CURSOS - 31-03-09
Importantes guardiões da ação do tempo sobre as obras de arte, os restauradores ainda carecem de espaço e reconhecimento no Brasil.
Anos atrás, zelar pela alma de obras era considerado um trabalho de artistas e arquitetos frustrados. Mas felizmente, a profissão ganhou espaço mundo afora, entre conservadores e restauradores de telas, esculturas, arquitetura, fotografias, documentos, livros, metais e muitos outros. Mas será que eles já conquistaram seu devido respeito em terras brasileiras? Servidores públicos?A iniciativa privada ainda não abriu totalmente os olhos para o setor. Desse modo, a maior parte dos restauradores costuma trabalhar para o poder público (em estátuas e edifícios de governos). Mas aos poucos, começam a aparecer oportunidades em ateliês e galerias particulares. Não importa a área, existem alguns pré-requisitos básicos para a profissão: criatividade e estudo intensivo sobre a história da arte. "A função requer profundo conhecimento da tecnologia de fabricação dos objetos, formação específica e habilidade manual, além de saber quais técnicas são permitidas no código de ética do restauradores", alerta Solange Zúñiga, presidente da ABRACOR (Associação Brasileira de Conservadores- Restauradores de Bens Culturais).
Patrimônio nacional
Mais popular na Europa, a profissão ainda engatinha por aqui - chegou no Brasil há menos de um século. O primeiro restaurador de quem se tem registro foi o pintor mineiro Edson Motta, que morreu em 1981, aos 71 anos. A sua obra chegou a ser homenageada por Carlos Drummond, que afirmou publicamente: "Edson Motta consumia o seu tempo na ressurreição da arte dos outros. Manter-se criador, sem egoísmo, antes dedicando-se aos outros, do passado como do presente, quantos serão capazes de realizar esse destino da maior simplicidade e pureza?".Segundo dados do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), apesar da grande demanda, o mercado nacional encontra-se carente de restauradores. Cerca de 50% dos imóveis históricos tombados, encontram-se degradados. Outros 25% precisam de reformas visíveis. E um dos maiores motivos é a escassez de pessoas qualificadas para tocar projetos, devido ao fato da profissão ainda não ser reconhecida. "Existe um projeto no Congresso Nacional para regulamentar a profissão, mas ainda sem previsão de ser aprovado", explica Solange.
Sem cursos de nível médio ou de graduação disponíveis, um restaurador em potencial ainda tem poucas chances de carreira por aqui. Uma luz no fim do túnel são algumas instituições acadêmicas, que passaram a oferecer especialização na área. Entre elas, está a Universidade Federal de Minas Gerais, que oferece o único curso de graduação em restauração do país, recém-inaugurado. Até então, os interessados nesta forma de arte precisavam recorrer a cursos no exterior. Apesar de, neste caso, prática e da tradição precederem o conteúdo acadêmico, talvez seja um bom começo para a preservação do patrimônio artístico nacional.
Nem sempre vale a pena
Os restauradores já começam a aparecer por aqui. Mas antes de procurar um especialista para reformar aquele velho quadro da família, Solage avisa que em alguns casos, a recuperação total nem sempre é possível, ou deve ser realizada. "Nem toda obra pode ser restaurada, existem restrições. As estratégias de preservação não se restringem mais à restauração e buscam ações que tenham impacto na coleção e no ambiente em que está inserida".
Maria de Luna
Guia da semana
Portugal - Maestro Vitorino D´Almeida dá curso «para todos» em Almada
O maestro António Victorino D´Almeida vai dar um curso de 40 horas destinado ao público em geral sobre a História da Música, no Convento dos Capuchos, em Almada, entre Abril e Outubro.
António Victorino D´Almeida considera a iniciativa promovida pela Câmara de Almada semelhante às que conduziu na Aula Magna da Universidade do Porto e na Casa das Artes, em Tavira, há cerca de 20 anos, igualmente destinadas a «todos».
«O público foi sempre muito variado e os outros cursos correram muito bem. As aulas são para os que já se interessavam por música mas também para os que decidiram começar a interessar-se», afirma, sublinhando que «não se exige que os alunos sejam conhecedores do assunto».
O maestro promete usar uma linguagem que aproxime as pessoas da arte dos sons e garante que «a história da música e dos músicos vai ser dada a ouvir»: «Vou ilustrar com música todos os períodos de que falarmos».
A frequência do curso custa 60 euros para o público em geral e 30 para portadores do Cartão Almada Jovem, estudantes de Música e reformados. Há 160 vagas disponíveis.
As aulas têm a duração de duas horas e vão decorrer na quase totalidade aos sábados.
A par do Curso de História da Música, serão também realizados concertos com jovens músicos, a propor pelo maestro, para reforçar a componente prática em torno das temáticas abordadas.
Estes concertos realizar-se-ão no Convento dos Capuchos, no último sábado de cada mês, durante o período em que decorre o curso e serão abertos ao público.
Esta iniciativa, que a Câmara de Almada integra na estratégia de afirmação gradual do Convento dos Capuchos como «Casa da Música» de Almada, assinala o mês da música, que a autarquia celebra em Outubro.
Diário Digital / Lusa
São Paulo-SP - ARCO E FLECHA. Bicampeão brasileiro da modalidade, Luís Panizo comanda uma aula para iniciantes. Não é necessário ter equipamento próprio. As inscrições devem ser feitas até quinta (2), pelo e-mail panizo@netesportes.com. Domingo (5), das 9h às 10h15. R$ 20,00. Para participar de uma competição após a classe, há uma taxa extra de R$ 10,00. Trinta vagas. Estande de Arco e Flecha – Condomínio Gramado. Avenida Doutor Altair Martins, 2837, Granja Viana (acesso pelo quilômetro 21 da Rodovia Raposo Tavares, no sentido Cotia-São Paulo). http://www.netesportes.com/.Veja São Paulo
São Paulo-SP - ARTE CONTEMPORÂNEA. Em dezesseis encontros, o artista plástico e professor da USP Carlos Fajardo discute as transformações ocorridas na arte nos últimos cinquenta anos. Andy Warhol (1928-1987) e Marcel Duchamp (1887-1968) fazem parte do roteiro de estudos. Turmas às segundas, das 20h às 22h, e às terças, das 10h30 às 12h30, a partir desta semana. R$ 300,00 (mensalidade). Doze vagas por módulo. Estúdio 17. Rua Heitor Penteado, 220, Sumarezinho. Informações e inscrições, 3675-6081. Veja São Paulo
São Paulo-SP - BOLOS. A chef Paula Gradícola ensina, em três reuniões, todas as etapas da decoração de bolos. Também mostra como preparar a massa e o recheio. Sábado (4), dias 11 e 23 de abril, das 10h às 17h, com uma hora de intervalo. R$ 750,00, em até três parcelas. Seis vagas. Atelier Fazendo Arte. Avenida Côte d'Azur, 644, Granja Viana, 4777-9436. Veja São Paulo
São Paulo-SP - CULINÁRIA JAPONESA. Proprietário do restaurante SassáSushi, o sushiman Sassá mostra como fazer temakis, sushis e sashimis. Dias 6 e 7 ou 13 e 14 de abril, das 19h às 22h. R$ 250,00. Quatro vagas por turma. SassáSushi. Rua Horácio Lafer, 640, Itaim Bibi, 3078-4538. http://www.sassasushi.com.br/. Veja São Paulo
São Paulo-SP - PSICANÁLISE. Realizada em espanhol pelo psiquiatra e professor francês Juan-David Nasio, da Universidade Sorbonne, a videoconferência "Como trabalha um psicanalista" será transmitida ao vivo, diretamente de Paris. Sábado (4), das 9h30 às 12h30. R$ 180,00. Informações e inscrições, 3864-2330. São 200 vagas. Teatro Eva Herz – Livraria Cultura do Conjunto Nacional. Avenida Paulista, 2073, Metrô Consolação. Veja São Paulo
São Paulo-SP - TÉCNICAS DE RELAXAMENTO. Em cinco encontros, o participante aprende a lidar com situações estressantes e desenvolver atividades práticas de relaxamento físico e mental. Todas as segundas, a partir do dia 6 de abril, das 9h às 12h. R$ 200,00. Há dez vagas. Senac Tiradentes. Avenida Tiradentes, 822, Metrô Tiradentes. Informações, 3336-2000. http://www.sp.senac.br/. Veja São Paulo
Porto Alegre-RS - ABIC começa por Porto Alegre cursos de Baristas e Latte Art
A ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café da início, na próxima semana, à serie de cursos de Treinamento e Aperfeiçoamento de Barista e em Latte Art, destinada tanto a esses profissionais, que são os especialista em preparo de café, quanto aos gerentes e proprietários de cafeterias. A promoção, que começa por Porto Alegre e ao longo do ano será realizada em outras capitais, integra as ações do CCQ – Círculo do Café de Qualidade, um programa da ABIC que visa a qualificação e a certificação dos estabelecimentos que promovem produtos de qualidade e que servem uma xícara muito bem preparada de café aos seus consumidores.
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