CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 15-9-10
Tragédia do Butantã ronda museus científicos
O incêndio do Butantã, em maio, levou preocupação para os demais museus científicos. E, apesar de muitas instituições reconhecerem problemas semelhantes aos do museu de São Paulo, não têm recursos para solucioná-los.
A diretora do Museu Nacional, Claudia Carvalho, reconhece que falta treinamento contraincêndio na instituição do Rio. "Os extintores são trocados periodicamente e estão dentro da validade, mas falta treinamento. Muitas pessoas não sabem usar o extintor", disse ela, ressaltando ser "uma delas". A coleção é formada por cerca de 20 milhões de itens distribuídos nos acervos botânico, zoológico, geológico e antropológico.
Nilson Gabas Junior, diretor do Museu Paraense Emílio Goeldi, conta que recentemente a equipe se deu conta de um erro que era cometido no local. Como o álcool era comprado uma vez ao ano por meio de licitação, pesquisadores "estavam armazenando o álcool nas suas salas e nos corredores". O acervo de zoologia do museu conta com cerca de 2,2 milhões de espécimes.
Ele apontou como algumas das demandas físicas do Goeldi a "reforma dos sistemas elétricos de todos os prédios que abrigam coleções, utilizando materiais de alto padrão de segurança e a instalação de sistemas ativos anti-incêndio, adequados a cada acervo". Também abordou a necessidade de adquirir armários corta-fogo.
O diretor do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZ-USP), Hussam Zaher, considera necessário adotar medidas emergenciais. "Aqui temos 10 milhões de espécimes na coleção", calcula Zaher. "Um incêndio causaria uma tragédia maior que a do Butantã." Ele aponta que a atual reitoria da USP deseja transferir o museu do Ipiranga para a Cidade Universitária, na zona oeste de São Paulo. "As coleções cresceram exponencialmente nas últimas décadas. Precisamos de espaço", afirma.
Na 62.ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, realizada no mês passado, em Natal, pesquisadores de todo o País defenderam investimentos nos museus. "É preciso fazer um consórcio interministerial para que se consiga uma manutenção adequada para a preservação dos acervos", diz Miguel Trefaut Rodrigues, da USP. Ele, que já foi diretor do Museu de Zoologia, ressalta que as coleções são ferramentas fundamentais para a educação dos graduandos.
O Estado de São Paulo.
Trólebus pode virar Patrimônio Histórico de São Paulo
O Vereador Abou Anni (PV/SP) apresentou projetoa na Prefeitura de abertura de Tombamento do Bem Material, Trólebus Paulistano, para que esta modalidade de transporte se torne um patrimônio histórico da cidade de São Paulo.
A iniciativa em defesa da relevância e importância do ônibus elétrico, como transporte público que ainda faz parte do cotidiano de muitos passageiros foi o envio do oficio 24º GV/ nº 60/2010 reiterado por outros 24º GV/ nº 133/2010 e 24º GV/ nº 362/2010 para a Secretaria Municipal de Cultura e Departamento de Patrimônio Histórico da PMSP.
Hoje a cidade têm 219 trólebus que opera 13 linhas pela empresa Himalaia Transportes Ltda. O clima de insegurança dos trabalhadores e usuários que a cada dia presenciam o abandono pela falta de investimentos na manutenção de redes, reforma e aquisição de novos carros, tem preocupado o parlamentar.
Na opinião de Abou Anni mesmo com a resposta enviada pelo Órgão Público assinada pelo Diretor Presidente Valter Purês, que afirma “que qualquer resposta a respeito de propostas de tombamento requerem uma análise apoiada em pesquisa histórica...”
“Eles enviaram o oficio nº 182/DPH-G/2010 onde consta que o Departamento de Patrimônio Histórico da Cidade, instaurou o processo administrativo 2010-0.230.473-0 que trata da abertura de estudo de tombamento para os trólebus paulistano, e que em breve deve passar pelo CONPRESP para deliberação. Não é solução definitiva, mas já conseguimos dar passos importantes” disse.
Nailton Francisco
Prefeitura de Salvador recebe R$ 6,5 milhões para escorar casarões
De acordo com a Setin, serão priorizados entre os prédios mais precários os de valor arquitetônico
Já está na conta da prefeitura municipal a verba de R$ 6,5 milhões para escoramento e manutenção de 111 casarões do Centro Histórico da cidade que são tombados pelo patrimônio público. O dinheiro foi liberado pelo Ministério da Integração Nacional. Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal dos Transportes e Infraestrutura (Setin), o dinheiro foi depositado anteontem.
Apesar de já ter identificado quais prédios serão escorados, a Defesa Civil Municipal, em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), não informou quando e por onde o trabalho começa. De acordo com a Setin, serão priorizados entre os prédios mais precários os de valor arquitetônico.
Correio da Bahia
Marcadores: cultura, patr. cultural, patr. histórico
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial