CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 30-03-09
Grupo protesta contra ações da Secretaria de Cultura no RS
Manifestantes estavam vestidos com pijamas e calçando pantufas.Representantes do governo e artistas se reúnem na próxima semana.
Manifestantes estavam vestidos com pijamas e calçando pantufas.Representantes do governo e artistas se reúnem na próxima semana.
Artistas protestam contra ações da Secretaria Estadual de Cultura (Foto: Jefferson Botega/Zero Hora/Ag. RBS)
Cerca de 50 pessoas ligadas a grupos de teatro de Porto Alegre realizaram um protesto nesta tarde de sexta-feira (27), em frente ao Centro Administrativo do Estado. Os manifestantes estavam vestidos de pijamas e calçando pantufas e chinelos. Depois de um início de tumulto, quando a segurança tentou fechar a porta do Centro Administrativo, o grupo teve uma audiência com a secretária de Cultura, Mônica Leal. Artistas e representantes da Secretaria de Cultura devem voltar a se reunir na próxima segunda-feira (30).
G1
(*com informações do Zero Hora)
Mudanças na Lei Rouanet são bem recebidas por senadores
As mudanças propostas pelo governo para a Lei Rouanet foram bem recebidas pelos senadores que participaram, nesta quarta-feira (25), de audiência pública com o ministro da Cultura, Juca Ferreira, promovida pela Comissão de Educação, Esporte e Cultura (CE). O presidente da CE, senador Flávio Arns (PT-PR), lembrou que o tema do financiamento à cultura tem sido objeto de "discussão permanente" na comissão.
Um dos proponentes da audiência, o senador Gerson Camata (PMDB-ES) afirmou que a Lei Rouanet "esgotou o seu papel" e tem mesmo que ser alterada. Ele elogiou a implantação do Vale Cultura, que permitirá maior acesso da população aos bens culturais, e defendeu a descentralização dos recursos destinados à cultura, atualmente concentrados principalmente nos estados de Rio de Janeiro e São Paulo.
A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) elogiou a decisão do ministro de enfrentar a questão da "privatização" dos recursos do setor. Em sua opinião, existe atualmente no país um "dirigismo sob a ótica mercantil", por meio do qual empresas que não usam recursos próprios - mas sim os provenientes de renúncia fiscal - decidem onde aplicar os recursos.
O senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) pediu maior atenção do governo a tradicionais movimentos culturais do Nordeste, como os folguedos populares. Ele lamentou que os grandes patrocinadores culturais não olhem para "o DNA cultural" da região.
A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) disse nunca ter visto o Estado dar prioridade à cultura e a considerá-la como "elemento de cidadania". Por isso, observou, a cultura fica sempre em segundo plano na hora de elaboração dos orçamentos públicos. Marisa pediu apoio aos movimentos culturais da região de fronteira, aí incluído o estado do Mato Grosso do Sul, e à implantação de cursos técnicos destinados à formação de funcionários para bibliotecas em todo o país.
O estímulo ás bibliotecas também foi defendido pelo senador Augusto Botelho (PT-RR). Ele citou o exemplo de Roraima, onde as bibliotecas têm estrutura precária, não são refrigeradas e acabam afastando possíveis usuários. O senador Romeu Tuma (PTB-SP), por sua vez, defendeu a implantação de bibliotecas em favelas e bairros populares.
Marcos Magalhães / Agência Senado
São Paulo inaugura museu Catavento Cultural com atrações interativas
São Paulo - Espaço tem oito mil metros quadrados de atrações tecnológicas para educar sobre arte, história, geografia e ciência.
Um novo espaço para iniciação científica abriu para visitação nesta sexta-feira (27/03). O Catavento Cultural é uma espécie de museu cultural e educacional voltado ao público jovem e traz atrações interativas de diversas áreas como artes, história, ciências e geografia.Ao todo, são oito mil metros quadrados e 250 atrações que tentam representar o mundo: tanto aquele natural, que o homem encontrou, quanto aquele que ele criou.Nas quatro seções - Universo, Vida, Engenho e Sociedade - vídeos, painéis e maquetes são utilizados como suporte didático, explorando ao máximo a interatividade.
Cerca de 50 pessoas ligadas a grupos de teatro de Porto Alegre realizaram um protesto nesta tarde de sexta-feira (27), em frente ao Centro Administrativo do Estado. Os manifestantes estavam vestidos de pijamas e calçando pantufas e chinelos. Depois de um início de tumulto, quando a segurança tentou fechar a porta do Centro Administrativo, o grupo teve uma audiência com a secretária de Cultura, Mônica Leal. Artistas e representantes da Secretaria de Cultura devem voltar a se reunir na próxima segunda-feira (30).
G1
(*com informações do Zero Hora)
Mudanças na Lei Rouanet são bem recebidas por senadores
As mudanças propostas pelo governo para a Lei Rouanet foram bem recebidas pelos senadores que participaram, nesta quarta-feira (25), de audiência pública com o ministro da Cultura, Juca Ferreira, promovida pela Comissão de Educação, Esporte e Cultura (CE). O presidente da CE, senador Flávio Arns (PT-PR), lembrou que o tema do financiamento à cultura tem sido objeto de "discussão permanente" na comissão.
Um dos proponentes da audiência, o senador Gerson Camata (PMDB-ES) afirmou que a Lei Rouanet "esgotou o seu papel" e tem mesmo que ser alterada. Ele elogiou a implantação do Vale Cultura, que permitirá maior acesso da população aos bens culturais, e defendeu a descentralização dos recursos destinados à cultura, atualmente concentrados principalmente nos estados de Rio de Janeiro e São Paulo.
A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) elogiou a decisão do ministro de enfrentar a questão da "privatização" dos recursos do setor. Em sua opinião, existe atualmente no país um "dirigismo sob a ótica mercantil", por meio do qual empresas que não usam recursos próprios - mas sim os provenientes de renúncia fiscal - decidem onde aplicar os recursos.
O senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) pediu maior atenção do governo a tradicionais movimentos culturais do Nordeste, como os folguedos populares. Ele lamentou que os grandes patrocinadores culturais não olhem para "o DNA cultural" da região.
A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) disse nunca ter visto o Estado dar prioridade à cultura e a considerá-la como "elemento de cidadania". Por isso, observou, a cultura fica sempre em segundo plano na hora de elaboração dos orçamentos públicos. Marisa pediu apoio aos movimentos culturais da região de fronteira, aí incluído o estado do Mato Grosso do Sul, e à implantação de cursos técnicos destinados à formação de funcionários para bibliotecas em todo o país.
O estímulo ás bibliotecas também foi defendido pelo senador Augusto Botelho (PT-RR). Ele citou o exemplo de Roraima, onde as bibliotecas têm estrutura precária, não são refrigeradas e acabam afastando possíveis usuários. O senador Romeu Tuma (PTB-SP), por sua vez, defendeu a implantação de bibliotecas em favelas e bairros populares.
Marcos Magalhães / Agência Senado
São Paulo inaugura museu Catavento Cultural com atrações interativas
São Paulo - Espaço tem oito mil metros quadrados de atrações tecnológicas para educar sobre arte, história, geografia e ciência.
Um novo espaço para iniciação científica abriu para visitação nesta sexta-feira (27/03). O Catavento Cultural é uma espécie de museu cultural e educacional voltado ao público jovem e traz atrações interativas de diversas áreas como artes, história, ciências e geografia.Ao todo, são oito mil metros quadrados e 250 atrações que tentam representar o mundo: tanto aquele natural, que o homem encontrou, quanto aquele que ele criou.Nas quatro seções - Universo, Vida, Engenho e Sociedade - vídeos, painéis e maquetes são utilizados como suporte didático, explorando ao máximo a interatividade.
O Catavento teve investimento de 20 milhões de reais, feito pela Secretarias de Estado da Cultura e da Educação de São Paulo e administrado sob a supervisão da Secretaria da Cultura.
Ele fica no Palácio das Indústrias – Parque Dom Pedro II, região central da capital paulista e está aberto de terça a domingo, das 9h às 17h (a bilheteria fecha às 16h). Mais informações no site Catavento Cultural.
IDG Now
Porto Alegre-RS - Centro redescobre o Edifício Hermann
Mutirão limpou fachada de prédio construído nos anos 40 na Capital.
De luvas de borracha e espátulas na mão, um grupo ligado a uma organização não governamental dedicou a manhã de ontem para oferecer um presente para Porto Alegre na semana do seu aniversário.
IDG Now
Porto Alegre-RS - Centro redescobre o Edifício Hermann
Mutirão limpou fachada de prédio construído nos anos 40 na Capital.
De luvas de borracha e espátulas na mão, um grupo ligado a uma organização não governamental dedicou a manhã de ontem para oferecer um presente para Porto Alegre na semana do seu aniversário.
Foram necessários mais de 30 sacos de lixo para comportar a grande quantidade de cartazes de publicidade retirada da fachada do Edifício Hermann, uma construção da década de 40, situada na esquina das ruas dos Andradas e Uruguai. O granito e o estilo eclético do prédio foram redescobertos pela população que frequenta o centro da cidade após a limpeza.
A faxina foi uma ação da Rede de Amigos do Centro Histórico (Amich), organização criada no ano passado para preservar a região mais antiga do município. A entidade reuniu cerca de 25 pessoas em torno do edifício, retirando camadas e mais camadas de papel.
A presidente do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural, Rita Chang, que também é uma das coordenadoras do Amich, afirma que a associação pretende, em maio, promover limpezas na Praça da Matriz e nas paradas de ônibus.
Zero Hora
Porto Alegre-RS - Voluntários trabalham na limpeza de prédios históricos da Capital
Zero Hora
Porto Alegre-RS - Voluntários trabalham na limpeza de prédios históricos da Capital
Ação é desenvolvida pela Rede de Amigos do Centro Histórico
Na véspera do aniversário de Porto Alegre, um grupo de voluntários começou um trabalho para revitalizar uma das áreas mais importantes da cidade. Eles estão limpando prédios históricos do centro da Capital.A primeira ação, desenvolvida pela Rede de Amigos do Centro Histórico, foi em um antigo prédio construído na década de quarenta, que começou a ser redescoberto graças ao trabalho de voluntários que acreditam no potencial turístico e econômico do centro de Porto Alegre.— A gente espera que a partir disso aqui o pessoal cuide e não cole mais cartazes. Que as pessoas se sintam compromissadas com a cidade que é a nossa casa mais ampla — comenta a presidente do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico Cultural, Rita Chang.
Zero Hora
São Paulo-SP - Após pressão, Santa Ifigênia não será mais desapropriada
Relatório que vai à votação hoje na Câmara sugere também extensão de incentivos da Nova Luz.
A maior parte dos imóveis da Santa Ifigênia não poderá ser desapropriada durante o processo de concessão da Nova Luz. Segundo as diretrizes do relatório elaborado pelo líder de governo e relator do projeto na Câmara Municipal, vereador José Police Neto (PSDB), "um dos objetivos é potencializar a vocação comercial da região". O parlamentar também indica que quadras com imóveis tombados não poderão ser desapropriadas - os 8 quarteirões da Santa Ifigênia têm estabelecimentos protegidos pelo patrimônio histórico.Segundo Police Neto, "os indicativos do relatório dão força para a permanência dos lojistas na região", maior reduto de venda de produtos eletrônicos no País.
Na véspera do aniversário de Porto Alegre, um grupo de voluntários começou um trabalho para revitalizar uma das áreas mais importantes da cidade. Eles estão limpando prédios históricos do centro da Capital.A primeira ação, desenvolvida pela Rede de Amigos do Centro Histórico, foi em um antigo prédio construído na década de quarenta, que começou a ser redescoberto graças ao trabalho de voluntários que acreditam no potencial turístico e econômico do centro de Porto Alegre.— A gente espera que a partir disso aqui o pessoal cuide e não cole mais cartazes. Que as pessoas se sintam compromissadas com a cidade que é a nossa casa mais ampla — comenta a presidente do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico Cultural, Rita Chang.
Zero Hora
São Paulo-SP - Após pressão, Santa Ifigênia não será mais desapropriada
Relatório que vai à votação hoje na Câmara sugere também extensão de incentivos da Nova Luz.
A maior parte dos imóveis da Santa Ifigênia não poderá ser desapropriada durante o processo de concessão da Nova Luz. Segundo as diretrizes do relatório elaborado pelo líder de governo e relator do projeto na Câmara Municipal, vereador José Police Neto (PSDB), "um dos objetivos é potencializar a vocação comercial da região". O parlamentar também indica que quadras com imóveis tombados não poderão ser desapropriadas - os 8 quarteirões da Santa Ifigênia têm estabelecimentos protegidos pelo patrimônio histórico.Segundo Police Neto, "os indicativos do relatório dão força para a permanência dos lojistas na região", maior reduto de venda de produtos eletrônicos no País.
As novas diretrizes para o projeto Nova Luz, considerado prioridade desta gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM), ocorreu uma semana após lojistas protestarem contra o projeto, na sede do Legislativo. Mais flexível, o Nova Luz, que também leva embutido o texto que prevê as concessões urbanísticas de bairros inteiros, deverá ser votado em primeira discussão hoje. Para isso, o novo relatório do líder de governo terá de ser aprovado antes, às 14 horas, na Comissão de Política Urbana - a aprovação nos dois casos era dada como certa por lideranças governistas ontem. O relatório também recomenda que os mesmos incentivos fiscais concedidos aos futuros proprietários de imóveis da Nova Luz sejam estendidos a lojistas da Santa Ifigênia. "Ali existe um comércio forte e ativo que não pode ser retirado", declarou Police Neto.
Favorável à retirada da Santa Ifigênia do processo de concessão, o líder do DEM, Carlos Apolinário, afirmou que o governo encontrou "uma fórmula técnica" para impedir a desapropriação da área. "Desde o começo das discussões, percebi que o perímetro da Santa Ifigênia não pode entrar na concessão."Antes do relatório com as novas diretrizes, o projeto da Nova Luz era resumido em dois artigos no projeto de concessão urbanística.
A nova diretriz no projeto, porém, foi recebida com ceticismo pelos lojistas. A Associação de Comerciantes da Santa Ifigênia move ação civil pública no Ministério Público Estadual contra o que chama de "terceirização do bairro". Os lojistas acham que eles poderão ser retirados do bairro por futuros concessionários. "O Plano Diretor pode mudar depois o projeto de concessão urbanística", diz Paulo Garcia, presidente da associação. DIVISÃOA concessão de Nova Luz engloba a recuperação de 750 imóveis que devem ser desapropriados e R$ 2 bilhões de investimentos na área conhecida como cracolândia. Outra reivindicação de comerciantes da Santa Ifigênia e vereadores da oposição é a divisão do projeto: um para a concessão urbanística e outro para o Nova Luz. Isso pode ocorrer após a primeira votação.
FELIPE GRANDIM
Estadao.com.br
São Paulo-SP - Repaginado, Cine Marabá reabre e resgata o glamour
A partir de abril, cinema chique da década de 1950 volta à ativa com sessões comerciais
SÃO PAULO - Era para ser um restauro rápido, coisa de três meses, quatro talvez, no máximo um semestre. Mas, como toda promessa de reforma em São Paulo, o projeto de revitalização do histórico Cine Marabá atrasou (e muito), à espera de todas as aprovações burocráticas na Prefeitura, dos prazos cada vez mais esticados dos engenheiros e da tão propagada renovação do centro da capital. Depois de 20 meses totalmente fechado - e ainda sem a definição de como será possível reerguer a zona central da cidade, de como oferecer segurança às pessoas e de como trazer mais moradores para a área -, o Marabá promete finalmente abrir as portas no mês que vem para tentar encontrar algumas dessas respostas. "O projeto serve para mostrar que a revitalização do centro só poderá existir por meio da cultura.
Estadao.com.br
São Paulo-SP - Repaginado, Cine Marabá reabre e resgata o glamour
A partir de abril, cinema chique da década de 1950 volta à ativa com sessões comerciais
SÃO PAULO - Era para ser um restauro rápido, coisa de três meses, quatro talvez, no máximo um semestre. Mas, como toda promessa de reforma em São Paulo, o projeto de revitalização do histórico Cine Marabá atrasou (e muito), à espera de todas as aprovações burocráticas na Prefeitura, dos prazos cada vez mais esticados dos engenheiros e da tão propagada renovação do centro da capital. Depois de 20 meses totalmente fechado - e ainda sem a definição de como será possível reerguer a zona central da cidade, de como oferecer segurança às pessoas e de como trazer mais moradores para a área -, o Marabá promete finalmente abrir as portas no mês que vem para tentar encontrar algumas dessas respostas. "O projeto serve para mostrar que a revitalização do centro só poderá existir por meio da cultura.
Espero que seja um passo importante para a região retomar sua importância", diz o arquiteto Ruy Ohtake, que começou a esboçar as primeiras linhas da reforma do cinema para o grupo Playarte ainda em 1999. Inaugurado em 17 de maio de 1945 com o filme Desde que Partiste, clássico com Shirley Temple e Claudete Colbert, no número 757 da Avenida Ipiranga, o Marabá teve de passar por uma enorme reformulação para abrigar o público atual dos multiplexes. No lugar da sua gigantesca sala de 2.720 metros quadrados com 1.438 lugares, contando as poltronas da plateia e do balcão, o lugar agora terá cinco salas menores, todas ovais, com capacidades que variam de 120 a 450 pessoas.
O problema do falta de vagas de estacionamento (e da falta de garagens subterrâneas, projeto da Prefeitura que está há seis anos no papel) será resolvido com um valet na porta. Já para não ferir os preceitos do tombamento do endereço, determinado ainda na década de 1990 pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico de São Paulo (Conpresp), vários elementos arquitetônicos tiveram de ser preservados. A fachada do Marabá no estilo eclético, com seus ornamentos rendilhados, foi um deles. O hall, com paredes revestidas com mármore de Carrara e colunas que alcançam até o mezanino, também foi totalmente restaurado."A fachada e o hall do Marabá são muito detalhados, delicados, então o restauro acabou demorando por ter sido feito de forma muito rigorosa", diz Ohtake. "Mantivemos todos esses elementos importantes do cinema, como o pé direito duplo e parte da plateia. De resto, tentei fazer um projeto lúdico, com salas ovais, até para aproveitar o espaço e fazer algo moderno."
Cinelândia
Nas décadas de 1950 e 1960, o Cine Marabá era um dos lugares mais chiques do centro, onde o uniforme obrigatório era black-tie e vestido longo. Ali foi lançado Caiçara, o primeiro filme da Vera Cruz, em uma noite de gala. Nas décadas de 1980 e 1990, o Marabá continuou ativo, agora com predileção por filmes de ação, se tornando o segundo cinema do País em bilheteria, perdendo apenas para o Cine Brasil, de Belo Horizonte. Com as portas reabertas agora em abril (a Assessoria de Imprensa da Playarte promete para a primeira quinzena), o Marabá também poderá servir de testamento de uma época em que reinavam espaços extremamente requintados e hoje extintos, como o Cine Marrocos, o Comodoro, o Art-Palácio, o Paissandu, o Paulistano... "O Marabá merece o esmero, ele foi construído na época áurea da Cinelândia, quando havia 14 cinemas ali. Foi um dos únicos que sobreviveram", conta Ohtake, ansioso por ver seu projeto finalmente ganhar vida. "O centro precisa justamente resgatar a importância de locais como esse."
Rodrigo Brancatelli
Estadao.com.br
Grécia devolve murais do século 13 à Itália
ATENAS (Reuters) - A Grécia devolveu à Itália dois murais contrabandeados de uma Igreja italiana há mais de 20 anos, informou o Ministério da Cultura nesta terça-feira.
Os afrescos, datados do século 13, foram roubados de uma Igreja na região de Campania, no sul do país, em 1982. A polícia grega encontrou-os em 2006 em uma pequena ilha em Aegean, no sul da Grécia, durante uma operação anticontrabando.
"Este é mais um passo promovido em cooperação com os italianos", disse em comunicado o ministro da Cultura da Grécia, Antonis Samaras. "Nós estamos juntos nessa 'guerra' contra este mal que mancha nossos países."
Grécia e Itália, que são conhecidas como "museus a céu aberto", têm adotado nos últimos anos uma campanha para recuperar artefatos antigos. No ano passado, a Itália devolveu à Grécia dois fragmentos de mármore do Parthenon depois de anos de negociações.
A Grécia tem pedido há muito tempo à Grã-Bretanha para devolver pedaços de antigas esculturas inestimáveis, também conhecidas como os mármores de Elgin, os quais foram retirados do Parthenon em 1801 pelo lord Elgin e que hoje estão no Museu Britânico.
O Globo
Venâncio Aires-RS - Projeto busca resgate de casarões históricos no interior
A Administração Municipal de Venâncio Aires, através do Departamento de Turismo, iniciou um projeto que pretende mapear, registrar e acompanhar a preservação dos casarões históricos existentes no interior do município. Com o propósito de preservar a história e a cultura da imigração, o projeto quer conscientizar as comunidades do centro e interior para a importância de preservar as construções antigas. A restauração de toda essa riqueza pressupõe um custo muito elevado, por isso, o primeiro passo será identificar as construções, realizar o registro fotográfico de cada uma delas e, em seguida, iniciar uma campanha para que a comunidade adote esses casarões.Idealizador do projeto, Sergio Rosa explica que Venâncio Aires tem assistido nos últimos anos ao desaparecimento de prédios e construções antigas. "Infelizmente, construções históricas vem sendo substituídas por prédios modernos sem nenhuma preocupação com a preservação. No centro da cidade já são pouquíssimas as construções centenárias. Os prédios com mais de cem anos estão localizados no interior e precisamos evitar que esses também desapareçam", destaca. A Administração Municipal acredita que investir no patrimônio cultural é promover um novo modo de desenvolvimento. Obras como os casarões ainda hoje existentes em Linha 17 de Junho e Santa Emília (fotos) serão de fundamental importância para o desenvolvimento do turismo histórico e cultural local.
Nas décadas de 1950 e 1960, o Cine Marabá era um dos lugares mais chiques do centro, onde o uniforme obrigatório era black-tie e vestido longo. Ali foi lançado Caiçara, o primeiro filme da Vera Cruz, em uma noite de gala. Nas décadas de 1980 e 1990, o Marabá continuou ativo, agora com predileção por filmes de ação, se tornando o segundo cinema do País em bilheteria, perdendo apenas para o Cine Brasil, de Belo Horizonte. Com as portas reabertas agora em abril (a Assessoria de Imprensa da Playarte promete para a primeira quinzena), o Marabá também poderá servir de testamento de uma época em que reinavam espaços extremamente requintados e hoje extintos, como o Cine Marrocos, o Comodoro, o Art-Palácio, o Paissandu, o Paulistano... "O Marabá merece o esmero, ele foi construído na época áurea da Cinelândia, quando havia 14 cinemas ali. Foi um dos únicos que sobreviveram", conta Ohtake, ansioso por ver seu projeto finalmente ganhar vida. "O centro precisa justamente resgatar a importância de locais como esse."
Rodrigo Brancatelli
Estadao.com.br
Grécia devolve murais do século 13 à Itália
ATENAS (Reuters) - A Grécia devolveu à Itália dois murais contrabandeados de uma Igreja italiana há mais de 20 anos, informou o Ministério da Cultura nesta terça-feira.
Os afrescos, datados do século 13, foram roubados de uma Igreja na região de Campania, no sul do país, em 1982. A polícia grega encontrou-os em 2006 em uma pequena ilha em Aegean, no sul da Grécia, durante uma operação anticontrabando.
"Este é mais um passo promovido em cooperação com os italianos", disse em comunicado o ministro da Cultura da Grécia, Antonis Samaras. "Nós estamos juntos nessa 'guerra' contra este mal que mancha nossos países."
Grécia e Itália, que são conhecidas como "museus a céu aberto", têm adotado nos últimos anos uma campanha para recuperar artefatos antigos. No ano passado, a Itália devolveu à Grécia dois fragmentos de mármore do Parthenon depois de anos de negociações.
A Grécia tem pedido há muito tempo à Grã-Bretanha para devolver pedaços de antigas esculturas inestimáveis, também conhecidas como os mármores de Elgin, os quais foram retirados do Parthenon em 1801 pelo lord Elgin e que hoje estão no Museu Britânico.
O Globo
Venâncio Aires-RS - Projeto busca resgate de casarões históricos no interior
A Administração Municipal de Venâncio Aires, através do Departamento de Turismo, iniciou um projeto que pretende mapear, registrar e acompanhar a preservação dos casarões históricos existentes no interior do município. Com o propósito de preservar a história e a cultura da imigração, o projeto quer conscientizar as comunidades do centro e interior para a importância de preservar as construções antigas. A restauração de toda essa riqueza pressupõe um custo muito elevado, por isso, o primeiro passo será identificar as construções, realizar o registro fotográfico de cada uma delas e, em seguida, iniciar uma campanha para que a comunidade adote esses casarões.Idealizador do projeto, Sergio Rosa explica que Venâncio Aires tem assistido nos últimos anos ao desaparecimento de prédios e construções antigas. "Infelizmente, construções históricas vem sendo substituídas por prédios modernos sem nenhuma preocupação com a preservação. No centro da cidade já são pouquíssimas as construções centenárias. Os prédios com mais de cem anos estão localizados no interior e precisamos evitar que esses também desapareçam", destaca. A Administração Municipal acredita que investir no patrimônio cultural é promover um novo modo de desenvolvimento. Obras como os casarões ainda hoje existentes em Linha 17 de Junho e Santa Emília (fotos) serão de fundamental importância para o desenvolvimento do turismo histórico e cultural local.
Além da natureza intocada, com belas paisagens e cachoeiras, os imigrantes que fizeram do município sua morada traduziram nas construções uma rica herança cultural que ainda hoje pode ser observada. Sérgio Rosa, para dimensionar a importância dessa iniciativa, cita projetos semelhantes que se tornaram rotas de turismo rural nos municípios de Sobradinho (Rota dos Casarões) e Bento Gonçalves (Rota das Pedras). "Nas duas comunidades, o primeiro passo para o sucesso foi a conscientização da importância que essas construções possuíam no contexto histórico e cultural de cada um", explica. Sérgio Rosa solicita ainda que àqueles que possuem e/ou conhecem algum prédio antigo, entre em contado pelos telefones 3983-1038 ou pelo celular 9295252.
Gazeta do Sul
Gazeta do Sul
Uberlândia-MG - Restauração de igreja começa em abril
Prédio levantado em 1975 é o único tombado pelo Iepha em Uberlândia
Uma parte importante da história de Uberlândia está prestes a ter sua estrutura recuperada no bairro Jaraguá, região Oeste de Uberlândia, onde fica localizada a igreja Divino Espírito Santo do Cerrado. Nos próximos 20 dias, as obras de restauração do imóvel terão início. A verba de R$ 149 mil para a primeira etapa do projeto já foi liberada pelo governo do Estado e a obra está licitada. O prédio é o único imóvel tombado pelo Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) no Município.
Prédio levantado em 1975 é o único tombado pelo Iepha em Uberlândia
Uma parte importante da história de Uberlândia está prestes a ter sua estrutura recuperada no bairro Jaraguá, região Oeste de Uberlândia, onde fica localizada a igreja Divino Espírito Santo do Cerrado. Nos próximos 20 dias, as obras de restauração do imóvel terão início. A verba de R$ 149 mil para a primeira etapa do projeto já foi liberada pelo governo do Estado e a obra está licitada. O prédio é o único imóvel tombado pelo Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) no Município.
Esta será a primeira grande restauração desde a sua construção, iniciada em 1975, e vai abranger casa, salão e igreja. Os recursos serão usados em intervenções no telhado e forros — telhas e calhas serão trocadas, o madeiramento será refeito nos pontos críticos e o forro receberá uma película de proteção contra goteiras e infiltrações. Segundo o diretor de conservação e restauração do Iepha, Renato César José de Souza, as obras são consideradas emergenciais.
Outras etapas estão previstas no projeto, mas o dinheiro ainda não foi liberado. O restauro completo inclui iluminação, piso e esquadrias, além de projetos contra incêndio e descarga atmosférica e dos sistemas elétrico, hidráulico e sanitário. Os arquitetos paulistanos Marcelo Ferraz e André Wainer, que participaram do projeto inicial da igreja, juntamente com a renomada arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi (1914-1992), foram contratados para o trabalho de restauração.
HistóricoSegundo o administrador da paróquia, Márcio Antônio Gonçalves, o projeto arquitetônico original não foi terminado. Falta a conclusão da torre, da pia batismal, do altar e de toda a parte interna de arte sacra. “Dependendo das verbas, vamos retomar a construção e terminar o projeto inicial”, disse o padre.
A igreja chegou a ser fechada em 2007
Beto Oliveira
Atividades religiosas foram suspensas por precariedade da estrutura
HistóricoSegundo o administrador da paróquia, Márcio Antônio Gonçalves, o projeto arquitetônico original não foi terminado. Falta a conclusão da torre, da pia batismal, do altar e de toda a parte interna de arte sacra. “Dependendo das verbas, vamos retomar a construção e terminar o projeto inicial”, disse o padre.
A igreja chegou a ser fechada em 2007
Beto Oliveira
Atividades religiosas foram suspensas por precariedade da estrutura
Por falta de reformas, a igreja chegou a ser interditada durante quase seis meses pela Justiça em 2007. Em 23 de maio daquele ano, uma liminar ajuizada pelo Ministério Público impediu os fiéis de frequentar o templo e suspendeu as atividades religiosas no local. Na época, um laudo apontava que a estrutura do prédio apresentava condições precárias e havia risco de desabamento. Em dezembro, após uma reforma de contenção no teto, as missas foram liberadas. Os casamentos, porém, continuam suspensos até que as obras sejam terminadas.
Há um projeto de liberação de mais verbas do Ministério do Turismo para o término da restauração da igreja, no total de R$ 400 mil. Os recursos, porém, ainda não foram liberados e a paróquia está aguardando a posição do governo federal. Segundo a assessoria do deputado federal Gilmar Machado, autor do projeto, ainda não há previsão para a emissão dos recursos.
Projeto de Lina Bo Bardi
A igreja Divino Espírito Santo do Cerrado é o único projeto assinado pela arquiteta Lina Bo Bardi em Minas Gerais e o fato justifica o tombamento do prédio pelo Iepha. O imóvel é patrimônio histórico do Estado desde 1997. Lina é reconhecida pelos seus projetos modernistas e sua obra de maior destaque é a sede do Museu de Arte de São Paulo, construída em 1958. De acordo com o diretor de conservação e restauração do Iepha, Renato César José de Souza, além de a arquitetura do prédio arredondado ser singular, o trabalho foi executado por uma mulher, o que era raro no País na década de 1970. “Tudo é especial neste imóvel, desde a concepção até a maneira com que ele foi construído. Por isso o escolhemos para ser patrimônio”, disse.A igreja foi levantada por um mutirão de moradores do bairro, que constituíram, na época, um conselho de construção. De 1975 a 1981, a arquiteta esteve diversas vezes em Uberlândia para dar prosseguimento à obra. Ela acompanhou, pessoalmente, todos os detalhes e trabalhou diretamente com os mestres-de-obras e os operários. Na realização do projeto foram utilizados materiais do local, como tijolos de barro e a estrutura de madeira em aroeira da região.
Correio de Uberlândia
São Paulo-SP - Pacaembu tem fachada protegida por lei
Estádio passou por várias reformas, perdeu concha acústica, ganhou tobogã e teve capacidade reduzida
SÃO PAULO - No dia 24 de maio de 1942, 72 mil torcedores presenciaram a estreia de Leônidas da Silva no São Paulo. Em 11 de março de 2009, 67 anos depois, Ronaldo fez sua primeira partida diante de 30 mil corintianos. Os jogos têm algo em comum, além da presença dos dois craques: foram realizados no Paulo Machado de Carvalho.
Desde que foi inaugurado (em 27 de abril de 1940) até hoje, o Pacaembu passou por várias reformas, perdeu a concha acústica, ganhou o tobogã e teve a capacidade de público reduzida para a metade.
Sua fachada imponente e estrutura, porém, continuam lá, firmes e sólidas. É uma das construções do bairro que não mudaram, como sugerem as fotos ao lado. O Pacaembu resiste ao tempo.
Hoje, o estádio é patrimônio histórico da cidade e do Estado. É tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico (Conpresp) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat). Mas o que isso significa?
Significa que qualquer obra, por menor que seja, deve ser aprovada pelos dois conselhos antes da primeira marretada.
Preservar a arquitetura do Pacaembu é uma das preocupações de quem é contra sua concessão ao Corinthians, debate público que a Prefeitura propôs por meio de sua secretaria de esportes.
É uma exigências assegurada por lei. O Corinthians, se assumir a condição de novo administrador, terá de acatar as determinações legais dos órgãos públicos.
O problema, todos concordam também, é que a arena precisa ser modernizada. Estacionamento, banheiros melhores e de fácil acesso, bares, camarotes, mais cadeiras, tudo isso está nos planos tanto do clube quanto da Prefeitura.
Jorge Eduardo Rubies, presidente da ONG Preserva SP, diz não se opor a eventuais modificações. Mas pede cuidado. "Desde que a arquitetura original seja preservada, tudo bem." Já Cecília Cristina dos Santos, professora de arquitetura da Universidade Mackenzie, expõe um temor: a de que o monumento tombado se torne alvo da ira de torcedores.
Restrições
O administrador do Pacaembu, Aléssio Gamberini, explica que todo o estádio é tombado e que qualquer obra precisa passar pelo crivo dos conselhos municipal e estadual. "São entidades sensíveis. Se forem convencidas de que o local precisa se modernizar, as obras serão autorizadas."
Foi assim com o Museu do Futebol, inaugurado no ano passado após 13 meses de trabalho. Sete mil metros quadrados da parte interna e frontal do estádio foram alterados. "Abriram precedente para a instalação do Museu, que é moderno e só agrega valor. Por isso, acredito que a construção de mais banheiros e bares, por exemplo, seria aceita também."
Ainda segundo o administrador, o que não pode ser modificado de jeito nenhum é a fachada do Pacaembu, os portões frontais e laterais, os muros e a altura do estádio. "O Pacaembu não pode crescer. Mas nada impede que o gramado seja rebaixado para novas arquibancadas."
O arquiteto Carlos De La Corte defendeu em tese de doutorado pela Universidade de São Paulo (USP), em 2007, a necessidade reformas no local. "As dificuldades são bem maiores de intervir em edifício com a carga histórica do Pacaembu", aponta o autor na página 194 de um calhamaço de 610. "Mas o Estádio Olímpico de Berlim mostra que é possível reformar respeitando características históricas." É isso que o Timão terá de fazer.
Jornal da Tarde
Artista britânico usa penas de cisne como tela
Projeto de Lina Bo Bardi
A igreja Divino Espírito Santo do Cerrado é o único projeto assinado pela arquiteta Lina Bo Bardi em Minas Gerais e o fato justifica o tombamento do prédio pelo Iepha. O imóvel é patrimônio histórico do Estado desde 1997. Lina é reconhecida pelos seus projetos modernistas e sua obra de maior destaque é a sede do Museu de Arte de São Paulo, construída em 1958. De acordo com o diretor de conservação e restauração do Iepha, Renato César José de Souza, além de a arquitetura do prédio arredondado ser singular, o trabalho foi executado por uma mulher, o que era raro no País na década de 1970. “Tudo é especial neste imóvel, desde a concepção até a maneira com que ele foi construído. Por isso o escolhemos para ser patrimônio”, disse.A igreja foi levantada por um mutirão de moradores do bairro, que constituíram, na época, um conselho de construção. De 1975 a 1981, a arquiteta esteve diversas vezes em Uberlândia para dar prosseguimento à obra. Ela acompanhou, pessoalmente, todos os detalhes e trabalhou diretamente com os mestres-de-obras e os operários. Na realização do projeto foram utilizados materiais do local, como tijolos de barro e a estrutura de madeira em aroeira da região.
Correio de Uberlândia
São Paulo-SP - Pacaembu tem fachada protegida por lei
Estádio passou por várias reformas, perdeu concha acústica, ganhou tobogã e teve capacidade reduzida
SÃO PAULO - No dia 24 de maio de 1942, 72 mil torcedores presenciaram a estreia de Leônidas da Silva no São Paulo. Em 11 de março de 2009, 67 anos depois, Ronaldo fez sua primeira partida diante de 30 mil corintianos. Os jogos têm algo em comum, além da presença dos dois craques: foram realizados no Paulo Machado de Carvalho.
Desde que foi inaugurado (em 27 de abril de 1940) até hoje, o Pacaembu passou por várias reformas, perdeu a concha acústica, ganhou o tobogã e teve a capacidade de público reduzida para a metade.
Sua fachada imponente e estrutura, porém, continuam lá, firmes e sólidas. É uma das construções do bairro que não mudaram, como sugerem as fotos ao lado. O Pacaembu resiste ao tempo.
Hoje, o estádio é patrimônio histórico da cidade e do Estado. É tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico (Conpresp) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat). Mas o que isso significa?
Significa que qualquer obra, por menor que seja, deve ser aprovada pelos dois conselhos antes da primeira marretada.
Preservar a arquitetura do Pacaembu é uma das preocupações de quem é contra sua concessão ao Corinthians, debate público que a Prefeitura propôs por meio de sua secretaria de esportes.
É uma exigências assegurada por lei. O Corinthians, se assumir a condição de novo administrador, terá de acatar as determinações legais dos órgãos públicos.
O problema, todos concordam também, é que a arena precisa ser modernizada. Estacionamento, banheiros melhores e de fácil acesso, bares, camarotes, mais cadeiras, tudo isso está nos planos tanto do clube quanto da Prefeitura.
Jorge Eduardo Rubies, presidente da ONG Preserva SP, diz não se opor a eventuais modificações. Mas pede cuidado. "Desde que a arquitetura original seja preservada, tudo bem." Já Cecília Cristina dos Santos, professora de arquitetura da Universidade Mackenzie, expõe um temor: a de que o monumento tombado se torne alvo da ira de torcedores.
Restrições
O administrador do Pacaembu, Aléssio Gamberini, explica que todo o estádio é tombado e que qualquer obra precisa passar pelo crivo dos conselhos municipal e estadual. "São entidades sensíveis. Se forem convencidas de que o local precisa se modernizar, as obras serão autorizadas."
Foi assim com o Museu do Futebol, inaugurado no ano passado após 13 meses de trabalho. Sete mil metros quadrados da parte interna e frontal do estádio foram alterados. "Abriram precedente para a instalação do Museu, que é moderno e só agrega valor. Por isso, acredito que a construção de mais banheiros e bares, por exemplo, seria aceita também."
Ainda segundo o administrador, o que não pode ser modificado de jeito nenhum é a fachada do Pacaembu, os portões frontais e laterais, os muros e a altura do estádio. "O Pacaembu não pode crescer. Mas nada impede que o gramado seja rebaixado para novas arquibancadas."
O arquiteto Carlos De La Corte defendeu em tese de doutorado pela Universidade de São Paulo (USP), em 2007, a necessidade reformas no local. "As dificuldades são bem maiores de intervir em edifício com a carga histórica do Pacaembu", aponta o autor na página 194 de um calhamaço de 610. "Mas o Estádio Olímpico de Berlim mostra que é possível reformar respeitando características históricas." É isso que o Timão terá de fazer.
Jornal da Tarde
Artista britânico usa penas de cisne como tela
Fotos: Ian Davie / Reprodução BBC
Depois de trabalhar vários anos junto à natureza, seja como fazendeiro ou responsável por uma reserva de caça no norte do país de Gales, o britânico Ian Davie começou a pintar usando penas de cisne como tela.Davie nunca havia pego num pincel até 2004, quando decidiu tentar desenhar as cenas da natureza que estava acostumado a ver.Depois de pintar quatro quadros e perceber que tinha "um talento natural", Davies decidiu procurar uma tela que fosse natural e sustentável."A ideia de pintar em penas veio quando eu estava de férias na Nova Zelândia, depois que vi como os Maoris usavam penas coloridas em suas roupas cerimoniais", disse Davie à BBC Brasil."Ao voltar para casa, usei uma pena de cisne que havia recolhido anos antes, na região em que moro. A resposta para essa pintura inicial foi fantástica""A arte é uma expressão tão pessoal que dois artistas nunca mostrariam a mesma cena da mesma forma. Mas há alguma satisfação quando as pessoas dizem que seu trabalho tem características reconhecidas instantaneamente", diz Davie, que conta já ter recebido o comentário várias vezes desde que passou a usar as penas.
Antes de usá-las, o artista limpa e as penas, uma a uma, com água quente e algodão, e depois as "penteia" com uma pinça, para então começar o árduo processo de pintura. Com um pincel tamanho 000, ele usa tinta acrílica para criar imagens de pássaros, borboletas e até paisagens. "Tendo trabalhado junto à natureza por toda a minha vida, não é de surpreender que esses sejam os temas que escolhi pintar, aproveitando minha experiência."Davie agora tem um suprimento contínuo de penas. Os guardas de uma reserva de pássaros perto da casa dele recolhem as penas na época da troca.O artista - que mora no parque nacional Snowdonia, no País de Gales, já expôs em várias galerias e no Museu de Arte Moderna da região.
Uai
Depois de trabalhar vários anos junto à natureza, seja como fazendeiro ou responsável por uma reserva de caça no norte do país de Gales, o britânico Ian Davie começou a pintar usando penas de cisne como tela.Davie nunca havia pego num pincel até 2004, quando decidiu tentar desenhar as cenas da natureza que estava acostumado a ver.Depois de pintar quatro quadros e perceber que tinha "um talento natural", Davies decidiu procurar uma tela que fosse natural e sustentável."A ideia de pintar em penas veio quando eu estava de férias na Nova Zelândia, depois que vi como os Maoris usavam penas coloridas em suas roupas cerimoniais", disse Davie à BBC Brasil."Ao voltar para casa, usei uma pena de cisne que havia recolhido anos antes, na região em que moro. A resposta para essa pintura inicial foi fantástica""A arte é uma expressão tão pessoal que dois artistas nunca mostrariam a mesma cena da mesma forma. Mas há alguma satisfação quando as pessoas dizem que seu trabalho tem características reconhecidas instantaneamente", diz Davie, que conta já ter recebido o comentário várias vezes desde que passou a usar as penas.
Antes de usá-las, o artista limpa e as penas, uma a uma, com água quente e algodão, e depois as "penteia" com uma pinça, para então começar o árduo processo de pintura. Com um pincel tamanho 000, ele usa tinta acrílica para criar imagens de pássaros, borboletas e até paisagens. "Tendo trabalhado junto à natureza por toda a minha vida, não é de surpreender que esses sejam os temas que escolhi pintar, aproveitando minha experiência."Davie agora tem um suprimento contínuo de penas. Os guardas de uma reserva de pássaros perto da casa dele recolhem as penas na época da troca.O artista - que mora no parque nacional Snowdonia, no País de Gales, já expôs em várias galerias e no Museu de Arte Moderna da região.
Uai
Marcadores: cultura, patr. cultural, patr. histórico
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