferentes pelas diferentes civilizações."
Os artigos afirmam ainda que a aceitação da Homossexualidade deixou espanhóis, católicos e conservadores de queixo caído.
A revista cita também a descoberta de objetos de madeira usados como consolos, esculturas de divindades com características tanto masculinas quanto femininas e da masturbação como prática ligada à fertilização da terra.
Postado por Henrique

Lei autoriza tombamento em S.Caetano
São Caetano poderá finalmente realizar a proteção de bens e imóveis da cidade, considerados históricos ou artísticos, e transformá-los em patrimônios oficiais. Na lista para tombamentos, já estão a antiga Igreja Matriz, no Bairro Fundação, e a atual Matriz Sagrada Família, no Centro. Mas, antes disso, o projeto de lei encaminhado pelo prefeito José Auricchio Júnior (PTB) para a Câmara, deverá ser aprovado - hoje ocorre a primeira discussão e votação da matéria.
De acordo com a Prefeitura, existe no município uma lei de 1988 que dispõe sobre a constituição de conselho de defesa do patrimônio histórico e cultural. Porém, não disciplina os procedimentos para o tombamento. "Até hoje nenhum patrimônio foi tombado na cidade", garante a administração, ao salientar que o objetivo do projeto é justamente tombar patrimônios relevantes na história do município.
Além da proteção do patrimônio histórico, cultural e ambiental, o projeto que será apreciado hoje autoriza a criação do Conprescs (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental do Município de São Caetano do Sul), que será o responsável pela análise dos locais, aprovações dos tombamentos, entre outras funções.
O órgão será formado por nove integrantes. Entre eles, representantes da Prefeitura, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e um arquiteto ou engenheiro que será indicado pela associação da categoria da cidade.
O tombamento é um procedimento adotado que não necessita de projeto de vereadores ou do Executivo. "O processo de tombamento será iniciado a pedido de qualquer interessado, proprietário ou não do bem respectivo, de membro do Conselho, ou órgão técnico de apoio, protocolado junto ao Conprescs", rege o projeto.
Após tombado, se houver o descumprimento das obrigações prevista em lei, havendo destruição ou mutilação do bem imóvel, saída do bem do território municipal sem autorização e falta de comunicação na hipótese de extravio ou furto do bem tombado, o proprietário ficará sujeito a penalidades. As multas podem chegar a R$ 100 mil. Assim, os imóveis que entrarem para o hall de patrimônio oficial não poderão sofrer modificações em suas estruturas originais. Nas possíveis reformas, as características terão de ser mantidas.
Igrejas - O projeto do Executivo deve ser aprovado hoje, em primeira discussão, por unanimidade. Isso porque todos os vereadores já demonstraram ser favoráveis ao processo de tombamento em outras ocasiões.
Uma delas foi quando o vereador e presidente da Casa, Gersio Sartori (PTB), criou neste ano propositura solicitando o tombamento da igreja Matriz Sagrada Família. "Ela faz parte de nossa história e até hoje a paróquia recebe os fiéis da comunidade, que com amor, dignificam a igreja e sempre cumprem as festividades e as missas", destaca o vereador
Na época, o parlamentar pediu vistas da matéria dizendo que iria verificar primeiramente com a Prefeitura os procedimentos necessários para realizar o tombamento. "O projeto está com pedido de vistas, pois deveremos primeiro aprovar o projeto do Executivo, para avaliar e dar o parecer quanto ao pedido de tombamento histórico."
Aliás, segundo a administração, o projeto de lei do Executivo foi primeiramente discutido entre os vereadores e o prefeito. Inclusive, Sartori seria um dos responsáveis para a concretização da matéria.
Jessica Cavalheiro
Do Diário do Grande ABC

Museu do poeta de 32 vai reabrir em outubro
Após cerca de três anos fechada, a Casa Guilherme de Almeida, museu que preserva a coleção de obras de arte, livros raros, móveis, objetos pessoais e roupas do poeta Guilherme de Almeida, integrante da Semana de Arte Moderna de 1922 e autor do poema em homenagem aos combatentes da Revolução de 32 que está no Obelisco do Ibirapuera, reabrirá no dia 16 de outubro, em Perdizes, zona oeste de São Paulo.
Neste período, a Casa foi restaurada e ampliada e recebeu rampas e uma estrutura para um elevador panorâmico que facilita a entrada de portadores de deficiência. O acervo também teve investimentos. As obras de arte, que incluem retratos em grandes telas a óleo de Almeida e da mulher do poeta, Baby de Almeida, feitos por modernistas como Lasar Segall, foram recuperadas. Há ainda uma ilustração da casa feita pelo próprio poeta na década de 1940.
Já os cerca de 6 mil títulos da biblioteca, que incluem raridades do século 18, foram higienizados e catalogados. "Os pesquisadores e interessados poderão conferir quais são os títulos do arquivo e agendar uma visita para consultar o exemplar", explica o diretor da Casa Guilherme de Almeida, Marcelo Tápia.
"Há exemplares da primeira edição de títulos como Pauliceia Desvairada, de Mário de Andrade, e Alguma poesia, de Carlos Drummond de Andrade, por exemplo, todos com dedicatória ao poeta", comenta Tápia. De acordo com o diretor, todo o procedimento foi feito pela Secretaria do Estado de Cultura.
De acordo com Tápia, o espaço para atividades culturais, como contação de histórias, saraus e apresentações musicais, está sendo ampliado com a instalação de toldos retráteis e prolongamentos removíveis.
"Teremos um centro de estudos em tradução literária, atividade também desempenhada pelo escritor", comenta. "Enquanto a casa esteve fechada, fizemos essas atividades na Casa das Rosas e no Museu da Língua Portuguesa, o que tornou a Casa Guilherme de Almeida ainda mais conhecida hoje do que antes da paralisação."
A exposição permanente conta com as pinturas que pertenceram ao casal Almeida dispostas nas paredes e os objetos pessoais, na própria mobília. "Também teremos vitrines na casa, para outras exposições", diz Tápia. A Secretaria de Estado da Cultura afirma que o custo total do projeto ainda não foi calculado.
História. Durante quase três décadas, o poeta e modernista Guilherme de Almeida respondeu, por meio de sua arte, à pergunta feita pelos amigos em 1946, quando se mudou para a casa. "Que ideia a sua, morar naquele fim de mundo", comentavam, referindo-se à escolha dele de residir no sobrado número 187 da Rua Macapá, em Perdizes, um bairro até então pouco habitado.
"O lugar era tão alto e tão sozinho que eu nem precisava erguer os olhos para olhar o céu, nem baixar o pensamento para pensar em mim", justificou o escritor, em uma composição inspirada no imóvel, que ele chamava de Casa da Colina. Frequentavam o local o escritor Oswald de Andrade, o escultor Victor Brecheret e as pintoras Tarsila do Amaral e Anita Malfatti.
Depois da morte do poeta, em 1969, sua mulher, Baby de Almeida, vendeu todo o acervo de livros, obras de arte e objetos pessoais do marido para o Estado, que transformou o imóvel no museu Casa Guilherme de Almeida, em 1979, preservando a decoração e os móveis de todos os cômodos.
Com a reabertura, os visitantes poderão conferir no terceiro andar da casa a vista que Almeida tinha de seu escritório. "Era lá que ele compunha e descansava. A construção seguiu o estilo parisiense", afirma Tápia. A ideia da direção da Casa é organizar ainda caminhadas pelo bairro.
Na semana passada, a Prefeitura deu o nome de Praça Casa da Colina a uma área próxima do imóvel que pertenceu a Guilherme de Almeida. Ela fará parte do roteiro de caminhadas do museu.
Quem foi Guilherme de Almeida:
Um dos integrantes do Movimento Modernista, Guilherme de Almeida foi autor de poemas, crônicas e traduções. É dele o poema que está no Obelisco do Ibirapuera, em homenagem aos combatentes da Revolução de 32.
Estadão.com.br

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